Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

5 DE OUTUBRO REPÚBLICA E/OU FUNDAÇÃO DE PORTUGAL

A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA UMA PROMESSA NÃO CUMPRIDA

Hoje comemoramos 106 anos da implantação da República e o fim da desacreditada Monarquia, que foi derrotada militarmente após a relutância do Exército em combater um grupo de dois mil soldados e marinheiros revoltosos, que contavam com muito apoio popular. A República seria proclamada às 9 horas do dia 5 de outubro, na varanda dos Paços de Concelho da Capital. A República com as suas promessas generosas, muitas delas não cumpridas, sobreviveu 16 anos no meio de muita instabilidade política e bastante descontentamento popular, viria a cair na sequência do golpe militar de 1926, liderado pelo general Gomes da Costa. Na sequência do triunfo republicano Portugal passou a ter uma nova bandeira, um novo hino, uma nova moeda e entre outras mudanças destaca-se a separação entre a Igreja e o Estado, num contexto social muito marcado por um forte anticlericalismo.


O homem vale, sobretudo, pela educação que possui, porque só ela é capaz de desenvolver harmonicamente as suas faculdades, de maneira a elevarem-se-lhe ao máximo em proveito dele e dos outros.” (Decreto de 29 de Março de 1911)


A ORIGEM DA NACIONALIDADE
O dia 5 de outubro coincide também com a data que muitos consideram o dia de fundação de Portugal, remontando a 1143 com a assinatura do tratado de Zamora, celebrado entre Afonso Henriques, o seu primo Afonso VII e o cardeal Guido de Vico,
Há no entanto alguns historiadores, entre eles  José Matoso e Alexandre Herculano, que questionam a validade desta interpretação, uma vez que no referido tratado D. Afonso Henriques continuaria vassalo de Afonso VII, que é reconhecido como imperador de toda a Hispânia. O Condado Portucalense ficou no entanto subordinado ao poder papal de Roma. Perante o poder papal, Portugal seria reconhecido como estado independente apenas a 23 de Maio de 1179, através da Bula Manifestis Probatum.
Subsiste por isso a dúvida sobre em que data (5 de outubro ou 23 de maio ?) deveremos considerar a institucionalização de Portugal como reino independente. 
Para adensar mais esta duvida, acresce ainda que Afonso Henriques foi aclamado pelos portugueses como rei  soberano, na sequência da vitória na Batalha de Ourique, em 1139.


D.Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal

Sem comentários:

Enviar um comentário

A diversidade de pensamento é fundamental para o desenvolvimento humano. Deixe aqui o seu testemunho.