Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

sábado, 30 de agosto de 2014

RITA, o futuro a pulsar com 4 anitos

Hoje a Associação da Nave do Barão foi invadida pela energia da vida a crescer com a alegria e o entusiasmo das crianças
que povoaram a sede social, para comemorar os 4 anos da Rita Morgan.
Que o futuro lhe sorria sempre!
PARABÉNS RITA!
FELICITAÇÕES À SÓNIA E AO ALEX POR ESTA SINGULAR OBRA PRIMA.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

CORTIÇA- A "pele"do sobreiro, uma riqueza do nosso Algarve

A cortiça com origem na casca (suber) dos sobreiros (Quercus súber) é ainda uma riqueza da Serra Algarvia que conheceu uma quebra, com os incêndios de verão que devastaram uma extensa zona de sobreiros, é um património interessante com imensas potencialidades no futuro da região.
Composta por ar alojado em compartimentos estanques, revestidos por uma espécie de resina, que numa camada com 8 cm de espessura se estima existirem 500 milhões de células, unidas como se fossem um favo de abelhas, foram as primeiras células observadas em 1665 por Robert Hooke no seu microscópio primitivo.Espantado com o que viu o cientista chamou-lhe células por semelhança com as celas onde os frades se recolhiam para meditação.
Certo, certo  é que Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, produzindo ao sul do Tejo mais cortiça e com mais qualidade que os restantes países concorrentes-França. Espanha. Itália. 
Devido ás suas propriedades,a cortiça foi desde a antiguidade utilizada por Egípcios, Gregos e Romanos e tem um futuro promissor que alarga a sua utilização a novos produtos e mercados.
Curiosamente estamos perante um recurso natural que não requer a destruição da árvore mãe, o que levou Fidel de Castro, quando visitou Portugal em 2001 e foi então recebido pelo Presidente Jorge Sampaio, a fazer questão de assistir a uma desboia, porque lhe custava a acreditar que as rolhas que Cuba importava não obrigarem à destruição dos sobreiros.
O mercado dos produtos de cortiça  tem sofrido notável expansão com a criação de novos produtos e aplicações, tendo-se destacado uma unidade industrial de S. Brás de Alportel, pelo seu investimento na inovação e na criação de novos e interessantes produtos transformados a partir da cortiça.
No Concelho de Loulé, apesar dos danos causados pelos incêndios que desvastaram uma extensa área de sobreiros, continua a ter núcleos significativos de sobreiral no Barranco do Velho, na Quintã, nos Corsitos, em Querença, na Cortelha, em Touriz e Cabeça da Vaca.
O







segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dia de adeus ao Tio Zé Pires

Faleceu aos 88 anos, após duas operações complicadas, o nosso amigo e vizinho José Pires, que nos habituámos a ver curvado na sua bicicleta, transportando na bagagem a garrafa de água e a enxada, a caminho da vinha ou da horta.Na memória mais antiga que alguns guardam, vemo-lo passar com o seu muar preto, regressando da faina agrícola, sempre com aquela forma tranquila e afável de estar em relação. Apesar da sua avançada idade possuía uma memória fantástica, talvez herança genética do seu avó que era no seu tempo o guardião das memórias e registos de datas e momentos significativos para a Nave do Barão. Alguém que queria saber de partilhas, de confrontações e de outras informações recorríamos à memória fabulosa deste baronense, tal como há um século atrás se ia consultar o seu avó que de memória dizia o dia, o ano e até por vezes a hora, em que fulano ou sicrano tinha nascido, casado, falecido ou enterrado. Perdemos um amigo singular, um vizinho prestável e também o zeloso guardião de memórias da nossa aldeia.
Na sua longa história de vida foi  animador de bailes em dueto com o seu amigo Manuel Batista que tocava banjo, emigrante em França e agricultor dedicado, sábio viticultor e sobretudo um amigo leal e fraterno. À família enlutada o nosso abraço solidário em tempo de dor e despedida. Consternados pela sua partida, fazemos votos para que nesta sua última viagem encontre a Paz eterna.
ATÉ SEMPRE TIO ZÉ PIRES!

PS.Depois de publicarmos esta mensagem, ouvimos diversos testemunhos de pessoas que assistiram ao funeral do tio Zé Pires e foram unânimes na discordância quanto ao comportamento do Sr. Prior da nossa Paróquia, por ter usado o púlpito, neste momento sentido de luto e dor, para hostilizar de novo os residentes da Nave do Barão, retomando de novo a infeliz coincidência da festa da nossa aldeia com a festa da Paróquia. Lamentável, por não respeitar a memória do falecido e sua família e injusta porque lesa todos os cristãos da nossa aldeia. Além de pouco adequado, este comportamento não está de acordo com o espírito de tolerância e de perdão cristão e é manifestamente injusto porque atinge toda a comunidade baronense, quando os promotores do polémico evento se resumem a um pequeno grupo de dirigentes associativos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

FESTA DE VERÃO NA NAVE DO BARÃO

No passado fim de semana, uma aldeia em festa proporcionou felizes momentos de convívio e reencontro, recuperando uma tradição interrompida que continua a ter significado para os residentes na Nave do Barão e aldeias vizinhas. Estão longe os tempos em que a festa era um momento especial para os numerosos emigrantes que vinham a Portugal no mês de Agosto, poderem reviver momentos de fraterno convívio e amizade.
Além dos jogos tradicionais, do baile, da gastronomia e do Raly Paper, desta vez a Festa de Verão contou com a inauguração de uma belíssima exposição Grandes e Pequenas Maravilhas da Natureza da autoria de Alex Morgan, que se recomenda a todos os que querem descobrir um pouco mais sobre a flora da nossa região. Desta vez contou também uma prova de vinhos, onde estiveram representados belíssimos vinhos algarvios da Adega do Cantor e da Quinta do Marquês.
Em jeito de balanço podemos dizer que a festa correu bem, foi muito participada, contrastando com a maioria das festas na região que tiveram fraca adesão. Houve de facto o problema da coincidência no domingo com a Festa de Salir, organizada pela igreja, situação que deverá ser evitada em anos futuros. Tal não justifica no entanto o discurso agressivo do padre Fernando, que na homilia de sábado terá dito que, devido a esta coincidência, recusaria a exéquias fúnebres na Igreja de Salir aos residentes da Nave do Barão que vierem a falecer. Trata-se de um excesso de linguagem que não dignifica o pároco dos fieis cristãos da nossa aldeia.