Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A POLÍTICA ESTÁ MAIS INTERESSANTE...

Há neste momento uma preocupação legítima por parte da PAF de ver a sua "vitória eleitoral" comprometida, apesar de estar em Belém um militante do PSD, que se apressou a indigitar Passos Coelho para formar governo, mesmo sem cumprir o preceito constitucional que o obrIgava à previa consulta dos partidos com representação parlamentar.
Há pois motivos para os seus líderes e apoiantes problematizarem e estarem preocupados com a possibilidade, de um governo PS com o apoio parlamentar do PCP e do BE, ou, ainda menos provável, um governo integrando estes três partidos.

Há quem considere traição ao eleitoral esta possibilidade de união porque estes três partidos não se apresentaram juntos no boletim de voto..Este argumento é muito frágil se nos lembrarmos que o PSD e o CDS formaram a coligação de direita há 4 anos, tendo-se candidatado então separadamente.
Outros referem a incompatibilidade programática (diferentes perspetivas face à Europa, o Euro, a renegociação da dívida, a Nato...) e aqui parecem ter alguma razoabilidade apesar de sabermos que existem grandes divergências entre o CDS e o PSD, relativamente a algumas orientações políticas, que de resto se manifestaram com a crise desencadeada por Paulo Portas, com aquele episódio caricato do "irrevogável", que levou Cavaco a admitir eleições antecipadas, que António José Seguro e o PS rejeitaram na altura.
Todos sabemos que apesar das divergências, a direita ou a esquerda, podem sempre, se tiverem bom senso, inteligência e sabedoria para isso, estabelecer plataformas de entendimento em torno de princípios e objetivos comuns.Todos assistimos durante a campanha eleitoral, os três partidos mais à esquerda preocupados nomeadamente com a destruição do Estado Social, a continuidade da austeridade, a dívida impagável com o estado da nossa economia, a desvalorização do fator trabalho,e a reposição das pensões e dos cortes nos salários da função pública. Estes desígnios foram sufragados, a Coligação de direita perdeu mais de 700 000 votos e a maioria absoluta, a esquerda superou os 50% e gerou-se uma situação política nova, mais complexa, mas também mais interessante e desafiadora para os eleitos e eleitores.
Como vai evoluir? Depende em primeiro lugar dos protagonistas principais, (deputados eleitos, partidos com representação parlamentar e Presidente da República) mas também da opinião pública, que poderá vir a ser chamada a nova consulta popular se a legislatura não chegar ao fim.

É este terreno que os analistas, a comunicação, social e os políticos, estão a querer fertilizar... É por isso que cada um de nós é importante nesta "guerra" inevitável entre esquerda e direita. A politica está pois a tornar-se mais interessante pelos desafios que a "instabilidade" está gerar entre nós. Curiosamente só conseguimos andar quando provocamos desequilíbrios, caso contrário ficávamos parados e estáticos. 



Sem comentários:

Enviar um comentário

A diversidade de pensamento é fundamental para o desenvolvimento humano. Deixe aqui o seu testemunho.