Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

domingo, 8 de janeiro de 2017

CASA DA TITA - Espaço acolhedor de Turismo Rural na Nave do Barão


"Se deseja descansar em local calmo, aprazível, em estreita relação com a Natureza… 
Se procura fugir das rotinas da cidade e experimentar os ritmos e ciclos próprios do mundo rural… Se quer descobrir as maravilhas do Algarve interior, conhecer o seu património natural, histórico e cultural… Visite a nossa página, explore os nossos espaços interiores e exteriores, conheça os serviços disponíveis e as atividades que podemos proporcionar. Se escolher o nosso alojamento local, pode contar com acolhimento e hospitalidade familiar e atendimento personalizado de qualidade."
Localizada no coração do Algarve Central, num vale circundado por montes verdejantes, a cerca de 10 km de Loulé e a 20 km do litoral, situada entre as Paisagens Protegidas da Rocha da Pena e da Fonte Benémola, beneficia do ambiente natural da paisagem típica do barrocal, do agradável clima e luminosidade do Algarve.

Nave do Barão is a small village located in the central region of the Algarve, about 10 km from the town of Loulé and 20 km from the south coast. The Protected Landscapes of the Rocha da Pena and the Fonte Benémola are the main natural attractions in the surrounding area. The village lies in a valley that is surrounded by verdant hills whilst it takes advantage of the natural environment present in the region’s typical landscape and the Algarve’s pleasant and sunny weather.


Adicionar legenda
Nave do Barão, situé en plein cœur de l’Algarve Central dans une vallée entourée des monts verdoyants, se trouve à environ 10 km de Loulé et 20 km du littoral. Le village, placé entre les Paysages Protégés de Rocha da Pena et de Fonte Benémola, profite d’un environnement naturel et typique de la paysage de la région, du climat agréable et ensoleillé de l’Algarve.





Actividades possíveis
Saberes e sabores tradicionais
Ateliers
Figos recheados com amêndoas
Duração: 30 m.
Doçaria tradicional
Queijos de figo, bolos com amêndoa, salame de alfarroba
Duração: 30 m.
Licores tradicionais
Licor de alfarroba, de plantas aromáticas e frutos da época
Duração: 30 m.
Plantas aromáticas (Fitoterapia)
Visita guiada ao jardim de aromáticas e recolha
para  infusões, decoções e xaropes
Duração: 60 m.
Agricultura Biológica Visita guiada à horta biológica
sementeira, plantações e colheita 
Duração: 60m

TRADITIONAL FLAUVOURS AND KNOWLEDGE
WORKSHOPS
Dry figs filled with almonds
Estimadet time: 30 minutes
Traditional pasty
Fig cake,  almond cake, carob salami
Estimadet time: 30 minutes
Traditional Liquer
Estimadet time: 30 minutes
Aromatic plants and seasonal fruit liquer
Estimadet time: 30 minutes
Aromatic plants (Phytotherapy)
Guided tour to de aromatic garden end plant gatherin
for uinfusion, decoction and syrup production
Estimadet time: 60 minutes
Organic Farming guided tour to de biologic garden
(seedbed, plantations and crops)
Estimadet time: 60 minutes
Vinicultura
Provas de vinhos artesanais locais
Visitas Adega da Tôr e Adega do Cantor (Guia)
Vindima e produção de vinho artesanal
1ª quinzena de setembro
Atividades no pomar tradicional
Varejo, apanha e processamento
de alfarroba, figos secos e amêndoa (
agosto e setembro
Varejo e apanha da azeitona
Visita a lagar - troco da azeitona por azeite virgem
Fabrico de pão artesanal
Amassar, levedar e coser em forno de lenha



  • Nave do Barão Cx.P. 106 S
  • 8100 - 188, Salir - Algarve
  • Tel.: +351 289 102 051
  • Cell.: +351 962 638 117
  • Cell2.: +351 932 703 932
  •                                                                                                         Email: casadatita@gmail.com                                                                                                                              www,casadatita.pt
    Quartos confortáveis


    Tradição e modernidade

    Rocha da Pena- excelente para caminhada e escalada
    Casa principal de raiz tradicional

    Fonte Benémola- paraíso no coração do Algarve

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CANTAR AS JANEIRAS... A tradição voltou à Nave do Barão


