CREMAÇÃO
O Sol inundou as trevas,
labaredas bailam vagabundas
ardendo o frio da morte
num corpo feito tição.
Restos de vida frágil
que se esvai volátil
em punhado de cinzas,
poeira cósmica inanimada
numa urna guardada.
Vazio que invade
meu peito pulsátil,
solidão e mágoa
no colo do sonho.
Memórias fugidias,
efémeras eternidades,
genes de esperança
em devir incerto.
Adeus Manuel!
Até sempre meu pai!
20/11/2010
Joaquim Sarmento
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