O dia 22 de novembro vai ser um dia especial na pacata aldeia da Nave do Barão, para assinalar o 19.º aniversário da Associação "Os Barões".
O dia começa com a tradicional matança do porco que vai servir de base para o almoço convívio pelas 13 horas.
Durante a tarde, pelas 17 horas terá lugar a sessão comemorativa do 19.º aniversário, onde serão homenageados os sócios fundadores e cantados parabéns à Associação.
O dia termina com um baile animado pelo maior acordeonista algarvio, Fernando Inês, natural da Nave do Barão, que com o filho constituem o Duo Perla D'Oro.
Aqui fica o convite a todos e a todas que queiram participar neste momento significativo da vida desta Associação.
Uma janela aberta para o mundo
No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
sábado, 18 de outubro de 2014
BARONESAS E BARONENSES, ROSTOS DA NAVE - O desafio da descoberta, quem será quem?
Pela glória quem não
faria grandes coisas?
Mas quem as faz pelo olvido?
E a glória busca em vão
os autores do grande feito.
Sai da sombra por um momento
rostos anônimos, dissimulados,
e aceitai;
o nosso agradecimento.
Mas quem as faz pelo olvido?
E a glória busca em vão
os autores do grande feito.
Sai da sombra por um momento
rostos anônimos, dissimulados,
e aceitai;
o nosso agradecimento.
Bertolt
Brecht
Estes meninos e meninas foram modelados pelo tempo, "esse grande escultor" e hoje são bem diferentes do que eram. O desafio da descoberta é interessante. Tente identificar e só depois veja as legendas para confirmar o seu palpite ou intuição.
Estes meninos e meninas foram modelados pelo tempo, "esse grande escultor" e hoje são bem diferentes do que eram. O desafio da descoberta é interessante. Tente identificar e só depois veja as legendas para confirmar o seu palpite ou intuição.
1- Joaquim António, 2- Milena, 3- Madalena |
4- João Graça, 5-Vitor Amaro, 6- Maria José Coelho |
7- António Manuel, 8- Helena Firmino, 9- Patrícia, 10- Sérgio, 11-Júlia, 12- Arménio |
14-Ana Teresa |
15- Miguel Guerreiro |
16- Luís e Ana Teresa |
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
OU-TONALIDADES
Ofuscam o astro rei
Desfilam cinzentas,
Derramando no telhado
Lágrimas de deuses distantes
Sincopadas melodias
Murmúrios de águas correntes
Fecundando o ventre da terra
Húmus e sementes
Esperança trémula
Desperta por magia
Em madrugadas de devir.
Pingos cristalinos
Gotas cintilantes
Rosários pendentes em
Ramos, pétalas e
folhas
Nas poças tingidas de lama
Círculos concêntricos
Perfume de terra
molhada.
Os pássaros mudos e tristes
Buscam abrigos nas árvores
Esperando abertas promissoras.
Orquestra de grilos estridentes
Ecoam na planície
Trinados de violinos.
Uma estranha melancolia
Salpica dentro de mim.
Chegou o outono...
JA
Uma estranha melancolia
Salpica dentro de mim.
Chegou o outono...
JA
E uma estranha melancolia
Salpica dentro de mim…
Chegou o outono!
sábado, 27 de setembro de 2014
AS ANDORINHAS ...estão de partida... voltam na primavera...ou não...
Estas aves simpáticas, que toda a gente recebe com alegria, estão a fazer desfile nos fios de eletricidade na Nave do Barão, reunindo a nova prole e os progenitores, preparam-se para voltar às quentes terras africanas.Estão a ganhar balanço para atravessar o Mar Mediterrâneo e voar mais de 10 mil quilómetros, que percorrem em seis semanas, para regressar à Namíbia ou África do Sul, de onde partiram há cerca de seis meses.
Pelo caminho vão alimentando-se em pleno voo de moscas e outros insectos, parando de noite para descansar e retomando viagem ao raiar de um novo dia.
