Uma janela aberta para o mundo


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sábado, 6 de agosto de 2016

CASIMIRO DE BRITO poeta emocional algarvio

Poeta homenageado em Querença, no I Festival Literário Ibérico

Casimiro de Brito nasceu em 14 de janeiro de 1938 em Loulé, distrito de Faro.

Viveu a sua infância na região algarvia e tirou o Curso Geral do Comércio, na Escola Industrial e Comercial de Faro. Em 1956 criou no jornal A Voz de Loulé uma página literária designada Prisma de Cristal, que se publicou até 1959, durante 26 números. Nela colaboraram, entre outros, Ramos RosaGastão Cruz e Maria Rosa Colaço. De 1958 a 1964 dirigiu, em Faro, a colecção de poesia A Palavra na qual publicaram, entre outros, Fiama Hasse Pais BrandãoLuiza Neto Jorge e Candeias Nunes. Depois de uma passagem por Londres, em 1958, fundou e dirigiu com António Ramos Rosaos Cadernos do Meio-Dia (1958-60), onde se revelaram os poetas do movimento literário Poesia 61.
Autor de uma vasta obra literária onde predomina a poesia, Casimiro de Brito recebeu o Grande Prémio de Poesia Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Labyrinthus (1981), o Prémio Versília, de Viareggio, para a "Melhor Obra Completa Estrangeira", pela obra Ode & Ceia (1985), o Prémio de Poesia do P.E.N. Clube, pelo livro Opus Affettuoso seguido de Última Núpcia (1997), o Prémio Internacional de Poesia Léopold Senghor (2002), o Prémio de Poesia Aleramo-Luzi, para o Melhor Livro de Poesia Estrangeiro, com o Livro das Quedas (2004), e ainda o Prémio de melhor poeta do Festival Internacional "Poeteka" (anel de platina), na Albânia (2008).
Casimiro de Brito foi ainda nomeado Embaixador Mundial da Paz (ONG, Zurique) e, em 2008, foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com a Comenda[1] da Ordem do Infante D. Henrique.
in Wikipédia


Do Amor e da Morte

Temos lábios tenros para o amor 
dentes afiados para a morte 

Concebemos filhos para o amor 
para a guerra os mandamos para a morte 

Levantamos casas para o amor 
cidades bombardeamos para a morte 

Plantamos a seara para o amor 
racionamos o trigo para a morte 

Florimos atalhos para o amor 
rasgamos fronteiras para a morte 

Escrevemos poemas para o amor 
lavramos escrituras para a morte 

O amor e a morte 
somos 

Casimiro de Brito, in "Telegramas" 

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