A ONU presidida pelo português António Guterres vinha alertando para a necessidade dos países e dos seus governantes porem em prática as orientações aprovadas em na Conferência do Clima em Paris, visando limitar o aumento da temperatura global através de medidas concretas para limitar a emissão dos gases com efeito de estufa.
Apesar da unanimidade das recomendações aprovadas parecem ser poucos os países que tentam implementar medidas concretas e Trump desvinculou os EUA do compromisso assumido por Barack Obama, alegando que tais argumentos não têm fundamento científico.
Para os negacionistas do efeito de estufa a atividade humana não é responsável pelas alterações climáticas e pelo efeito de estufa, sendo as causas deste fenómeno atribuídos aos ciclos ciclos naturais geológicos da Terra.
Todos sabemos que na composição da Atmosfera 78% é Azoto, 21% é Oxigénio e apenas 1 % é composto por outro gases, entre eles o vapor de água, o dióxido de carbono, o metano, o ozono, o óxido nitroso e os CFC. Para a generalidade dos cientistas e estudiosos o aumento de alguns destes gases, em especial o dióxido de carbono, estará relacionada com o aumento do efeito de estufa, contribuindo para o aumento médio da temperatura global que hoje tanto preocupa a comunidade científica e os cidadãos atentos a este fenómeno.
Segundo os estudos científicos disponíveis, com a Revolução Industrial iniciada há cerca de 150 anos, e a utilização casa vez maior da combustão de hidrocarbonetos, derivados do petróleo, a percentagem de dióxido de carbono terá aumentado cerca de 32%, registando nos últimos tempos um crescimento anual de 1,5 %.Sabemos que a radiação solar tem conhecido alguma estabilidade nos últimos 20 mil anos, não sendo por isso responsável pelo crescente aquecimento global com os impactos evidentes no clima, provocando cada vez mais o surgimento de fenómenos climáticos extremos.
O aumento médio do nível do mar que hoje se situa entre 10 a 20 cm, deverá acentuar-se com o degelo no Ártico e no Antártico, que associado à dilatação de volume das águas devido ao aumento da temperatura média das águas dos oceanos, provocando impactos muito fortes em ilhas superficiais e nas zonas costeiras. Este desequilíbrio nos ecossistemas marítimos provocará o desaparecimento de algumas espécies marinhas como está já a acontecer com as ilhas de coral.Mas é também espectável o aumento do número de dias do ano com temperaturas superiores a 35-º, o surgimento mais frequente de ondas de frio e de calor, períodos de seca mais frequentes e de precipitações mais intensas e destrutivas, provocando perdas de vidas humanas e prejuízos económicos e materiais cada vez maiores.
Estas previsões devem alertar-nos para os perigos de um futuro incerto e desafiar-nos para uma atitude mais crítica e interveniente para o combate em defesa do planeta e da vida na Terra. Está em causa o nosso futuro coletivo porque não EXISTE PLANETA B.
Ninguém pode ficar indiferente nesta luta pelo futuro da Humanidade na
Terra, onde a vida foi possível, numa dinâmica permanente entre o acaso, a necessidade e os projectos de sobrevivência e de perpetuação da impressionante biodiversidade que povoou este fascinante Planeta Azul.
