Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
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domingo, 18 de outubro de 2015

FAZEDORES DE IMPOSSÍVEIS

Está a decorrer em Loulé no espaço Loulé Criativo, o projeto MARKERS MEAL, coletivo de fazeres e saberes, que não teve  visibilidade pública, mas proporciona vivências únicas e momentos de partilha muito gratificantes e enriquecedores.
Este ciclo de encontros e de oficinas junta durante duas semanas artistas e artesãos do concelho de Loulé e alguns escoceses, tendo como objetivo central a realização de uma refeição conjunta, mas para que isso aconteça cada um dos participantes terá que dar o seu contributo com os seus saberes.
Recorrendo aos saberes dos ofícios tradicionais  são feitos os pratos, os copos, os talheres, os tachos, a mesa, as cadeiras e no final, sob orientação de uma cozinheira experiente será feita a ágape e opípara refeição.
A experiência foi feita na Escócia, num Centro de Escultura Contemporânea, sob orientação do criativo Nuno Sacramento, que escolheu a Nave do Barão como casa-abrigo, estando já em preparação uma iniciativa semelhante no Brasil. A segunda sessão do Ciclo de Encontros, com o tema Contos à Mesa, teve como animadora a mestra Filipa de Sousa, uma artesã de Querença que nos deslumbrou com o seu jeito de contar e recriar alguns lindíssimos contos tradicionais populares.
Este ciclo tem ainda previstas três sessões abertas a quem desejar participar nestes espaços de cultura alternativa. Dia 18 de outubro, pelas 18h e 30m" O Outro é uma  condição essencial de construção", dia 20 à mesma hora " Quando ontem como hoje / invisibilidade da arqueologia" e a termina no dia 23, pelas 15 horas com Mesa Posta, para apresentação do trabalho realizado. Porque é tão interessante este percurso coletivo de artistas e artesãos? Porque é um espaço de intensa cooperação fazendo contraponto com  a cultura dominante que enfatiza a competição feroz entre os indivíduos, dividindo-os entre vencedores e vencidos,  desumanizando as relações inter-pessoais e sociais.
Por outro lado é uma aposta da reciação e devolução da memória e dos saberes tradicionais, que se tende a perder com o desaparecimento de algumas atividades tradicionais. Tem ainda o sortilégio de unir os saberes populares e a cultura erudita e de articular equilibradamente a teoria e a prática. Obrigado Nuno Sacramento pelo convite e pela ousadia de um pensar e fazer alternativo.

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