Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
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domingo, 1 de outubro de 2017

UM CASO RARO DE VONTADE CÍVICA

Hoje de manhã, dia de decidir o futuro das nossas cidades, vilas e aldeias, aconteceu uma situação singular que devo partilhar convosco.
Fui levar a Salir uma jovem candidata da Nave do Barão, que estava decidida ir a pé porque o seu carro resolveu boicotar o acto eleitoral e avariou.
No regresso encontrei um velhote de boné, junto ao Lar de Salir, que me abordou pediu boleia para ir votar à Tôr, Perante esta forte determinação cívica alterei a minha rota e fui até à Junta de Freguesia da Tôr e o sr. Baltazar foi revelando o partido onde ia votar.
Lá chegados o cidadão persistente foi informado que a sua residência oficial não era na Tôr mas em Algoz, porque a filha teria tratado recentemente do Cartão de Cidadão, colocando como residência do pai a sua própria residência.
Desanimado voltou ao lar e pedi para falar com a filha para lhe pedir colaboração no transporte do pai para exercer o seu direito e dever eleitoral.
A filha disse que não tinha carta de condução e tinha o dia ocupado com a mudança de casa e tinha hoje mesmo que deixar livre de mobílias a casa onde morava e fazer a transferência para a nova casa, Perante este contratempo o nosso protagonista chorou e indignou-se por não poder votar no partido a quem sempre foi fiel.
A senhora secretária do lar que nos recebeu foi muito diligente e comprometeu-se a intervir junto da filha para que se processe a mudança de residência do sr. Baltazar para Salir, de forma a ser possível o exercício deste direito conquistado nesse dia mágico de Abril.
Este é um caso muito curioso, que contrasta com o comportamento abstencionista de muitos dos nossos concidadãos e deve desafiar a nossa reflexão. O que poderemos fazer para criar condições de exercício de voto em situações semelhantes. Neste tempo complexo de tanta tecnologia disponível para quando implementar a votação electrónica em Portugal?

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