Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

VINHOS DO ALGARVE E DE PORTUGAL ENTRE OS MELHORES DO MUNDO

O “Citadelles du Vin” é um prestigiado concurso anual que está na 17ª edição e decorreu em Bordéus, França, entre 10 a 12 de junho, durante a Vinexpo, onde estiveram em competição cerca de 1.200 vinhos oriundos de 30 países.
Segundo informou a Comissão Vitivinícola do Algarve, na edição deste ano do Citadelles du Vin, Portugal foi o país mais galardoado obtendo um total de 84 medalhas, das quais 50 de ouro e 34 de prata.
O vinho “Portas da Luz, Tinto 2016”, produzido pela Casa Santos Lima na Luz de Tavira, arrecadou o título de Portugal Special Prize – o equivalente ao melhor vinho português em concurso.
Para o presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve, Carlos Gracias, “temos mais uma vez um vinho regional do Algarve, entre os melhores do mundo. Esta só pode ser a confirmação da qualidade e maturidade que os “Vinhos do Algarve” têm vindo a demonstrar”.
Carlos Gracias, aproveitou para endereçar os parabéns à equipa da Casa Santos Lima, proferindo algumas palavras de incentivo a todos os produtores do Algarve, no sentido de “continuarem a realizar um bom trabalho nas vinhas, nas adegas e na afirmação da região, como uma das melhores para a produção de vinhos de qualidade”.
A Casa Santos Lima é uma empresa que produz vinhos de outras regiões, tendo nos últimos anos feito uma aposta na região do Algarve, com diversas vinhas, sobretudo na zona de Tavira, onde recentemente tem uma nova vinha em fase de crescimento, o que irá possibilitar um aumento da produção aliada à qualidade de novos vinhos do Algarve, acrescenta ainda a Comissão Vitivinícola do Algarve.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

SUA EXCELÊNCIA O VERÃO CHEGOU - Bem vindos ao solstício de Verão

SOLSTÍCIO DE VERÃO
O solstício de Verão começou hoje, dia 21 de Junho de 2017, às 04h 24m.
O termo (“solstitium”, em latim) foi construído com base nos elementos “sol” e “stit”, este derivado de “sistere”, que significa imóvel, que não mexe. A palavra surgiu, assim, associada à ideia de que, no céu, o Sol devia estar estacionário ao atingir a sua posição mais alta, no Verão, e mais baixa, no Inverno.
Solstício é, pois, o momento do ano em que o Sol, durante seu movimento apar
ente na eclíptica, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.
Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em 21 de Junho e em 21 de Dezembro. No de verão assiste-se , ao dia mais longo do ano e, consequentemente, à noite mais curta.
Os trópicos de Câncer (à latitude de 23º 27’ Norte) e de Capricórnio (à latitude de 23º 27’ Sul) são definidos em função dos solstícios. No solstício de Verão do hemisfério norte, os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico de Câncer. No solstício de Verão do hemisfério sul passa-se o mesmo no Trópico de Capricórnio.
Nota;
Eclíptica - plano da órbita da Terra em torno do Sol. O termo radica no grego “ekleiptikós”, sujeito a eclipse.
Declinação do Sol - é a distância angular do Equador ao paralelo do astro

                              texto do professor Galopim de Carvalho publicado dia 21 de junho no facebook

domingo, 18 de junho de 2017

O FOGO E A MORTE VESTEM DE LUTO PEDRÓGÃO E PORTUGAL

Uma improvável  trovoada seca ateou o fogo em Pedrogão e duas dezenas de pessoas tiveram uma morte horrível. Podia ter sido qualquer um de nós ou nossos familiares... Agora é tempo de luto e de solidariedade para com quem perdeu familiares e haveres... mas a segui precisamos de perceber porque falhou a Proteção Civil e o que fazer para evitar novas tragédias.
A morte é sempre dramática para quem parte e para quem fica e torna-se ainda mais horrível nestas circunstâncias, com a perda de tantas vidas que tinham tanto para viver e partilhar num futuro por inventar.

