Não foi dada relevância na comunicação social, demasiado ocupada com as festividades natalícias e a polémica da lei do financiamento dos partidos políticos, mas vale a pena dar visibilidade ao exemplo de uma campeã mundial de xadrez que merece o nosso apreço e reconhecimento pela sua recusa em participar no Campeonato Mundial de Xadrez, que se realizou na Arábia Saudita entre 26 e 30 de dezembro.
Imagine que era campeã mundial em duas categorias desta modalidade, que sabia que com a sua recusa ia perder dois títulos e muito dinheiro ...
Que lhe colocavam como condição para participar neste campeonato vestir a abaya e ser obrigada a ser acompanhada por um homem...
Teria a mesma coragem política de recusar disputar este campeonato para o qual seria a principal favorita, em nome da defesa da dignidade e dos direitos de igualdade que deve merecer a condição feminina?
Este exemplo merece a solidariedade de todos os cidadãos e cidadãs livres e deverá servir de lição para a Federação Mundial de Xadrez, que decidiu promover esta modalidade num país gerido por um regime ditatorial que viola os mais elementares direitos humanos.
ANNA MUZYCHUK merece o nosso aplauso e o seu exemplo deve ser semente nesta luta sempre inacabada pela dignidade, pela defesa e promoção dos DIREITOS HUMANOS.
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