Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra vivia o mais infeliz dos povos à beira-terra. Era uma vez um país de tal maneira explorado pelos consórcios fabris pelo mando acumulado pelas ideias nazis pelo dinheiro estragado pelo dobrar da cerviz pelo trabalho amarrado que até hoje já se diz que nos tempos do passado se chamava esse país Portugal suicidado. para Angola nos porões um povo que era tratado como a arma dos patrões um povo que era obrigado a matar por suas mãos sem saber que um bom soldado nunca fere os seus irmãos.
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo alguém que lhe queria bem um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade era ainda uma criança mas já era a liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão do coração à cabeça da cabeça ao coração. Quem o fez era soldado homem novo capitão mas também tinha a seu lado muitos homens na prisão. a defender um irmão esses que tinham passado o horror da solidão esses que tinham jurado sobre uma côdea de pão ver o povo libertado do terror da opressão. |
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente
(Excertos do poema original)
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