Uma janela aberta para o mundo
No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.
sexta-feira, 21 de julho de 2017
RALI PAPER 2017
O Rali Paper na Nave do Barão continua a ser uma experiência divertida de descoberta da região, contou mais uma vez com a paciência e a perspicácia de Carlos Graça que organizou meticulosamente os percursos que os 36 participantes percorreram com muito entusiasmo e olho vivo.
quarta-feira, 12 de julho de 2017
FESTA DE VERÃO NA NAVE DO BARÃO -A não perder este fim de semana
PROGRAMA
DIA 15
Pelas 16 horas
Inauguração da exposição de pintura com artistas plásticos da Nave do Barão
Abertura da Quermesse
Jogos Tradicionais Populares
Jantar com gastronomia tradicional
Entrega de prémios dos Jogos Tradicionais
Baile animado pelo Acordeonista baronense Fernando Inês,
DIA 16
Pelas 16 horas
Partida para o RALI PAPER- À de descoberta da região
Jantar-Convívio
Entrega de prémios do Rali Paper
Serão com o Rancho Folclórico Etnográfico da Serra do Caldeirão
OS PRÉMIOS DOS JOGOS SÃO TENTADORES
JOGOS TRADICIONAIS
Um bacalhau grande para o 1º prémio do Jogo do Bicho, das Setas e do Burro.
RALI PAPER
1º Prémio- Safari para grupo com almoço –oferta STRESSAWAY
2º Prémio – Carro para fim de semana – oferta VISACAR
3º Prémio – Aventura na Rocha da Pena, com lanche – oferta Morgan’s Nature
Walks
4º Prémio – Lugar em excursão promovida pelos Passeios da Malta
5º Prémio – Refeição para dois no restaurante Porto Doce
6º Prémio – Refeição para dois na
Churrasqueira papagaio Dourado
7º Prémio – Refeição para dois no restaurante Regresso
Troféus para todos os grupos participantes e sorteio de um galo por todos
os concorrentes.
OS PRÉMIOS DOS JOGOS SÃO TENTADORES
JOGOS TRADICIONAIS
Um bacalhau grande para o 1º prémio do Jogo do Bicho, das Setas e do Burro.
RALI PAPER
1º Prémio- Safari para grupo com almoço –oferta STRESSAWAY
2º Prémio – Carro para fim de semana – oferta VISACAR
3º Prémio – Aventura na Rocha da Pena, com lanche – oferta Morgan’s Nature Walks
4º Prémio – Lugar em excursão promovida pelos Passeios da Malta
5º Prémio – Refeição para dois no restaurante Porto Doce
6º Prémio – Refeição para dois na Churrasqueira Papagaio Dourado
7º Prémio – Refeição para dois no restaurante Regresso
Troféus para todos os grupos participantes e sorteio de um galo por todos os concorrentes.
domingo, 2 de julho de 2017
A TRAGÉDIA DE PEDRÓGÃO E A CULPA DO EUCALIPTO
Está lançado o debate sobre se sim ou não ao eucalipto e a sua relação com o alastrar dos incêndios no nosso país.
A propósito deste debate o Bloco de Esquerda assumiu um papel muito ativo no combate à expansão do eucalipto e Passos Coelho, que liberalizou o plantio desta árvore oriunda da Austrália, defende a sua dama e terá afirmado que é a árvore que menos arde.
Neste combate Francisco Louçã escreveu um artigo de opinião diabolizando o eucalipto e José Manuel Fernandes apressou-se a contestar o texto de Louçã e a assumir a defesa do eucalipto.
Para dar o meu singelo contributo sobre este assunto fiz algumas pesquisas e publico algumas notícias publicadas na comunicação social, deixando ao leitor o seu juízo crítico sobre esta importante problemática, que irá determinar o futuro da nossa floresta.
"O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou na quarta-feira à noite que, ao contrário do que se diz, o problema dos incêndios não se vai resolver com uma reforma florestal que acabe com o eucalipto."
'Árvore de gasolina'
O plantio em larga escala do eucalipto é criticado por ambientalistas, que apontam contribuição à destruição de recursos hídricos - o que alimenta a erosão - e ao desaparecimento da fauna, já que poucos animais conseguem se alimentar de suas folhas.
Além disso, o seu poder de gerar e propagar incêndios levou a espécie a receber o apelido de "árvore de gasolina".
"Um dos principais problemas do eucalipto é que ele arde muito rápido e é muito resistente ao fogo. Ele continua a sobreviver durante o incêndio e graças ao calor a sua casca se solta do tronco, se transformando em condutor das chamas", explica Camargo.
in BBC
A propósito deste debate o Bloco de Esquerda assumiu um papel muito ativo no combate à expansão do eucalipto e Passos Coelho, que liberalizou o plantio desta árvore oriunda da Austrália, defende a sua dama e terá afirmado que é a árvore que menos arde.
