sábado, 12 de fevereiro de 2011

Passarinho da perna partida

Tenho às vezes por camarada
Nas horas de solidão
Um pássaro que da ninhada
Afastara-se em paixão.

Anda só o desgraçado
Com uma perna partida
E para o aliviar, coitado
Dou-lhe de comer e bebida.

Poisa na minha figueira
Para a toilette fazer
Depois vai para a amendoeira
Donde desce para comer

Enche o papo depois bebe
Torna à figueira outra vez
Espreguiça-se ao de leve
Agradecendo talvez.

Maria da Conceição Guerreiro
Professora Sanita (Nave do Barão)

Sem comentários:

Enviar um comentário

A diversidade de pensamento é fundamental para o desenvolvimento humano. Deixe aqui o seu testemunho.