Nem todas vão conseguir chegar ao fim, algumas mais idosas ou menos resistentes podem ficar pelo caminho e a essas não voltaremos a ver na próxima Primavera a fazer os seus prodigiosos ninhos, em forma de taça, feitos pacientemente com lama e palha, em locais abrigados do sol e da chuva.
Mas a esmagadora maioria cá estará de novo, anunciando o fim do inverno do nosso descontentamento e cruzando os ares em voos de mestria, exibindo a cauda bifurcada e o seu fraque preto-azulado, contrastando com a parte branca na parte inferior do corpo. Aqui voltam para criar geralmente duas ninhadas com quatro ou cinco ovos, que incumbam entre 22 a 32 dias e alimentam com ternura ainda durante alguns dias, após os primeiros voos para a liberdade e o mundo exterior.
COMO CONSEGUEM ELAS (E ELES) SABER O CAMINHO DE REGRESSO SEM TEREM ESTUDADO GEOGRAFIA?
Esse é um mistério que não estão ainda completamente desvendado e os investigadores colocam algumas hipóteses, nem sempre convergentes.Uns atribuem o sucesso na arte de navegar com orientação planetária a uma proteína chamada criptocromos, que estará presente nos olhos das aves, nas borboletas e também nos humanos, que permitirá identificar os campos magnéticos da Terra.Outros referem a existência de cristais de magnetite em zonas do cérebro, que funcionarão como radares de orientação nas ondas magnéticas terrestres. Sejam estas as fontes de orientação aeronáutica ou outras ainda desconhecidas,o certo é que elas voltarão num dia de Primavera para povoar os céu de uma contagiante alegria para os humanos.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
O SÉRGIO E A MARIA REGRESSAM À NAVE DO BARÃO
Parabéns Maria em tempo de festejar a prodigiosa aventura da vida |
terça-feira, 16 de setembro de 2014
FRACTAL,a magia da Matemática no mundo real
Para quem ainda não está familiarizado com o termo, trata-se de uma figura geométrica dividida em partes sucessivas tendo cada uma das partes semelhança com o modelo replicado.
Não admira que muitos não conheçam esta novidade porque foi uma grande revelação Matemática na década de 70 do século XX, e surge associada à Teoria do Caos. A Geometria Euclidiana revelava a sua incapacidade para explicar certos fenómenos o que levou alguns matemáticos modernos a encontrar respostas na Geometria Não-Euclidiana.
Na natureza à nossa volta podemos encontrar fractais naturais, que têm estruturas complexas e parecem ser possuídas por uma estranha magia. Alguns encontrarão nestas maravilhosas imagens a mão divina, outros como eu dirão que são fruto de uma dialógica complexa entre o "acaso e a necessidade". Mas as imagens falam por si.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
O DRAMA DA EMIGRAÇÃO JUVENIL-Portugal empobrece para enriquecer os países mais ricos
O mês de agosto foi desde há muitos anos nas aldeias portuguesas tempo de festa e de reencontro com os emigrantes que partiram em busca de uma vida melhor.
A nova realidade que vivemos com o preocupante empobrecimento e o imenso desemprego, impostos por uma receita neoliberal, colocou os mais pobres a pagar os desmandos e fraudes da alta finança especulativa, obrigou de novo muitos portugueses a procurar noutros países o que era negado na sua pátria.
Ainda nos custa a aceitar esta verdade amarga de ver eleitos para governar países aqueles que foram cúmplices do descalabro financeiro mundial, que eclodiu nos EUA em 2008 e depois tenham inventado o conceito de Dívida Soberana, juntando Dívida Pública, diminuta em comparação com uma exorbitante Dívida Privada, fazendo-nos pagar os custos da crise e ainda por cima os juros de empéstimos contraídos para salvar a pele de representantes da alta finança.
