Uma janela aberta para o mundo


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Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
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quinta-feira, 25 de julho de 2013

ANTÓNIO ALEIXO,O POETA POPULAR NA NAVE DO BARÃO

Como sabem António Aleixo nasceu em Vila Real de Santo António em 18702/1899 mas foi em Loulé que viveu e com as dificuldades da vida desenvolveu os seus dotes poéticos, deixando-nos um espólio publicado neste Livro que vos deixo e mais tarde em Inéditos, que ainda hoje mantém atualidade. Morreu em Loulé com 50 anos, no dia 16 de Novembro de 1949. Teve uma vida muito difícil, tentou vários modos de sobrevivência e de sustento da família, andava nas feiras a declamar as suas poesias muitas delas de improviso e vinha às aldeias do interior fazer serões, a troco de produtos agrícolas que lhe ofereciam os agricultores. Esteve na Nave do Barão animando alguns desses serões e pernoitou em casa da família Valente, que eram as pessoas mais ricas da Nave do Barão. Declamava com mestria quadras e improvisava a pedido das pessoas que o ouviam. Numa dessas ocasiões alguém lhe disse que havia uma mulher na plateia que dava "assistência" a vários homens solteiros, casados e viúvos e ele improvisou assim: Pelo que acabam de me dizer, Valha-me Deus, Espírito Santo; Nunca havia de morrer Uma mulher que dá para tanto. Seguiu-se risota geral com os olhos postos na dita senhora, que tão bem conheci mas não digo o nome porque respeito a sua memória.

1 comentário:

  1. Texto feito a partir de testemunhos orais de habitantes da Nave que participaram nestes serões, mas que já não se encontram entre nós.

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