Neste combate Francisco Louçã escreveu um artigo de opinião diabolizando o eucalipto e José Manuel Fernandes apressou-se a contestar o texto de Louçã e a assumir a defesa do eucalipto.
Para dar o meu singelo contributo sobre este assunto fiz algumas pesquisas e publico algumas notícias publicadas na comunicação social, deixando ao leitor o seu juízo crítico sobre esta importante problemática, que irá determinar o futuro da nossa floresta.
"O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou na quarta-feira à noite que, ao contrário do que se diz, o problema dos incêndios não se vai resolver com uma reforma florestal que acabe com o eucalipto."
'Árvore de gasolina'
O plantio em larga escala do eucalipto é criticado por ambientalistas, que apontam contribuição à destruição de recursos hídricos - o que alimenta a erosão - e ao desaparecimento da fauna, já que poucos animais conseguem se alimentar de suas folhas.
Além disso, o seu poder de gerar e propagar incêndios levou a espécie a receber o apelido de "árvore de gasolina".
"Um dos principais problemas do eucalipto é que ele arde muito rápido e é muito resistente ao fogo. Ele continua a sobreviver durante o incêndio e graças ao calor a sua casca se solta do tronco, se transformando em condutor das chamas", explica Camargo.
in BBC
Uma mancha verde destaca-se da paisagem negra envolvente, que retrata a violência do incêndio. "A única coisa que não ardeu foram os carvalhos, os castanheiros, oliveiras e sabugueiros", in jornal de notícias
os moradores da aldeia de xisto de Ferraria de São João, no concelho de Penela, decidiram, em assembleia, avançar com uma zona de proteção da povoação, arrancando eucaliptos e plantando árvores mais resistentes aos fogos.
A moção da assembleia de moradores foi aprovada por unanimidade no domingo e prevê a criação de uma zona de proteção de pelo menos 100 metros à volta da Ferraria de São João, aldeia com cerca de 40 habitantes que já fica no distrito de Coimbra, mas que acabou cercada pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e que provocou 64 mortos, contou à agência Lusa o presidente da associação de moradores, Pedro Pedrosa.
In agência LUSA
• Vidoeiros, carvalhos e castanheiros, as “árvores bombeiras” que podem travar fogos
In agência LUSA
Portugal é hoje provavelmente o país com maior área de eucaliptal plantado em toda a Europa. Não falamos em termos relativos, mas em termos absolutos de área plantada. Portugal, o pequeno jardim à beira-mar plantado, tem a maior área de eucalipto plantado de todo o continente.
In Visão
Os eurodeputados do PSD pediram hoje que seja debatida com urgência no Parlamento Europeu (PE) a coordenação da União Europeia no que diz respeito à prevenção de catástrofes naturais, coordenação no âmbito da proteção civil e combate a incêndios.
In Diário de Notícias
In Diário de Notícias
Pedrógão Grande
No chamado pinhal interior quase só havia eucaliptos para arder
In Jornal de Notícias
No chamado pinhal interior quase só havia eucaliptos para arder
In Jornal de Notícias
sexta-feira, 30 de junho de 2017
VINHOS DO ALGARVE E DE PORTUGAL ENTRE OS MELHORES DO MUNDO
O “Citadelles du Vin” é um prestigiado concurso anual que está na 17ª edição e decorreu em Bordéus, França, entre 10 a 12 de junho, durante a Vinexpo, onde estiveram em competição cerca de 1.200 vinhos oriundos de 30 países.
Segundo informou a Comissão Vitivinícola do Algarve, na edição deste ano do Citadelles du Vin, Portugal foi o país mais galardoado obtendo um total de 84 medalhas, das quais 50 de ouro e 34 de prata.
O vinho “Portas da Luz, Tinto 2016”, produzido pela Casa Santos Lima na Luz de Tavira, arrecadou o título de Portugal Special Prize – o equivalente ao melhor vinho português em concurso.
Para o presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve, Carlos Gracias, “temos mais uma vez um vinho regional do Algarve, entre os melhores do mundo. Esta só pode ser a confirmação da qualidade e maturidade que os “Vinhos do Algarve” têm vindo a demonstrar”.
Carlos Gracias, aproveitou para endereçar os parabéns à equipa da Casa Santos Lima, proferindo algumas palavras de incentivo a todos os produtores do Algarve, no sentido de “continuarem a realizar um bom trabalho nas vinhas, nas adegas e na afirmação da região, como uma das melhores para a produção de vinhos de qualidade”.
A Casa Santos Lima é uma empresa que produz vinhos de outras regiões, tendo nos últimos anos feito uma aposta na região do Algarve, com diversas vinhas, sobretudo na zona de Tavira, onde recentemente tem uma nova vinha em fase de crescimento, o que irá possibilitar um aumento da produção aliada à qualidade de novos vinhos do Algarve, acrescenta ainda a Comissão Vitivinícola do Algarve.
quarta-feira, 21 de junho de 2017
SUA EXCELÊNCIA O VERÃO CHEGOU - Bem vindos ao solstício de Verão
SOLSTÍCIO DE VERÃO
O solstício de Verão começou hoje, dia 21 de Junho de 2017, às
04h 24m.