Mas depois deste desabafo voltemos ao nosso tema e os números não enganam, a emigração cresceu nos últimos quatro anos 155%, dos quais quase meio milhão são jovens entre os 15 e os 29 anos.
Perante as dificuldades e minguada a esperança no futuro, a maioria dos jovens entrevistados, num estudo recentemente realizado, são claros na sua intenção de abandonar Portugal à procura de destinos mais promissores.Foi de resto o primeiro ministro Passos Coelho que exortou a juventude a emigrar, que todos sabemos ser a geração mais habilitada que alguma vez tivemos. Este êxodo juvenil, além de dramático para cada jovem e respetivas famílias, compromete inevitavelmente o futuro de um país que ficou mais pobre e envelhecido, contribuindo curiosamente com este capital humano, para tornar mais prósperos os países mais ricos da Europa.
UMA FAMÍLIA EMIGRANTE EXEMPLAR, QUATRO HISTÓRIAS DE VIDA
Num destes domingos encalorados de agosto, que na Nave do Barão são escaldantes,tivemos na Associação "Os Barões" a simpática visita dos nossos conterrâneos Faísca e esposo Valério e da sua elegante filha Sandrine. Este casal de emigrantes partiu nos anos sessenta para França, por lá tiveram dois filhos (o Tierri e a Sandrine) e com muito trabalho e sacrifícios, conseguiu realizar os seus projectos de uma vida melhor.Regressaram a Portugal, acalentando a esperança de que os seus filhos aqui pudessem singrar e ser felizes. O Tierri terminou os seus estudos superiores, veio antes do regresso dos pais experimentar a sua integração na pátria paterna, mas depois de alguns anos e de várias experiências profissionais insatisfatórias regressou a França, onde conseguiu o reconhecimento profissional dos seus méritos. A Sandrine veio mais tarde com os pais, completou os seus estudos secundários e superiores em Portugal, mas tal como o irmão, foi em França e depois na Alemanha que conquistou por mérito próprio o merecido prestígio profissional.
Estes e outros exemplos e histórias de vida dos nossos emigrantes, que nas terras de adopção foram excelentes trabalhadores e deixaram saudades, deve ajudar-nos a repensar o país que somos e o país que queremos.O futuro da Pátria, a que talvez devessemos chamar Mátria, como sugeriu Natália Correia, não está dependente de intervenções milagrosas, nem de iluminados salvadores, mas do trabalho criador de riqueza, da consciência e da cultura individual e coletiva e da nossa vontade para intervir e reinventar o destino da nossa RE(S)PÚBLICA.
Neste desafio complexo e aliciante todos somos imprescindíveis, todos somos importantes.
Como dizia o revolucionário Marat, citado de cor, "Os grandes só nos parecem maiores porque estamos de joelhos. Ergamo-nos!"
A nova realidade que vivemos com o preocupante empobrecimento e o imenso desemprego, impostos por uma receita neoliberal, colocou os mais pobres a pagar os desmandos e fraudes da alta finança especulativa, obrigou de novo muitos portugueses a procurar noutros países o que era negado na sua pátria.
Ainda nos custa a aceitar esta verdade amarga de ver eleitos para governar países aqueles que foram cúmplices do descalabro financeiro mundial, que eclodiu nos EUA em 2008 e depois tenham inventado o conceito de Dívida Soberana, juntando Dívida Pública, diminuta em comparação com uma exorbitante Dívida Privada, fazendo-nos pagar os custos da crise e ainda por cima os juros de empéstimos contraídos para salvar a pele de representantes da alta finança.
Mas depois deste desabafo voltemos ao nosso tema e os números não enganam, a emigração cresceu nos últimos quatro anos 155%, dos quais quase meio milhão são jovens entre os 15 e os 29 anos.
