Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

domingo, 31 de março de 2013

A LAGOA DA NAVE DO BARÃO

A Lagoa da Nave formada pela acumulação de água num vale cego ladeado por dois montes, preenche uma vasta zona de fundo plano durante o inverno, prolongando a forma lacunar até ao final da Primavera, variando a quantidade de água com a intensidade das chuvas. Este ano o inverno foi bastante chuvoso e o mês de março com precipitações fora do normal, segundo as estatísticas há 40 anos que não chovia no mês da primavera, a Lagoa da Nave está com muita água, dando à paisagem uma beleza ainda maior. O terreno impermeável não permite uma drenagem para o lençol de água subterrânea que dizem ser o maior aquífero de água doce do Algarve, que se estende desde Querença a Algoz.

LAGOA DA NAVE

O FOLAR DA PÁSCOA SERRANO

RECEITA DO FOLAR DA PÁSCOA À MODA ANTIGA Prepara-se o gosto tradicional fervendo em leite paus de canela, anis estrelado, cascas de limão e manteiga derretida e reserva-se. Em alguidar amassar a farinha com leite morno, juntando o fermento de padeiro açúcar e erva doce que se irá desfazer na massa. Deixa-se a massa de um dia para o outro a levedar, fazendo o sinal da cruz e tapando com pano branco. No dia seguinte moldam-se em forma de bolo, colocam-se os ovos cozidos no cimo dos bolos e presos com tiras de massa. Os folares vão ao forno de lenha e quando estiverem quase cozidos tiram-se para fora, pincelam-se com ovos batidos para voltarem de novo ao forno para ficarem louros e brilhantes. Depois... fazem as delícias das famílias com o verdadeiro sabor dos folares da Serra do Caldeirão. NA NAVE DO BARÃO AINDA MUITAS MULHERES UTILIZAM ESTAS TÉCNICAS TRADICIONAIS. Fui fotografar a minha tia Teresa nesta labuta e publico algumas fotos no blogue. Quem compra nos hipermercados os folares de produção industrial,fica decepcionado com o sabor e com a textura da massa.