Deixo-vos com a reflexão do sábio Rei Salomão, no livro de Eclesiastes capitulo 3 para meditarmos:
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes 3:1-8)

sábado, 10 de junho de 2017

SAUDADE DE SER AMADO

Alma minha gentil,que te partiste
Tão cedo desta vida,descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.


Se lá no assento etéreo,onde subiste
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.


E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor a dor que me ficou
Da mágoa,sem remédio,de perder-te.


Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Luís de Camões 


DIA DE PORTUGAL. Porque se comemora em 10 de junho?


O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal.
Portugal é talvez o único país do mundo que comemora e faz feriado nacional evocando o dia da morte de um grande poeta, que apesar da sua magistral obra poética, morreu na pobreza, precisamente no dia 10 de junho que hoje comemoramos.


O 10 de Junho é assinalado, em democracia, desde 1977 como o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em que os Presidentes avaliam, num discurso, o estado da nação e distribuem condecorações. Portugal é um dos poucos países do Mundo que dedica o seu dia nacional a uma data relacionada com a Cultura, dia apontado para a morte de Camões, e não a um facto da sua História política.
No dia 10 de junho celebra-se em Portugal o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal.
Do programa do Dia de Portugal fazem parte muitas atividades, como desfiles, demonstrações militares, e entregas de medalhas de mérito, por exemplo.
Este é o dia da Língua Portuguesa e do cidadão nacional. Pela sua importância, é um dos feriados civis que não foram eliminados pelo Governo.
História do Dia de Portugal
Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, o dia 10 de junho era celebrado como o "Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses".
Após a revolução do 25 de abril de 1974, que marcou o fim do regime ditatorial do Estado Novo, a celebração do dia passou a prestar homenagem a Portugal, a Camões e às Comunidades Portuguesas.
Neste dia o Presidente da República e altas individualidades do Estado participam em cerimónias de comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorrem em cidades diferentes todos os anos. Anualmente são distinguidas novas individualidades pelo seu trabalho em nome da nação.


Biografia de Luís de Camões
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.
Luís de Camões (1524-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1524. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressou no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarcou como soldado para a África, onde participou da guerra contra os Celtas, no Marrocos. Durante o combate perde o olho direito.
Em 1552, de volta à Lisboa frequentou tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga, feriu um funcionário real e foi preso. Embarcou para a Índia em 1553, onde participou de várias expedições militares. Em 1556, foi para a China, também em várias expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.
O poema "Os Lusíadas" funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento Português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa à intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.
Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.
Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica e sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.
No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com "Os Lusíadas", conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.
Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado". Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de poesias líricas, entre elas, "Os Efeitos Contraditórios do Amor" e "O Desconcerto do Mundo", e as comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo" e "Anfitriões".

Luís Vaz de Camões morreu em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

DIA DA CRIANÇA

DIA DA CRIANÇA ... É dia também de uma singela homenagem à professora e escritora Maria Rosa Colaço que partiu cedo, em 2004, deixando nos amigos e naqueles que com ela conviveram uma imensa saudade.
Devemos a Rosa Colaço não só o seu interessante espólio literário mas também a revolução que introduziu, em pleno regime de ditadura, nas concepções sobre a poesia e a literatura infantil com a edição do fabuloso livro A CRIANÇA E A VIDA. escrito por crianças seus alunos em Almada.
Este olhar ingénuo, sincrético, poético e estético de que as crianças são capazes.
Deste livro fantástico retirei as frases poéticas de Inácio da Silva Cruz de 10 anos, sobre o amor.
O AMOR
O amor é como duas borboletas que estivessem
Sobre uma rosa, a mais linda de todas do jardim.
O amor tem que haver.
Se não houvesse amor, não havia nada mais bonito.
O amor são duas estrelas a brilhar, a brilhar.
A rosa e o sol são o amor.
A amor é poesia.
O amor são dois passarinhos a construir a sua casinha.
O amor é não haver polícias.



Fica aqui o desafio e convite para  não deixemos morrer a criança que há em nós, deixando fluir dentro  a imaginação e a capacidade de sonhar e reinventar o futuro.