O termo (“solstitium”, em latim) foi construído com base nos elementos “sol” e “stit”, este derivado de “sistere”, que significa imóvel, que não mexe. A palavra surgiu, assim, associada à ideia de que, no céu, o Sol devia estar estacionário ao atingir a sua posição mais alta, no Verão, e mais baixa, no Inverno.
Solstício é, pois, o momento do ano em que o Sol, durante seu movimento aparente na eclíptica, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.
Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em 21 de Junho e em 21 de Dezembro. No de verão assiste-se , ao dia mais longo do ano e, consequentemente, à noite mais curta.
O termo (“solstitium”, em latim) foi construído com base nos elementos “sol” e “stit”, este derivado de “sistere”, que significa imóvel, que não mexe. A palavra surgiu, assim, associada à ideia de que, no céu, o Sol devia estar estacionário ao atingir a sua posição mais alta, no Verão, e mais baixa, no Inverno.
Solstício é, pois, o momento do ano em que o Sol, durante seu movimento aparente na eclíptica, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.
Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em 21 de Junho e em 21 de Dezembro. No de verão assiste-se , ao dia mais longo do ano e, consequentemente, à noite mais curta.
Os trópicos de Câncer (à latitude
de 23º 27’ Norte) e de Capricórnio (à latitude de 23º 27’ Sul) são definidos em
função dos solstícios. No solstício de Verão do hemisfério norte, os raios
solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico de Câncer.
No solstício de Verão do hemisfério sul passa-se o mesmo no Trópico de
Capricórnio.
Nota;
Eclíptica - plano da órbita da Terra em torno do Sol. O termo radica no grego “ekleiptikós”, sujeito a eclipse.
Eclíptica - plano da órbita da Terra em torno do Sol. O termo radica no grego “ekleiptikós”, sujeito a eclipse.
Declinação do Sol - é a distância
angular do Equador ao paralelo do astro
domingo, 18 de junho de 2017
O FOGO E A MORTE VESTEM DE LUTO PEDRÓGÃO E PORTUGAL
Uma improvável trovoada seca ateou o fogo em Pedrogão e duas dezenas de pessoas tiveram uma morte horrível. Podia ter sido qualquer um de nós ou nossos familiares... Agora é tempo de luto e de solidariedade para com quem perdeu familiares e haveres... mas a segui precisamos de perceber porque falhou a Proteção Civil e o que fazer para evitar novas tragédias.
A morte é sempre dramática para quem parte e para quem fica e torna-se ainda mais horrível nestas circunstâncias, com a perda de tantas vidas que tinham tanto para viver e partilhar num futuro por inventar.
Deixo-vos com a reflexão do sábio Rei Salomão, no livro de Eclesiastes capitulo 3 para meditarmos:
A morte é sempre dramática para quem parte e para quem fica e torna-se ainda mais horrível nestas circunstâncias, com a perda de tantas vidas que tinham tanto para viver e partilhar num futuro por inventar.
Deixo-vos com a reflexão do sábio Rei Salomão, no livro de Eclesiastes capitulo 3 para meditarmos:
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes 3:1-8)
sábado, 10 de junho de 2017
SAUDADE DE SER AMADO
Alma minha
gentil,que te partiste
Tão cedo desta vida,descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo,onde subiste
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor a dor que me ficou
Da mágoa,sem remédio,de perder-te.
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Tão cedo desta vida,descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo,onde subiste
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor a dor que me ficou
Da mágoa,sem remédio,de perder-te.
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís de Camões
DIA DE PORTUGAL. Porque se comemora em 10 de junho?
O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal.
Portugal é talvez o único país do mundo que comemora e faz feriado nacional evocando o dia da morte de um grande poeta, que apesar da sua magistral obra
poética, morreu na pobreza, precisamente no dia 10 de junho que hoje
comemoramos.
O 10 de Junho é
assinalado, em democracia, desde 1977 como o Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas, em que os Presidentes avaliam, num discurso, o estado
da nação e distribuem condecorações. Portugal é um dos poucos países do Mundo
que dedica o seu dia nacional a uma data relacionada com a Cultura, dia
apontado para a morte de Camões, e não a um facto da sua História política.
No dia 10 de junho celebra-se em Portugal o Dia de
Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O feriado nacional
assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os
Lusíadas, a maior obra épica de Portugal.
Do programa do Dia de
Portugal fazem parte muitas atividades, como desfiles, demonstrações militares,
e entregas de medalhas de mérito, por exemplo.
Este é o dia da Língua
Portuguesa e do cidadão nacional. Pela sua importância, é um dos feriados civis
que não foram eliminados pelo Governo.
História do Dia de
Portugal
Durante o regime
ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de abril de
1974, o dia 10 de junho era celebrado como o "Dia da Raça: a raça
portuguesa ou os portugueses".
