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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

COVID19- A LUZ AO FUNDO DO TÚNEL?

O Presidente de todos os portugueses (mesmo daqueles que como eu nele não votaram) fez ontem uma comunicação dramática ao País, breve e no apelo veemente a todos nós, disse claramente que o sucesso do combate a este pesadelo depende muito na sua evolução do comportamento individual e coletivo. Os profissionais de Saúde estão a dar o seu melhor num esforço incomensurável e CADA UM DE NÓS DEVE FAZER A SUA PARTE.




VACINA E A LUZ AO FUNDO DO TÚNEL

A contestação por parte de quem negava a ameaça pandémica e especulava sobre a eficácia da vacina, como aconteceu quando há 135 anos quando foi criada a primeira vacina, foi-se esvanecendo com as evidências sobre o potencial preventivo da vacinação, continuado alguns a acreditar nas teorias da conspiração ou a alimentar uma campanha contra a eficácia do SNS e sobre o Plano de Vacinação, explorando as fragilidades dos Hostitais Públicos em saturação ou casos pontuais de hipotéticos desvios aos critérios de vacinação decididos pela Task Force, que reune uma equipa competente e credível. 

Há nesta campanha de mal dizer, uma caraterística que Eduardo Lourenço tão bem descreve no livro Labirinto da Saudade, dizendo que os portugueses são pródigos na malidicência, em gracegar com consigo próprios, terem uma imensa desvalia do que é genuinamente  Português e um grande apreço pelo que vem de fora.



O PLANO DE VACINAÇÃO E AS  TRÊS FASES DE APLICAÇÃO

Contrariando a desvalorização das capacidades lusitanas devemos reconhecer que relativamente aos processos de vacinação somos um caso de sucesso e demos cartas aos países mais desenvolvidos da Europa e do Mundo, com a generalização das vacinas do tétano, da diftria, do sarampo, da tosse convulsa, da poliomielite.

Neste combate a nossa pertença à União Europeia foi muito importante porque permitiu negociar com as farmaceuticas produtoras de vacinas e se Portugal fosse ao mercado, sendo um país periférico e relativamente pequeno, dificilmente conseguiria afirmar-se nas negociações com estas empresas.E é também neste quadro europeu que a VACINA será GRATUÍTA para todos os que se quiserem vacinar, uma vez que não foi tornada obrigatória.

Estamos a falar das convenções com AstraZeneca 300 milhões • Sanofi-GSK 300 milhões • Janssen Pharmaceutica NV, 200 milhões de doses, com a possibilidade de adquirir 200 milhóes • BioNTech-Pfizer 200 milhões • CureVac 225 milhões • Moderna 80 milhões de doses.

Como é sabido o Plano de Vacinação compreende três fases prevendo na 1ª FASE a vacinação de profissionais de saúde em UCI, de quem trabalha em lares e de todos os idosos de lares, incluindo mesmo os que estão ilegais, totalizando 250 mil de pessoas; pessoas mais vulneráveis com insuficiência cardíaca ou renal, com problemas respiratórios ou coronários e outros caso devidamente identificados por parecer médico, totalizando 400 mil pacientes: profissionais de saúde, profissionais das Forças Armadas, de Forças de Segurança e de Serviços Críticos, num total de 300 mil pessoas.Número total estimado em 950 mil vacinados.

A 2ª FASE prevê vacinar pessoas com mais de 65 anos, abrangendo cerca de 1,8 milhões, e doentes com diabetes, cancro, doenças renais ou insuficiencia hepática, obesidade, hipertensão e outras patologias, abrangendo 900 mil pessoas. Na totalidade serão vacinados 2 milhões e 700 mil.Na 3ª FASE será vacinada a restante poulação abrangendo perto de 7 milhões de portugueses.


O GRAU DE SEGURANÇA E EFICÁCIA

De acordo com a informação científica disponível as vacinas aprovadas pela Autoridade de Saúde Europeia têm um grau de segurança e eficácia variando entre os 85% e os 95% criando imunidade mesmo para as recentes variantes inglesa e brasileira mas segundo indicadores recentes poderá não ser tão eficaz na variante sul-africa

PODEM HAVER REAÇÕES ADVERSAS?

Segundo o Ministério da Saúde:"Tal como qualquer outro medicamento, também a vacina contra a COVID-19 pode ter efeitos secundários. As reações adversas reportadas por alguns participantes nos ensaios clínicos das vacinas têm sido ligeiras e passageiras e incluem, entre outros:

dor no local de injeção

fadiga

dor de cabeça

dor muscular

calafrio

dores articulares

febre

Outros efeitos como vermelhidão, no local da injeção e náuseas ocorrem muito menos vezes. Geralmente estes efeitos desapareceram ao fim de 24 a 48 horas. Embora possa surgir febre por 2-3 dias, uma temperatura alta (igual ou superior a 40º C) é rara e pode indicar que tem COVID-19 ou outra infeção.

Os sintomas após a vacinação duram, normalmente, menos do que uma semana. Se continuarem ou se surgir outra reação que o preocupe, contacte o seu médico assistente ou o SNS24 – 808 24 24 24. Se procurar aconselhamento de um médico, enfermeiro ou farmacêutico, informe-os sobre a sua vacinação para que possam avaliá-lo adequadamente."

OS CASOS DE IDOSOS MORTOS NA NORUEGA APÓS A TOMA DA VACINA

Nesta luta contra a pandemia tem havido avanços e recuos e mensagens contraditórias que podemos compreender com o desconhecimento deste vírus e das novas variantes, mas mesmo o Método Científico que tantos progressos trouxe à Humanidade, viva na permanente dialética entre experimentação, ensaio e erro e nenhum conhecimento científico é definitivo.

O caso do falecimento na Noruega de duas dezenas de idosos com mais de 80 anos e várias patologias, deve ser devidamente estudado e servir de precaução para que seja devidamente ponderado o risco e as vantagens da vacinação nestas condições.


NOTA: Para quem teve a paciência de ler este texto devo esclarecer que não sou especialista na matéria e recorri a informação disponível na net que me mereceu credibilidade, recorrendo sobretudo aos sites:https://www.sns24.gov.pt/.../covid-19/vacina-covid-19/...

https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/

 

 A Esperança é ainda efémera e vagueia frágil nos hospitais, nas famílias, empresas, aldeias e cidades. Mas apesar deste panorama sombrio vamos acreditar que começamos a ver a LUZ AO FUNDO DO TÚNEL.





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