Perante as dificuldades e minguada a esperança no futuro, a maioria dos jovens entrevistados, num estudo recentemente realizado, são claros na sua intenção de abandonar Portugal à procura de destinos mais promissores.Foi de resto o primeiro ministro Passos Coelho que exortou a juventude a emigrar, que todos sabemos ser a geração mais habilitada que alguma vez tivemos. Este êxodo juvenil, além de dramático para cada jovem e respetivas famílias, compromete inevitavelmente o futuro de um país que ficou mais pobre e envelhecido, contribuindo curiosamente com este capital humano, para tornar mais prósperos os países mais ricos da Europa.
UMA FAMÍLIA EMIGRANTE EXEMPLAR, QUATRO HISTÓRIAS DE VIDA
Num destes domingos encalorados de agosto, que na Nave do Barão são escaldantes,tivemos na Associação "Os Barões" a simpática visita dos nossos conterrâneos Faísca e esposo Valério e da sua elegante filha Sandrine. Este casal de emigrantes partiu nos anos sessenta para França, por lá tiveram dois filhos (o Tierri e a Sandrine) e com muito trabalho e sacrifícios, conseguiu realizar os seus projectos de uma vida melhor.Regressaram a Portugal, acalentando a esperança de que os seus filhos aqui pudessem singrar e ser felizes. O Tierri terminou os seus estudos superiores, veio antes do regresso dos pais experimentar a sua integração na pátria paterna, mas depois de alguns anos e de várias experiências profissionais insatisfatórias regressou a França, onde conseguiu o reconhecimento profissional dos seus méritos. A Sandrine veio mais tarde com os pais, completou os seus estudos secundários e superiores em Portugal, mas tal como o irmão, foi em França e depois na Alemanha que conquistou por mérito próprio o merecido prestígio profissional.
Estes e outros exemplos e histórias de vida dos nossos emigrantes, que nas terras de adopção foram excelentes trabalhadores e deixaram saudades, deve ajudar-nos a repensar o país que somos e o país que queremos.O futuro da Pátria, a que talvez devessemos chamar Mátria, como sugeriu Natália Correia, não está dependente de intervenções milagrosas, nem de iluminados salvadores, mas do trabalho criador de riqueza, da consciência e da cultura individual e coletiva e da nossa vontade para intervir e reinventar o destino da nossa RE(S)PÚBLICA.
Neste desafio complexo e aliciante todos somos imprescindíveis, todos somos importantes.
Como dizia o revolucionário Marat, citado de cor, "Os grandes só nos parecem maiores porque estamos de joelhos. Ergamo-nos!"
sábado, 30 de agosto de 2014
RITA, o futuro a pulsar com 4 anitos
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
CORTIÇA- A "pele"do sobreiro, uma riqueza do nosso Algarve
A cortiça com origem na casca (suber) dos sobreiros (Quercus súber) é ainda uma riqueza da Serra Algarvia que conheceu uma quebra, com os incêndios de verão que devastaram uma extensa zona de sobreiros, é um património interessante com imensas potencialidades no futuro da região.
Composta por ar alojado em compartimentos estanques, revestidos por uma espécie de resina, que numa camada com 8 cm de espessura se estima existirem 500 milhões de células, unidas como se fossem um favo de abelhas, foram as primeiras células observadas em 1665 por Robert Hooke no seu microscópio primitivo.Espantado com o que viu o cientista chamou-lhe células por semelhança com as celas onde os frades se recolhiam para meditação.
Certo, certo é que Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, produzindo ao sul do Tejo mais cortiça e com mais qualidade que os restantes países concorrentes-França. Espanha. Itália.
Devido ás suas propriedades,a cortiça foi desde a antiguidade utilizada por Egípcios, Gregos e Romanos e tem um futuro promissor que alarga a sua utilização a novos produtos e mercados.
Curiosamente estamos perante um recurso natural que não requer a destruição da árvore mãe, o que levou Fidel de Castro, quando visitou Portugal em 2001 e foi então recebido pelo Presidente Jorge Sampaio, a fazer questão de assistir a uma desboia, porque lhe custava a acreditar que as rolhas que Cuba importava não obrigarem à destruição dos sobreiros.