Após a revolução do 25
de abril de 1974, que marcou o fim do regime ditatorial do Estado Novo, a
celebração do dia passou a prestar homenagem a Portugal, a Camões e às
Comunidades Portuguesas.
Neste dia o Presidente
da República e altas individualidades do Estado participam em cerimónias de
comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que
decorrem em cidades diferentes todos os anos. Anualmente são distinguidas novas
individualidades pelo seu trabalho em nome da nação.
Biografia de Luís de
Camões
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta
português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes
da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de
Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.
Luís de Camões (1524-1580) nasceu em
Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se
por volta de 1524. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressou
no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarcou como soldado para a
África, onde participou da guerra contra os Celtas, no Marrocos. Durante o
combate perde o olho direito.
Em 1552, de volta à Lisboa frequentou
tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga, feriu um
funcionário real e foi preso. Embarcou para a Índia em 1553, onde participou de
várias expedições militares. Em 1556, foi para a China, também em várias
expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com os manuscritos do poema
"Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D.
Sebastião.
O poema "Os
Lusíadas" funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais
marcas do Renascimento Português: o humanismo e as expedições ultramarinas.
Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de
Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por
Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa à intrigas
dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.
Um aspecto que diferencia Os Lusíadas
das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma
relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios,
destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D.
Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.
Luís de Camões é o poeta erudito do
Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que
lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os
dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de
Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica
e sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.
No século XVI, em todos os reinos
católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados.
Isso ocorreu com "Os Lusíadas", conforme texto de frei Bartolomeu,
onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses
pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.
Uma das amadas de Camões foi a jovem
chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões
conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e
nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada.
O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado". Camões deixou além de
"Os Lusíadas", um conjunto de poesias líricas, entre elas, "Os
Efeitos Contraditórios do Amor" e "O Desconcerto do Mundo", e as
comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo" e
"Anfitriões".
Luís Vaz de Camões morreu em Lisboa,
Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
DIA DA CRIANÇA
DIA DA CRIANÇA ... É dia também de uma singela homenagem à professora e escritora Maria Rosa Colaço que partiu cedo, em 2004, deixando nos amigos e naqueles que com ela conviveram uma imensa saudade.
Devemos a Rosa Colaço não só o seu interessante espólio literário mas também a revolução que introduziu, em pleno regime de ditadura, nas concepções sobre a poesia e a literatura infantil com a edição do fabuloso livro A CRIANÇA E A VIDA. escrito por crianças seus alunos em Almada.
Este olhar ingénuo, sincrético, poético e estético de que as crianças são capazes.
Deste livro fantástico retirei as frases poéticas de Inácio da Silva Cruz de 10 anos, sobre o amor.
Devemos a Rosa Colaço não só o seu interessante espólio literário mas também a revolução que introduziu, em pleno regime de ditadura, nas concepções sobre a poesia e a literatura infantil com a edição do fabuloso livro A CRIANÇA E A VIDA. escrito por crianças seus alunos em Almada.
Este olhar ingénuo, sincrético, poético e estético de que as crianças são capazes.
Deste livro fantástico retirei as frases poéticas de Inácio da Silva Cruz de 10 anos, sobre o amor.
O AMOR
O amor é como duas borboletas que estivessem
Sobre uma rosa, a mais linda de todas do jardim.
O amor tem que haver.
Se não houvesse amor, não havia nada mais bonito.
O amor são duas estrelas a brilhar, a brilhar.
A rosa e o sol são o amor.
A amor é poesia.
O amor são dois passarinhos a construir a sua casinha.
O amor é não haver polícias.
Fica aqui o desafio e convite para não deixemos morrer a criança que há em nós, deixando fluir dentro a imaginação e a capacidade de sonhar e reinventar o futuro.
terça-feira, 23 de maio de 2017
O INSUCESSO ESCOLAR E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA
Um estudo recente veio revelar, o que muitos de nós pressentíamos, os alunos portugueses têm mais insucesso escolar porque têm pior desempenho no domínio da língua materna.
Apesar das campanhas de promoção da leitura a Língua Portuguesa continua a ser um problema com reflexos evidentes nas restantes disciplinas.
Qual a raiz do problema?
Será porque a nossa língua é muito difícil?
Será que programas de ensino do Português estão inadequados?
Estarão os professores a usar os melhores método de ensino da língua materna?
Se a nossa língua é difícil não parece um argumento válido, é a língua que temos e se foi construindo ao longo de séculos e constitui o valioso património cultural dos países de língua oficial portuguesa.
Os programas não serão perfeitos e algumas mudanças criaram por vezes descontinuidades indesejáveis e geralmente não foram acompanhadas da necessária formação dos professores.
