Uma janela aberta para o mundo


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Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
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terça-feira, 17 de setembro de 2013

POEMA DE MANUEL GUERREIRO da BRAZEIRA

MOTE:
Eu vou-me deixar da bebida
Para não fazer mais asneiras
Porque já conto na minha vida 
quarenta e quatro bebedeiras.
I
Apanhei uma em Salir
Apanhei uma na Beirada
No Cotovio outra dada
no Almarginho até cair.
Na Pena deu-me para dormir
Em Benafim grande torcida
Não deixo a de Alte esquecida
Em Messines já parecia uma pipa
E andava lá no Alto Fica
Eu vou-me deixar da bebida.
II
Apanhei uma em Loulé
Apanhei outra em Quarteira
Outra em Faro  em dia de Feira
No Barranco Velho não estava de pé
Outra em Castro lá no café
Outra na Corte Romeiras
Apanhei uma em Lameiras
Outra em Pedra Furada
Em Beja já não via nada
Mas vou-me deixar de asneiras.
III
Apanhei uma em Pêro Pinheiro
Outra no Monte Lavar
Em Sintra não podia andar
E apanhei uma no Barreiro
Apanhei uma no Carregueiro
Foi a de Alcácer muito parecida
A de Lisboa foi muito comprida
Apanhei outra nas Pedras Brancas,
Mas que grande meda de mantas
 Que eu já conto na minha vida.
IV
Apanhei uma na Tameira
Apanhei uma no Malhão
Apanhei outra no Barrancão
Apanhei outra na Sobreira
Apanhei uma na Brazeira
Na Cortinhola das primeiras
No Espargal até parti cadeiras
No Monte Ruivo deu-me para dançar
E mesmo agora acabo de contar
Quarenta e quatro bebedeiras.





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