O Presidente de todos os portugueses (mesmo daqueles que como eu nele não votaram) fez ontem uma comunicação dramática ao País, breve e no apelo veemente a todos nós, disse claramente que o sucesso do combate a este pesadelo depende muito na sua evolução do comportamento individual e coletivo. Os profissionais de Saúde estão a dar o seu melhor num esforço incomensurável e CADA UM DE NÓS DEVE FAZER A SUA PARTE.
VACINA E A LUZ AO FUNDO DO TÚNEL
A contestação por parte de quem negava a ameaça pandémica e especulava sobre a eficácia da vacina, como aconteceu quando há 135 anos quando foi criada a primeira vacina, foi-se esvanecendo com as evidências sobre o potencial preventivo da vacinação, continuado alguns a acreditar nas teorias da conspiração ou a alimentar uma campanha contra a eficácia do SNS e sobre o Plano de Vacinação, explorando as fragilidades dos Hostitais Públicos em saturação ou casos pontuais de hipotéticos desvios aos critérios de vacinação decididos pela Task Force, que reune uma equipa competente e credível.
Há nesta campanha de mal dizer, uma caraterística que Eduardo Lourenço tão bem descreve no livro Labirinto da Saudade, dizendo que os portugueses são pródigos na malidicência, em gracegar com consigo próprios, terem uma imensa desvalia do que é genuinamente Português e um grande apreço pelo que vem de fora.
O PLANO DE VACINAÇÃO E AS TRÊS FASES DE APLICAÇÃO
Contrariando a desvalorização das capacidades lusitanas devemos reconhecer que relativamente aos processos de vacinação somos um caso de sucesso e demos cartas aos países mais desenvolvidos da Europa e do Mundo, com a generalização das vacinas do tétano, da diftria, do sarampo, da tosse convulsa, da poliomielite.
Neste combate a nossa pertença à União
Europeia foi muito importante porque permitiu negociar com as farmaceuticas produtoras
de vacinas e se Portugal fosse ao mercado, sendo um país periférico e
relativamente pequeno, dificilmente conseguiria afirmar-se nas negociações com
estas empresas.E é também neste quadro europeu que a VACINA será GRATUÍTA para
todos os que se quiserem vacinar, uma vez que não foi tornada obrigatória.
Estamos a falar das convenções com
AstraZeneca 300 milhões • Sanofi-GSK 300 milhões • Janssen Pharmaceutica NV,
200 milhões de doses, com a possibilidade de adquirir 200 milhóes •
BioNTech-Pfizer 200 milhões • CureVac 225 milhões • Moderna 80 milhões de
doses.
Como é sabido o Plano de Vacinação
compreende três fases prevendo na 1ª FASE a vacinação de profissionais de saúde
em UCI, de quem trabalha em lares e de todos os idosos de lares, incluindo
mesmo os que estão ilegais, totalizando 250 mil de pessoas; pessoas mais
vulneráveis com insuficiência cardíaca ou renal, com problemas respiratórios ou
coronários e outros caso devidamente identificados por parecer médico,
totalizando 400 mil pacientes: profissionais de saúde, profissionais das Forças
Armadas, de Forças de Segurança e de Serviços Críticos, num total de 300 mil pessoas.Número total estimado em 950 mil vacinados.
A 2ª FASE prevê vacinar pessoas com mais de 65 anos, abrangendo cerca de 1,8 milhões, e doentes com diabetes, cancro, doenças renais ou insuficiencia hepática, obesidade, hipertensão e outras patologias, abrangendo 900 mil pessoas. Na totalidade serão vacinados 2 milhões e 700 mil.Na 3ª FASE será vacinada a restante poulação abrangendo perto de 7 milhões de portugueses.
O GRAU DE SEGURANÇA E EFICÁCIA
De acordo com a informação científica disponível as vacinas aprovadas pela Autoridade de Saúde Europeia têm um grau de segurança e eficácia variando entre os 85% e os 95% criando imunidade mesmo para as recentes variantes inglesa e brasileira mas segundo indicadores recentes poderá não ser tão eficaz na variante sul-africa
PODEM HAVER REAÇÕES ADVERSAS?
Segundo o Ministério da Saúde:"Tal
como qualquer outro medicamento, também a vacina contra a COVID-19 pode ter
efeitos secundários. As reações adversas reportadas por alguns participantes
nos ensaios clínicos das vacinas têm sido ligeiras e passageiras e incluem,
entre outros:
dor no local de injeção
fadiga
dor de cabeça
dor muscular
calafrio
dores articulares
febre
Outros efeitos como vermelhidão, no
local da injeção e náuseas ocorrem muito menos vezes. Geralmente estes efeitos
desapareceram ao fim de 24 a 48 horas. Embora possa surgir febre por 2-3 dias,
uma temperatura alta (igual ou superior a 40º C) é rara e pode indicar que tem
COVID-19 ou outra infeção.
Os sintomas após a vacinação duram,
normalmente, menos do que uma semana. Se continuarem ou se surgir outra reação
que o preocupe, contacte o seu médico assistente ou o SNS24 – 808 24 24 24. Se
procurar aconselhamento de um médico, enfermeiro ou farmacêutico, informe-os
sobre a sua vacinação para que possam avaliá-lo adequadamente."
OS CASOS DE IDOSOS MORTOS NA NORUEGA
APÓS A TOMA DA VACINA
Nesta luta contra a pandemia tem havido
avanços e recuos e mensagens contraditórias que podemos compreender com o
desconhecimento deste vírus e das novas variantes, mas mesmo o Método
Científico que tantos progressos trouxe à Humanidade, viva na permanente
dialética entre experimentação, ensaio e erro e nenhum conhecimento científico
é definitivo.
O caso do falecimento na Noruega de duas
dezenas de idosos com mais de 80 anos e várias patologias, deve ser devidamente
estudado e servir de precaução para que seja devidamente ponderado o risco e as
vantagens da vacinação nestas condições.
NOTA: Para quem teve a paciência de ler
este texto devo esclarecer que não sou especialista na matéria e recorri a
informação disponível na net que me mereceu credibilidade, recorrendo sobretudo
aos sites:https://www.sns24.gov.pt/.../covid-19/vacina-covid-19/...
https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/