A raiz do problema está sobretudo nas estratégias pedagógicas predominantes nas escolas, com recurso a métodos antigos de aprendizagem por letras individualizadas e na ideia muito difundida também de que se aprende a língua materna investido quase exclusivamente na leitura e desprezando a importância da escrita, imprescindível para a expressão de cada aluno e para a estruturação do pensamento dos verdadeiros protagonistas do processo de ensino aprendizagem. A verdade é que podemos tentar formar um bom leitor mas por esta via dificilmente virá a ser ser um bom escritor. Sem desprezar a importância da leitura ( fala social de outros) é fundamental investir no exercício da escrita porque um bom escritor será sempre um bom leitor.O Movimento da Escola Moderna é um bom exemplo de trabalho persistente nesta pedagogia ativa de aprendizagem da língua materna, recorrendo ao método global, e os resultados dos alunos que experimentam as pedagogias dos professores do MEM não deixam margem para dúvidas.
SOBRE OS MÉTODOS DE APRENDIZAGEM
O MÉTODO ANALÍTICO-SINTÉTICO
Muitos de nós aprendemos a soletrar o alfabeto, letra por letra, depois a juntar letras para formar sílabas que por sua vez viriam a formar palavras.
Trata-se de um método muito moroso e pouco estimulante porque só passado muito tempo chegámos a construir frases, quase sempre distantes das nossas vivências e experiências pessoais.
Esta metodologia usada pela grande maioria dos professores, por vezes com pequenas variantes, além de não partir do universo próximo das crianças, com todo o potencial afetivo, não valoriza a cultura e a oralidade de que os alunos são portadores e não rentabiliza todas as potencialidades do sincretismo infantil.*
Apesar das campanhas de promoção da leitura a Língua Portuguesa continua a ser um problema com reflexos evidentes nas restantes disciplinas.
Qual a raiz do problema?
Será porque a nossa língua é muito difícil?
Será que programas de ensino do Português estão inadequados?
Estarão os professores a usar os melhores método de ensino da língua materna?
Se a nossa língua é difícil não parece um argumento válido, é a língua que temos e se foi construindo ao longo de séculos e constitui o valioso património cultural dos países de língua oficial portuguesa.
Os programas não serão perfeitos e algumas mudanças criaram por vezes descontinuidades indesejáveis e geralmente não foram acompanhadas da necessária formação dos professores.
A raiz do problema está sobretudo nas estratégias pedagógicas predominantes nas escolas, com recurso a métodos antigos de aprendizagem por letras individualizadas e na ideia muito difundida também de que se aprende a língua materna investido quase exclusivamente na leitura e desprezando a importância da escrita, imprescindível para a expressão de cada aluno e para a estruturação do pensamento dos verdadeiros protagonistas do processo de ensino aprendizagem. A verdade é que podemos tentar formar um bom leitor mas por esta via dificilmente virá a ser ser um bom escritor. Sem desprezar a importância da leitura ( fala social de outros) é fundamental investir no exercício da escrita porque um bom escritor será sempre um bom leitor.O Movimento da Escola Moderna é um bom exemplo de trabalho persistente nesta pedagogia ativa de aprendizagem da língua materna, recorrendo ao método global, e os resultados dos alunos que experimentam as pedagogias dos professores do MEM não deixam margem para dúvidas.
SOBRE OS MÉTODOS DE APRENDIZAGEM
O MÉTODO ANALÍTICO-SINTÉTICO
Muitos de nós aprendemos a soletrar o alfabeto, letra por letra, depois a juntar letras para formar sílabas que por sua vez viriam a formar palavras.
Trata-se de um método muito moroso e pouco estimulante porque só passado muito tempo chegámos a construir frases, quase sempre distantes das nossas vivências e experiências pessoais.
Esta metodologia usada pela grande maioria dos professores, por vezes com pequenas variantes, além de não partir do universo próximo das crianças, com todo o potencial afetivo, não valoriza a cultura e a oralidade de que os alunos são portadores e não rentabiliza todas as potencialidades do sincretismo infantil.*
O MÉTODO GLOBAL
Com este método as crianças não começam a aprender as letras ou as sílabas mas têm contacto com as frases a partir de textos significativos para elas, privilegiando as estórias ou vivências partilhadas.
E é a a partir da leitura oral que vão separando algumas frases que vão memorizando e descobrindo palavras com sentido. A escrita aproxima-se da oralidade corrente vivida e de repente "desatam a ler" passando da apreensão global para uma frase e uma palavra, fazendo a partir deste percurso a descoberta das letras.
Mas é sobretudo a partir da expressão escrita pessoal, inicialmente sem sentido para o adulto e mediado por este, que vai construindo a fala social com sentido.
Com este método as crianças não começam a aprender as letras ou as sílabas mas têm contacto com as frases a partir de textos significativos para elas, privilegiando as estórias ou vivências partilhadas.
E é a a partir da leitura oral que vão separando algumas frases que vão memorizando e descobrindo palavras com sentido. A escrita aproxima-se da oralidade corrente vivida e de repente "desatam a ler" passando da apreensão global para uma frase e uma palavra, fazendo a partir deste percurso a descoberta das letras.
