Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

SÃO MARTINHO NA NAVE DO BARÃO

Tradição e inovação abençoadas pelo S. MARTINHO, vão andar de braço dado na Associação "Os Barões", no dia 11 de novembro, cumprindo o provérbio "Pelo São Martinho, mata o teu porquinho e prova o teu vinho".
Para não ferir sensibilidades o porquinho será morto em local reservado onde será guardado o sangue, chamuscado, aberto e as carnes preparadas por um especialista para o ágape e opíparo almoço, onde não faltará o famoso vinho da Nave do Barão.
Este ano a festa vai ser animada pelo Rancho Etnográfico Mondadeiras das Barrosas e pelo divertido Algarvie Marafade-André Guerreiro.
Cantaremos Parabéns à Associação "Os Barões" e faremos uma justa homenagem ao jovem baronense Rafael Rita, que se sagrou campeão Nacional de BTT e representa Portugal nas competições internacionais.
O Almoço requer inscrição prévia na sede da Associação, no Café Barão ou pelos telefones indicados no cartaz, mas o restante programa é de entrada livre. Aqui fica o convite aos devotos dos amigos de Baco para um dia bem passado e bem regado.
Aqui está o cartaz com o programa completo.

domingo, 7 de outubro de 2018

NAVE DO BARÃO, APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA

Em tempos publicámos neste blogue apontamentos sobre a origem do termo Nave, que nos remete para características geológicas, (espaço circundado por montes) e deixámos em aberto a explicação para a o termo Barão.
Para nos elucidar sobre a origem do topónimo e falar sobre um pouco da história desta região, foi convidado o investigador Júlio de Sousa, que se prontificou a partilhar duas décadas de pesquisas, tendo como base de trabalho persistente de consulta dos registos paroquiais que dão conta dos nascimentos, dos casamentos e falecimentos, fornecendo elementos preciosos para uma viagem no tempo.
De acordo com o testemunho do nosso amigo Júlio, Nave seria a designação antiga, existindo evidências que fazem referência no Foral de Loulé, atribuído pelo rei D. Afonso III (1256?), ao vinho da Nave, ficando Loulé obrigada a enviar anualmente 40 avençadas do precioso néctar. 
Este facto revelado pela historiadora Isilda Martins, deve levar-nos a concluir pela abundância de vinhas na várzea da Nave, (que persistem até ao final do século XIX) e de que o vinho aqui produzido tinha características especiais para merecerem a atenção do rei.
O termo Nave seria muito utilizado nesta região e ainda hoje são conhecidas nas imediações a Nave das Mealhas, a Nave dos Cordeiros, a Nave das Sobreiras, a Nave Redonda....
A transição para Nave do Barão viria a acontecer no início do século XVII, na sequência do segundo casamento de Barão Martins com Catarina Vicente, teriam vindo para morar e onde tiveram oito filhos.
Barão Martins seria filho de  Pedro Arrais, pertencendo a uma família influente de Loulé.
Com a vinda de Barão Martins para este território, a Nave passaria a designar-se Nave do Barão.
Não se conhece ao certo o local exato do núcleo habitacional mais antigo mas persistem vestígios de antigas habitações em locais hoje designados por Cerca do Monte, Adegas, Nave de Cima ou Monte Velho.
Segundo Júlio de Sousa, Barão era nome próprio e não qualquer título nobiliárquico, que poderia sugerir vassalagem para com o rei de Portugal ou posse e jurisdição sobre este território.
Sabe-se que na sequência do inventário nacional, realizado por ordem do Marquês de Pombal na sequência do Terramoto de 1755, residiriam na Nave do Barão 11 pessoas, sendo muito provável que se tratassem de descendentes de Barão Martins. 
Mais que as respostas ficam os desafios para investigações futuras sobre o núcleo populacional original, a evolução e crescimento do núcleo urbano e a história desta aldeia rural, situada no coração do Algarve Central.  







sexta-feira, 5 de outubro de 2018

VIVA A REPÚBLICA!


Portugal, o meu país
Por estranho sortilégio
Acaso pouco provável,
Quimérico sopro divino
Tive o raro privilégio
De vir ao mundo saudável
Rechonchudo menino.
Foi na Nave do Barão
Que nasci, me fiz criança
Pequena comunidade
Da minha socialização
De que guardo lembrança
Com ternura e amizade.
Salir minha freguesia,
No concelho de Loulé,
Algarve minha raiz.
E é com muita alegria
Que tenho imensa fé
Em Portugal meu país.
Tem história e tradição
Culturas, diversidade
Coragem para navegar,
Para com alma e coração,
Em espaços de liberdade
O futuro reinventar.
Viva Portugal ! 
Viva a República!
Outro país é possível…
Se ousarmos lutar por um Portugal melhor…
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário