Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NAVE DO BARÃO FOI PIONEIRA NOS APANHADOS

Hoje em dia inventam-se apanhados, para fazer rir os espetadores explorando a ingenuidade ou generosidade dos que desprevenidos caem nas "armadilhas" programadas, utilizando por vezes recursos bastante sofisticados. Esta tradição sempre foi muito forte na Nave do Barão, havia grandes especialistas na arte de enganar forasteiros incautos e até as pessoas da própria aldeia. Isso acontecia geralmente em lugares públicos, perante uma plateia atenta e cúmplice, que sabia conter o riso e colaborar na encenação. Assisti a muitos desses "apanhados" e preveni muitas vezes amigos meus que me visitavam ou comigo iam passar alguns dias, mas apesar desses avisos, geralmente caiam como "patinhos".Uma das vezes que tenho na memória, passou-se com o meu amigo Francisco Branco que veio ter comigo para que fôssemos ver aquelas verdadeiras maravilhas da natureza, que eram as ninhadas de coelhos bravos, que faziam criação dentro de melancias na Lagoa da Nave.Eu conhecia as "artes" da aldeia e muito prontamente disse-lhe que tudo isso era pura invenção... Acham que ele acreditou em mim? Tive que ir com ele de bicicleta ao pé das ditas melancias para ele ver com mos seus próprios olhos e verificar que tinha sido vítima de mais um "apanhado". São tantas as histórias que se contam, sobretudo de três grandes especialista já falecidos (Tio Chico Inês, Tio Joaquim Guerreiro e Tio Zé da Avó) que valia a penar compilá-las e publicar em livro. Apesar da fama que a Nave tinha nas redondezas de "arrabolar" mentiras, nunca faltou imaginação para convencer os visitantes com novas e mirambulantes histórias. Partiram os grandes mestres e ficaram as sementes, mas hoje a tradição já não é o que era....

Sem comentários:

Enviar um comentário

A diversidade de pensamento é fundamental para o desenvolvimento humano. Deixe aqui o seu testemunho.