Mas é sobretudo a partir da expressão escrita pessoal, inicialmente sem sentido para o adulto e mediado por este, que vai construindo a fala social com sentido.
¨*Sincretismo infantil
Conceito desenvolvido por Henri Wallon (1879-1962)
O termo se refere à principal característica do pensamento da criança: a ausência de diferenciação entre os elementos - as informações que ela recebe do meio, as experiências pessoais e as fantasias se misturam. O sincretismo corresponde a um momento da evolução do pensamento humano e possui uma lógica própria, diferente daquela observada na fase adulta, que é marcada pela categorização.
Conceito desenvolvido por Henri Wallon (1879-1962)
O termo se refere à principal característica do pensamento da criança: a ausência de diferenciação entre os elementos - as informações que ela recebe do meio, as experiências pessoais e as fantasias se misturam. O sincretismo corresponde a um momento da evolução do pensamento humano e possui uma lógica própria, diferente daquela observada na fase adulta, que é marcada pela categorização.
segunda-feira, 22 de maio de 2017
PULO DO LOBO, visita obrigatória
Foi notícia
triste pelo trágico desaparecimento de um canonista que descia o Guadiana
e terá sido vítima da violência das águas neste lugar mágico, de rara beleza.
Já outros acidentes mortais ocorreram no local o que recomenda a urgente colocação de informação a montante, onde o Guadiana se espreguiça com a calma típica do Alentejo.
Estamos perante a maior queda de água do sul de Portugal, e fica situada no rio Guadiana, entre Mértola e Serpa.
As águas caem de mais de 20 metros de altura e, envoltas num mar de espuma descem a garganta rochosa até lá abaixo, desembocando num lago entre as rochas.
Já outros acidentes mortais ocorreram no local o que recomenda a urgente colocação de informação a montante, onde o Guadiana se espreguiça com a calma típica do Alentejo.
Estamos perante a maior queda de água do sul de Portugal, e fica situada no rio Guadiana, entre Mértola e Serpa.
As águas caem de mais de 20 metros de altura e, envoltas num mar de espuma descem a garganta rochosa até lá abaixo, desembocando num lago entre as rochas.
As margens da queda de água são tão apertadas que, segundo a
lenda, até um lobo as conseguiria transpor de um só salto. Daí o nome de Pulo
do Lobo.
A paisagem do pulo do lobo é espectacular, o leito do rio após a queda de água, encontra-se todo exposto, em rocha, por entre a qual serpenteia o rio Guadiana, num sulco criado ao longo de milhares de anos.
O acesso ao pulo do lobo pode fazer-se por nascente ou poente.
A nascente faça um desvio na estrada que liga Serpa a Mértola, o acesso até lá abaixo é contudo difícil e tem que fazer-se a pé, tendo ainda que atravessar o leito rochoso do rio até chegar à queda de água. Recomendamos cautela.
A poente, faça um desvio na estrada que liga Beja a Mértola e siga até à aldeia de Amendoeira da Serra, seguindo as indicações até ao Pulo do Lobo. Chega então à Herdade de Pulo do Lobo, abra a cancela e são cerca de 1000m em estrada de terra até à cascata. O acesso é interdito a veículos pesados.
O acesso à cascata por poente é mais fácil, existindo inclusive uma estrutura para melhor observar a queda de água.
Se ainda não conhece o Pulo do Lobo programe uma visita, previna-se com chapéu e calçado apropriado e aproveite para visitar Mértola, para usufruir de uma magnífica vista panorâmica e conhecer o património histórico que ganhou relevância graças ao trabalho fantástico do historiador Cláudio Torres.
A paisagem do pulo do lobo é espectacular, o leito do rio após a queda de água, encontra-se todo exposto, em rocha, por entre a qual serpenteia o rio Guadiana, num sulco criado ao longo de milhares de anos.
O acesso ao pulo do lobo pode fazer-se por nascente ou poente.
A nascente faça um desvio na estrada que liga Serpa a Mértola, o acesso até lá abaixo é contudo difícil e tem que fazer-se a pé, tendo ainda que atravessar o leito rochoso do rio até chegar à queda de água. Recomendamos cautela.
A poente, faça um desvio na estrada que liga Beja a Mértola e siga até à aldeia de Amendoeira da Serra, seguindo as indicações até ao Pulo do Lobo. Chega então à Herdade de Pulo do Lobo, abra a cancela e são cerca de 1000m em estrada de terra até à cascata. O acesso é interdito a veículos pesados.
O acesso à cascata por poente é mais fácil, existindo inclusive uma estrutura para melhor observar a queda de água.
Se ainda não conhece o Pulo do Lobo programe uma visita, previna-se com chapéu e calçado apropriado e aproveite para visitar Mértola, para usufruir de uma magnífica vista panorâmica e conhecer o património histórico que ganhou relevância graças ao trabalho fantástico do historiador Cláudio Torres.
terça-feira, 16 de maio de 2017
FESTA DA ESPIGA EM SALIR
A Festa da Espiga realiza-se em três
dias, e o programa será dividido em três dias temáticos.
