ADEUS TIA TERESA
Está aqui connosco mas partiu
Para lugar incerto ou improvável
Onde crentes no celestial destino
Desenham imaginários idílicos
De um universo cósmico promissor
Onde as almas levitam sem pecado
E habitam com Deus e os Anjos
Na paz e amizade universal.
Não sei se me consegue escutar
Tia minha, querida madrinha
Ensaio o diálogo impossível
Neste tempo de dor e luto
Deixa em nós mágoa e tristeza
Misto de mágoa e espanto
Nesta inesperada despedida.
Porque morrem as mães
Quando tanto amor têm para dar
E filhos e netos delas tanto precisam?
Porque morrem pessoas boas,
Incansáveis, trabalhadoras
Que com o seu jeito de ser
Tornam o mundo melhor?
Nunca saberemos explicar
Estes mistérios insondáveis da fé
Mas guardaremos para sempre
Na efemeridade das nossas vidas
Na eternidade que a memória consente
Um lugar especial de ternura
Povoado de infinitas saudades
Da pessoa amiga, fraterna e solidária
Que tivemos a sorte de conhecer
E partilhar vivências, sonhos e
inquietações.
Adeus minha tia …
Até sempre Teresa Sarmento