A burka, traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia.
Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem excepção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa.
Para
cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta
sociedade acostumaram-se a usar um longo véu em protecção da sua identidade.
O véu
tornou-se habitual entre as mulheres judias, tornou-se, também, uma
referência das damas cristãs em Bizâncio e na Idade Média ocidental. O Profeta
Mohammad (s.a.w.) instituiu o uso do véu no século VI, na Arábia, para que as
muçulmanas também gozassem da mesma dignidade das demais seguidoras entre os
povos do Livro, isto é, da Torá e do Evangelho. Deste modo, numa época selvagem
e belicosa, onde a lei mal se delineava, o véu era uma salvaguarda que protegia
as mulheres . Porém, mais do que isso, o seu uso simbolizava a elevação
espiritual da condição feminina, assim como o turbante concedia aos homens a
sacralização da cabeça
Com base na
origem histórica da burka, Mustapha Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923
– 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas,
económicas e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar, de uma vez
por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para
calar a boca dos fundamentalistas da época.
Pôs
definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei
que determinava o seguinte:
«Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir
como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».
No dia
seguinte, ninguém mais viu a burka na Turquia. Essa lei
ainda se mantém em vigor.
Os fundamentalistas
islâmicos, com a sua interpretação própria do Corão, nos países onde predominam não fazem a separação entre a política e a religião, procuram impor o uso da
burka, obrigando as mulheres andar com o
corpo completamente coberto, mostrando apenas os olhos e perdendo todos os
direitos civis e políticos, sendo inclusivamente impedidas de frequentar a
escola.
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