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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

A TRAGÉDIA DE IHOR HOMENYK

 



O HORROR aconteceu no Aeroporto de Lisboa no dia 10 de Março, quando um cidadão ucraniano chegou a Portugal procurando trabalho e encontrou a morte, bárbaramente assassinado por quem era suposto proteger e cumprir os elementares deveres de respeito pela condição humana.

Depois de isolado, algemado, imobilizado com fita cola, torturado e agredido, ficando imobilizado no chão enquanto os três inspetores sairam airosamente sem se preocupar com o estado em que  deixaram a vítima.Os três criminosos voltaram ao local do crime e perante a evidência da tragédia aliciaram uma enfermeira do INEM a atribuir a morte a paragem respiratória, mas a autopsia viria a revelar os verdadeiras causas do falecimento.

Mas isto aconteceu em Portugal? Passados nove meses a esposa deste homem não teve uma justificação ou  palavra de pesar por parte da Diretora SEF? O ministro da tutela não ffez qualquer diligência junto da família e do Estado Ucraniano? O Presidente da República que se mostra tão humanista e fala a propósito de tudo esteve em silêncio nove meses? A indemização à família traz de novo Ihor para perto da esposa e dos filhos?

Imaginemos que IHOR se chamava Manuel, era um emigrante português à procura de trabalho noutro país, e tinha tratamento bárbaro semelhante. Como sentiriamos a tragédia humana e viviamos a indignação por este tratamento desumano?

A demissão da diretora do CEF peca pior tardia e há muito deveria ter sido demitida.

O silêncio do Ministro da Administração interna durante nove meses e a ausência de comunicação com a família da vitima, durante o longo período do inquérito que mandou instaurar, não devem ter consequências políticas?


Como interpretar a intervenção muito crítica e incisiva do frenético Marcelo que teve uma gestação longa de silêncio perante a gravidade deste processo onde esteve silencioso durante esta longa gestação? Faço a minha leitura política e senti que o PR  pretendeu "sacudir a água do capote" para





não prejudicar a sua imagem de candidato presidencial.

E António Costa não deveria ter instado o seu ministro a sair do seu imobilismo cúmplice?

Como portugueses e cidadãos não podemos ficar indiferentes. 

PORTUGAL DEVE ORGULHAR-SE DE DEFENDER VALORES HUMANISTAS UNIVERSAIS.

Que seja feita justiça, se apurem responsabilidades e sejam repensados, como sugere Marcelo, o modelo orgânico do SEF, revistos o perfil e a formação de quem no terreno deve zelar pela segurança e cumprimento das leis da República.

 

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