As actividades vão desde os espectáculos de música, desporto, artesanato, animação de rua, iniciativas para crianças e idosos e uma área dedicada à gastronomia com um espaço de tasquinhas de manjares e petiscos serranos. A Associação "Os Barões" lá estará os três dias com serviço de bar e a habitual simpatia baronense.
As actividades vão desde os espectáculos de música, desporto, artesanato, animação de rua, iniciativas para crianças e idosos e uma área dedicada à gastronomia com um espaço de tasquinhas de manjares e petiscos serranos. A Associação "Os Barões" lá estará os três dias com serviço de bar e a habitual simpatia baronense.
terça-feira, 9 de maio de 2017
VAI ACONTECER O III FESTIVAL LITERÁRIO DE QUERENÇA
domingo, 7 de maio de 2017
DIA DA MÃE
Partilho hoje,em jeito de homenagens às mães, um poema
Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas' ,
que interpreta de forma sublime o sentimento de um
filho perante trágica perda.
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
domingo, 16 de abril de 2017
FOLAR SERRANO UMA SABOROSA TRADIÇÃO
Na tradição da Páscoa o Folar continua a estar presente variando os sabores e o modo de fabrico em diversas regiões de Portugal.
Na Nave do Barão o Folar Tradicional feito em forno de lenha está em desuso mas é muito apreciado pelo seu sabor original. Publicamos a receita e os procedimentos e compreendemos que se procurem outras soluções mais fáceis, mas que não conseguem ter a mesma aparência, o mesmo sabor e textura deste ammassado em alguidar de barro e cozido em forno de lenha.
INGREDIENTES:
5 kg de farinha de trigo extra fina para amassar com 250 g de fermento de padeiro.
3 litros de leite fervido, 2 kg de açúcar amarelo, 2 litros de água morna com 6 a 8 paus de canela, anis estrelado, cascas de limão e erva doce.
6 ovos, uma pitada de sal, um pacote de canela moída, muita energia para amassar com o leite e a água morna e...paciência para esperar 24 horas...para a massa "fintar", crescendo quase o dobro.
As fotos ilustram as diversas fases de produção que termina com a colocação no forno de lenha, quando os tijolos de barro apresentam uma coloração esbranquiçada. Para evitar queimar a base do folar utiliza-se modernamente o papel de alumínio.
A LENDA DO FOLAR DA PÁSCOA
Entre as lendas que povoam o imaginário popular conta-se que numa aldeia portuguesa uma jovem chamada Mariana, teria dois pretendentes entre eles um lavrador pobre e outro rico. Nesta disputa pela mão da donzela haveria iminente um conflito entre os dois pretendentes, com previsível desfecho trágico.
Mariana terá pedido ajuda a Santa Catarina levando-lhe flores ao altar e esta terá correspondido fazendo surgir três bolos com um ovo, na casa da pretendida e dos dois homens. Mariana terá decidido ir oferecer o seu bolo ao proprietário rico e pelo caminho encontrou Amaro, o lavrador pobre que também levava outro bolo para ela, mas resolveram ir a casa do mais abastado (que teria colocado como data limite para a decisão Domingo de Ramos), com os bolos, talvez para pacificar o ânimos. Neste dilema Mariana acabou por escolher o mais pobre...e viveram felizes para sempre. Este bolo com ovo, um dos símbolos da Páscoa, viria a chama-se folar inspirado nas flores que Maria terá oferecido à Santa, uma vez que na idade média flor se diria folore e daí a viria a palavra FOLAR.
Na Nave do Barão o Folar Tradicional feito em forno de lenha está em desuso mas é muito apreciado pelo seu sabor original. Publicamos a receita e os procedimentos e compreendemos que se procurem outras soluções mais fáceis, mas que não conseguem ter a mesma aparência, o mesmo sabor e textura deste ammassado em alguidar de barro e cozido em forno de lenha.
INGREDIENTES:
5 kg de farinha de trigo extra fina para amassar com 250 g de fermento de padeiro.
3 litros de leite fervido, 2 kg de açúcar amarelo, 2 litros de água morna com 6 a 8 paus de canela, anis estrelado, cascas de limão e erva doce.
6 ovos, uma pitada de sal, um pacote de canela moída, muita energia para amassar com o leite e a água morna e...paciência para esperar 24 horas...para a massa "fintar", crescendo quase o dobro.
As fotos ilustram as diversas fases de produção que termina com a colocação no forno de lenha, quando os tijolos de barro apresentam uma coloração esbranquiçada. Para evitar queimar a base do folar utiliza-se modernamente o papel de alumínio.
A LENDA DO FOLAR DA PÁSCOA
Entre as lendas que povoam o imaginário popular conta-se que numa aldeia portuguesa uma jovem chamada Mariana, teria dois pretendentes entre eles um lavrador pobre e outro rico. Nesta disputa pela mão da donzela haveria iminente um conflito entre os dois pretendentes, com previsível desfecho trágico.
