Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O Futuro da Terra e da Humanidade discute-se em Paris

A esperança está reunida na 21ª conferência das Nações Unidas (CPO21) onde participam quase todos os chefes de estado e do governo ( 147 líderes mundiais) e muitos especialistas e delegados (perto de 40 mil) em representação dos seus países. Um pouco por todo o mundo ocorreram manifestações, sendo talvez a maior mobilização pelo clima realizada em 175 países, exigindo medidas em defesa do ambiente e a promoção  das energias renováveis.
O acordo final poderá contrariar o desastre ambiental?
Conseguirão encontrar os compromissos necessários para reduzir a poluição atmosférica e contrariar o tendência para o aquecimento global?
Estarão a perder tempo em discussões estéreis como afirmam os céticos das alterações climáticas?


Existe hoje na comunidade científica uma convição generalizada de que 90% do aquecimento global será atribuída à atividade humana e os restantes 10% serão atribuídos a um fenómeno natural de aquecimento progressivo do planeta, iniciado há cerca de 5 mil anos.
Certo é que os registos da concentração de CO2 na atmosfera no início da Revolução Industrial eram da ordem dos 220 milhares para um milhão e cresceu para o dobro nos nossos dias.
Parece evidente a relação entre estas alterações climáticas e os fenómenos ambientais extremos cada vez mais graves e frequentes. Não existem dúvidas de que a subida do nível médio da água do mar em 7 mm anuais e o degelo polar estão relacionados com este fenómeno.  
Estas evidências e a previsão do agravamento destes fenómenos, tornam cada vez mais urgente a convergência mundial para reduzir os fatores de alteração climática provocado pela atividade humana, sob risco de estarmos a hipotecar o futuro dos nossos netos e bisnetos e toda a vida na Terra.
Não é um desafio fácil, porque briga com interesses económicos, com hábitos e estilos de vida e requer mudanças significativas no nosso dia a dia.
Estarão os países mais desenvolvidos, os líderes de instituições bilionárias e cada um de nós interessados e disponíveis para aceitar e ser protagonistas das mudanças necessárias e urgentes?
No final desta Cimeira de Paris, prevista para o dia 12 de dezembro, saberemos se as orientações estratégicas dali saídas alimentam a nossa esperança coletiva ou semeiam a desilusão e a descrença.
Não será um desafio fácil perante a complexidade crescente dos problemas ambientais e a dificuldade de encontrar respostas eficazes para reduzir as emissões das fontes móveis (tráfico rodoviário, aéreo, marítimo e fluvial), das fontes estacionárias (centrais elétricas, termoelétricas, fornos industriais e domésticos, incineradoras e incêndios florestais), das fontes animais (criação intensiva de ovinos, caprinos,ovinos e suínos) e as fontes humanas ( fabrico e transporte bens de conforto e alimentação).
Todos temos consciência de que haverá fatores de poluição atmosférica que não poderemos regular (erupções vulcânicas, atividade sísmica, a respiração humana e animal), mas também sabemos que se investirmos nas energias renováveis para aquecimento de águas ou produção de energia elétrica, se plantarmos árvores,se contrariarmos a desmatação das florestas, estamos a ajudar a diminuir a concentração de CO2 na atmosfera e a contribuir um futuro mais sustentável e harmonioso.
Vem a propósito aquela anedota do Tocano e do Colibri quando deflagrou um incêndio na Floresta Amazónica. O Colibri atarefado com o bico minúsculo ia buscar água a um ribeiro para deitar sobre as chamas. O Tocano, com o seu enorme bico,  assistia àquela atividade frenética e comentou com ironia  este gesto do Colibri...ao que este respondeu simplesmente...eu faço a minha parte...

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