O mercado dos produtos de cortiça tem sofrido notável expansão com a criação de novos produtos e aplicações, tendo-se destacado uma unidade industrial de S. Brás de Alportel, pelo seu investimento na inovação e na criação de novos e interessantes produtos transformados a partir da cortiça.
No Concelho de Loulé, apesar dos danos causados pelos incêndios que desvastaram uma extensa área de sobreiros, continua a ter núcleos significativos de sobreiral no Barranco do Velho, na Quintã, nos Corsitos, em Querença, na Cortelha, em Touriz e Cabeça da Vaca.
No Concelho de Loulé, apesar dos danos causados pelos incêndios que desvastaram uma extensa área de sobreiros, continua a ter núcleos significativos de sobreiral no Barranco do Velho, na Quintã, nos Corsitos, em Querença, na Cortelha, em Touriz e Cabeça da Vaca.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Dia de adeus ao Tio Zé Pires
Faleceu aos 88 anos, após duas operações complicadas, o nosso amigo e vizinho José Pires, que nos habituámos a ver curvado na sua bicicleta, transportando na bagagem a garrafa de água e a enxada, a caminho da vinha ou da horta.Na memória mais antiga que alguns guardam, vemo-lo passar com o seu muar preto, regressando da faina agrícola, sempre com aquela forma tranquila e afável de estar em relação. Apesar da sua avançada idade possuía uma memória fantástica, talvez herança genética do seu avó que era no seu tempo o guardião das memórias e registos de datas e momentos significativos para a Nave do Barão. Alguém que queria saber de partilhas, de confrontações e de outras informações recorríamos à memória fabulosa deste baronense, tal como há um século atrás se ia consultar o seu avó que de memória dizia o dia, o ano e até por vezes a hora, em que fulano ou sicrano tinha nascido, casado, falecido ou enterrado. Perdemos um amigo singular, um vizinho prestável e também o zeloso guardião de memórias da nossa aldeia.
Na sua longa história de vida foi animador de bailes em dueto com o seu amigo Manuel Batista que tocava banjo, emigrante em França e agricultor dedicado, sábio viticultor e sobretudo um amigo leal e fraterno. À família enlutada o nosso abraço solidário em tempo de dor e despedida. Consternados pela sua partida, fazemos votos para que nesta sua última viagem encontre a Paz eterna.
ATÉ SEMPRE TIO ZÉ PIRES!
PS.Depois de publicarmos esta mensagem, ouvimos diversos testemunhos de pessoas que assistiram ao funeral do tio Zé Pires e foram unânimes na discordância quanto ao comportamento do Sr. Prior da nossa Paróquia, por ter usado o púlpito, neste momento sentido de luto e dor, para hostilizar de novo os residentes da Nave do Barão, retomando de novo a infeliz coincidência da festa da nossa aldeia com a festa da Paróquia. Lamentável, por não respeitar a memória do falecido e sua família e injusta porque lesa todos os cristãos da nossa aldeia. Além de pouco adequado, este comportamento não está de acordo com o espírito de tolerância e de perdão cristão e é manifestamente injusto porque atinge toda a comunidade baronense, quando os promotores do polémico evento se resumem a um pequeno grupo de dirigentes associativos.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
FESTA DE VERÃO NA NAVE DO BARÃO
No passado fim de semana, uma aldeia em festa proporcionou felizes momentos de convívio e reencontro, recuperando uma tradição interrompida que continua a ter significado para os residentes na Nave do Barão e aldeias vizinhas. Estão longe os tempos em que a festa era um momento especial para os numerosos emigrantes que vinham a Portugal no mês de Agosto, poderem reviver momentos de fraterno convívio e amizade.
