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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O NATAL NO ALGARVE

Presépio tradicional algarvio - Museu Etnográfico do Trajo Algarvio
Presépio de cortiça - Museu Etnográfico do Trajo Algarvio
Esta época do ano, associada ao solstício de inverno, era ancestralmente dedicada ao culto dos entes queridos falecidos. Com  o cristianismo foi transformada no culto do nascimento de Cristo, que segundo  o historiador José Matoso não teria nascido no mês de dezembro e o seu nascimento teria ocorrido 8 anos antes da data adoptada pela Igreja Católica. 

Citando o padre José da Cunha  Duarte, autor do livro Natal no Algarve (Edições Colibri), p. 19," o Natal surgiu como a "festa da luz". Cristo é o novo "sol " que vem iluminar o mundo e o coração do homem. Não sabemos a data exata do seu nascimento."
Certo é que esta época do ano, que na Roma antiga coincidia com as festas Saturnais (em honra de Saturno), era um tempo de paz e recolhimento, suspendiam as guerras e até os tribunais, mas não parava a atividade culinária e a necessária degustação das quais os romanos eram grandes apreciadores.
No Algarve nos presépios tradicionais, como o que mosta a imagem, Jesus Cristo era a figura central, eram decorados com searas de trigo germinado um mês antes e frutos coloridos, onde predominavam as famosas laranjas algarvias e por vezes outros frutos, nomeadamente as romãs. Simbolicamente Cristo surgia associado às sementeiras de trigo (o pão nosso de cada dia) que se desejavam férteis e à fecundidade representada pelas romãs, que era também um fruto muito apreciado entre os romanos. Mandava a tradição que no dia de Ano Bom e no Dia de Reis se comesse romã para ter dinheiro todo o ano.
Bibliogafia utilizada: Festividades Ciclicas de Ernesto Veiga de Oliveira (Publicações D. Quixote), Poderes invísiveis de José Matoso (Círculo de Leitores).

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