Tenho às vezes por camarada
Nas horas de solidão
Um pássaro que da ninhada
Afastara-se em paixão.
Anda só o desgraçado
Com uma perna partida
E para o aliviar, coitado
Dou-lhe de comer e bebida.
Poisa na minha figueira
Para a toilette fazer
Depois vai para a amendoeira
Donde desce para comer
Enche o papo depois bebe
Torna à figueira outra vez
Espreguiça-se ao de leve
Agradecendo talvez.
Maria da Conceição Guerreiro
Professora Sanita (Nave do Barão)
Uma janela aberta para o mundo
No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
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