Além dos jogos tradicionais, do baile, da gastronomia e do Raly Paper, desta vez a Festa de Verão contou com a inauguração de uma belíssima exposição Grandes e Pequenas Maravilhas da Natureza da autoria de Alex Morgan, que se recomenda a todos os que querem descobrir um pouco mais sobre a flora da nossa região. Desta vez contou também uma prova de vinhos, onde estiveram representados belíssimos vinhos algarvios da Adega do Cantor e da Quinta do Marquês.
Em jeito de balanço podemos dizer que a festa correu bem, foi muito participada, contrastando com a maioria das festas na região que tiveram fraca adesão. Houve de facto o problema da coincidência no domingo com a Festa de Salir, organizada pela igreja, situação que deverá ser evitada em anos futuros. Tal não justifica no entanto o discurso agressivo do padre Fernando, que na homilia de sábado terá dito que, devido a esta coincidência, recusaria a exéquias fúnebres na Igreja de Salir aos residentes da Nave do Barão que vierem a falecer. Trata-se de um excesso de linguagem que não dignifica o pároco dos fieis cristãos da nossa aldeia.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
O poder do dinheiro e a corrupção, poema de João de Deus
O grande poeta de Messines, deixou-nos um legado poético e pedagógico inestimável, tesouro guardado na Casa- Museu, escreveu este poema que continua atual nos nossos dias.
Publicado em https://www.facebook.com/confrariados.poetasalgarvios?fref=ufi
Publicado em https://www.facebook.com/confrariados.poetasalgarvios?fref=ufi
O
dinheiro é tão bonito,
Tão bonito, o maganão!
Tem tanta graça o maldito,
Tem tanto chiste o ladrão!
O falar, fala de um modo…
Todo ele, aquele todo…
E elas acham-no tão guapo!
Velhinha ou moça que veja,
Por mais esquiva que seja,
Tlim!
Papo.
E a cegueira da justiça
Como ele a tira num ai!
Sem lhe tocar com a pinça;
É só dizer-lhe: -Aí vai…
Operação melindrosa,
Que não é lá qualquer coisa;
Catarata, tome conta!
Pois não faz mais do que isto,
Diz-me um juiz que o tem visto
Tlim!
Pronta.
Nessas espécies de exames
Que a gente faz em rapaz,
São milagres aos enxames
O que aquele demo faz!
Sem saber nem patavina
De gramática latina,
Quer-se um rapaz dali fora!
Vai ele com tais falinhas,
Tais gaifonas, tais coisinhas …
Tlim!
Ora…
Aquela fisionomia
E lábia que o demo tem!
Mas numa secretaria
Aí é que é vê-lo bem!
Quando ele de grande gala,
Entra o ministro na sala,
Aproveita a ocasião:
“Conhece este amigo antigo?
- Oh meu tão antigo amigo!
(Tlim!)
Pois não!
Tão bonito, o maganão!
Tem tanta graça o maldito,
Tem tanto chiste o ladrão!
O falar, fala de um modo…
Todo ele, aquele todo…
E elas acham-no tão guapo!
Velhinha ou moça que veja,
Por mais esquiva que seja,
Tlim!
Papo.
E a cegueira da justiça
Como ele a tira num ai!
Sem lhe tocar com a pinça;
É só dizer-lhe: -Aí vai…
Operação melindrosa,
Que não é lá qualquer coisa;
Catarata, tome conta!
Pois não faz mais do que isto,
Diz-me um juiz que o tem visto
Tlim!
Pronta.
Nessas espécies de exames
Que a gente faz em rapaz,
São milagres aos enxames
O que aquele demo faz!
Sem saber nem patavina
De gramática latina,
Quer-se um rapaz dali fora!
Vai ele com tais falinhas,
Tais gaifonas, tais coisinhas …
Tlim!
Ora…
Aquela fisionomia
E lábia que o demo tem!
Mas numa secretaria
Aí é que é vê-lo bem!
Quando ele de grande gala,
Entra o ministro na sala,
Aproveita a ocasião:
“Conhece este amigo antigo?
- Oh meu tão antigo amigo!
(Tlim!)
Pois não!
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