MESTRE ANTÓNIO
Era uma vez,…
Um modesto agricultor
Semeador, bom podador
Que um dia se fez ao mar
Com seu jeito de sonhar
Em vestes de marinheiro
E artes de engenhoqueiro.
Correu mundo, fez pela vida
Casou com a mulher querida
Foi pai, partilhou carinho
Neste seu longo caminho
Partiu para outra viagem
Sem bússola e sem bagagem
Em busca da eternidade
Deixando em nós a saudade
Desse seu jeito de ser
Que jamais vamos esquecer.
Mas como nos diz Platão
Na sua sábia razão
“Tudo o que vive fica a dever
A quem acaba por morrer”
Quem fica guarda memória
Do homem, da sua história
E em nós p'rá eternidade
O testemunho e a amizade
E na sua descendência
A arte e a persistência
De quem fez o seu destino
Desde muito pequenino.
E sua herança genética
Do homem e sua ética
E em jeito de despedida
Neste lugar de partida
Até sempre António José da Luz.
Descansa em Paz.
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