Mariana terá pedido ajuda a Santa Catarina levando-lhe flores ao altar e esta terá correspondido fazendo surgir três bolos com um ovo, na casa da pretendida e dos dois homens. Mariana terá decidido ir oferecer o seu bolo ao proprietário rico e pelo caminho encontrou Amaro, o lavrador pobre que também levava outro bolo para ela, mas resolveram ir a casa do mais abastado (que teria colocado como data limite para a decisão Domingo de Ramos), com os bolos, talvez para pacificar o ânimos. Neste dilema Mariana acabou por escolher o mais pobre...e viveram felizes para sempre. Este bolo com ovo, um dos símbolos da Páscoa, viria a chama-se folar inspirado nas flores que Maria terá oferecido à Santa, uma vez que na idade média flor se diria folore e daí a viria a palavra FOLAR.
sexta-feira, 7 de abril de 2017
ALGARVE CULTURAL-VAI ACONTECER
-
Os meses de Abril e Maio são muito ricos em eventos culturais no coração do Algarve Central, conjugando a energia do Sol, o inigualável azul celeste com a alegria festiva, evocando lendas muito antigas e tradições populares de cariz etnográfico, evocando a arte e o jeito de viver no Algarve rural interior.
8-9 de abril – 12ª Mostra do Folar de Paderne
Festa Grande da Mãe Soberana em Loulé |
Festa da Espiga em Salir |
Entre as inúmeras manifestações culturais, destacamos quatro delas imperdíveis, pelo seu simbolismo e riqueza cultural. Estamos a falar da Festa das Tochas Floridas em S. Brás (dia 16 de Abril), com ruas decoradas com tapetes de flores e centenas de homens desfilando com as suas tochas floridas, evocando o gesto heróico contra os invasores. A Festa Grande da Mãe Soberana (30 de abril) de inegável fervor religioso, onde os homens do andor se tornaram uma espécie de super-heróis.
Destacamos o Dia de Maio na Lagoa da Nave do Barão, local de piquenique no magnífico polje que serve de cenário para gratificantes momentos de festa e convívio. A não perder também a Festa da Espiga em Salir, no dia 25 de maio, com desfile etnográfico, que este ano comemora meio século de existência.
Festa das tochas Floridas em S. Brás de Alportel |
8-9 de abril – 12ª Mostra do Folar de Paderne
- 15 de abril – 2º Trail Running e 8º Passeio de BTT – Rota das Estevas (Monte Ruivo-Alte)
- 16 de abril – Festa Pequena da Mãe Soberana em Loulé
- 16 de abril – Festa das Tochas Floridas de S. Brás de Alportel
- 25 de abril-1 de maio – XXIII Semana Cultural de Alte
- 28 de abril-1 de maio – 5º Walking Festival Ameixial – Festival de Caminhadas do Algarve
- 30 de abril – Festa Grande da Mãe Soberana em Loulé
- 1 de maio – Festa do 1º Maio de “Os Barões” na Nave do Barão
- 5-7 de maio – 3º Algarve Nature Week – Mostra de Natureza – Tavira
- 25-27 de maio – 50ª Festa da Espiga de Salir
sábado, 25 de março de 2017
BAILE DA PINHA NA NAVE DO BARÃO
O Baile da Pinha ou da Pinhata é uma tradição cristã muito antiga, acontece geralmente a meio da Quaresma e pretende celebrar a alegria da ressurreição de Cristo na Páscoa. Trata-se de uma tradição Ibérica que se espalhou para outras partes do Mundo.Esta festa acontece no nosso hemisfério no início da Primavera, tempo de renascimento e de fertilidade simbolizada pela Pinha, que guarda dezenas de pinhões que no Verão, com o calor se abre projetando como uma granada as sementes que irão dar origem a novas árvores.
Cada terra organiza apenas uma Baile na Quaresma, período de jejum e de recato, podendo no entanto os mais foliões deslocar-se a localidades vizinhas para festejar e dançar. O rei e a rainha são também um elemento importante, sendo a sorte a ditar quem vai puxar a fita mágica que irá abri a pinha.
Na Nave do Barão o engenhoqueiro da pinha foi o Alberto Gomes e no ano passado foram bafejados pela sorte a Isabel e o Arménio, a quem compete este ano abrir o Baile da Pinha. no dia 1 de Abril e passar o testemunho ao novo rei e rainha de 2017.
O Gonçalo Tardão, jovem estudante de medicina e descendente de naturais da Nave do Barão, vai abrilhantar este ano o Baile da Pinha na Nave do Barão. Fica aqui o convite a quem quiser reviver esta tradição e passar um agradável serão no dia das mentiras.
O Gonçalo Tardão, jovem estudante de medicina e descendente de naturais da Nave do Barão, vai abrilhantar este ano o Baile da Pinha na Nave do Barão. Fica aqui o convite a quem quiser reviver esta tradição e passar um agradável serão no dia das mentiras.
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