A tradição das Janeiras foi recriada em vésperas de Reis, por duas dezenas de cantadores que visitaram as casas da Nave do Barão, foram até Salir, à Pena, à Beirada, ao Borno e à Taipa...e se não contemplaram mais casas e lugares foi porque se aproximava a hora da Cinderela e não quiseram acordar os vizinhos... porque o dia de Reis seria dia de trabalho para muitos... Foi grande a receptividade dos particulares e estabelecimentos comerciais (Casa da Tita, Cafés Os Barões e Porto do Doce, Churrasqueira Papagaio Doirado e Bar da Beirada), que abriram as portas  para oferecer bebida, bolos e doces, para afinar a garganta e aconchegar o estômago aos janeireiros.. Mas a festa continua dia 20 de janeiro com os janeireiros e convidados, graças à generosidade dos proprietários que ofereceram chouriças, ovos, vinho. doces e um bom pé-de-meia para as despesas do ágape e opíparo jantar..













 E o canto ecoava no noite fria ....

Quem são os três cavaleiros
Que fazem sombra no ,mar?
São os reis do oriente
Que Cristo vêm adorar.

E terminava
Estamos aqui à sua porta
Encostados ao seu portão:
Viva a patroa de casa
Viva também o patrão.

e as portas iam-se abrindo com os residentes em pijama, mandando entrar o grupo que agradecia aquelas atmosferas aquecidas pelas lareiras e pelo calor humano e hospitaleiro.
Uma noite bem passada ... para o ano há mais, se houver vida e saúde...




domingo, 1 de janeiro de 2017

ESTE ANO VAMOS CANTAR AS JANEIRAS

Uma tradição muito antiga de grupos de crianças ou adultos que iam de casa em casa, perguntando "canta-se ou reza-se" ... e lá soava a toada de vozes na noite fria, dando vivas aos residentes e evocando o nascimento do Menino ou cantado os Reis do Oriente e desejando um Novo Ano com muita saúde e boas sementeiras.
As portas abriam-se e as ofertas iam enchendo as alcofas ou os alforges... ajudando famílias mais desfavorecidas ou grupos de janeireiros que faziam a seguir uma refeição coletiva com as ofertas conseguidas.
Este ano vamos reeditar a tradição no dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Juntamo-nos pelas 17 horas na Associação "Os Barões" para um pequeno ensaio e crianças e adultos iremos percorrer as ruas da Nave do Barão e de localidades vizinhas. A Sofia Pintassilgo será a coordenadora mas ainda não temos acompanhamento musical. Será bem vindo que se queira associar à recriação desta tradição.
Sábado faremos a Festa com os géneros conseguidos neste Canto de Reis.


RECEITA DE ANO NOVO, de Carlos Drummond de Andrade

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo 
até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(planta recebe mensagens? 
passa telegramas?) 

Não precisa 
fazer lista de boas intenções 
para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumadas 
nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo claridade, recompensa, 
justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver. 

Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade , "Receita de Ano Novo". Ed

domingo, 25 de dezembro de 2016

JESUS E A SAMARITANA EM SICAR

"Todos recordamos a passagem do Evangelho de João (4,1-42) que nos fala do encontro de Jesus com a mulher samaritana, acontecido em Sicar junto de um antigo poço onde a mulher ia todos os dias buscar água. naquele dia, encontrou lá Jesus, sentado «cansado devido à viagem». (Jo 4,6) . E logo Ele lhe diz «Dá-me de beber» (v.7) . Desta forma, supera as barreiras de hostilidade que existiam entre judeus e samaritanos e rompe os esquemas de preconceito em relação às mulheres". in O Evangelho da Nova Vida. p. 56 editora Nascente, Amadora, 2015, da autoria do Papa Francisco.
Interessante este episódio bíblico que revela a imensa sensibilidade e inteligência de Jesus para superar conflitos inter-tribais, revelando a sua grande dimensão humanista.
Sobre este episódio há um fado muito interessante de Coimbra que a seguir publicamos :

Samaritana

Dos amores do redentor
Não reza a história sagrada
Mas diz uma lenda encantada
Que o Bom Jesus sofreu de amor.
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
Assim como qualquer mortal
Que um dia de amor palpitou.

[Refrão]

Samaritana plebeia de Sicar
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde quando foste encontrá-lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob.

E tu risonha acolheste
O beijo que te encantou
Serena, empalideceste
e Jesus Cristo corou
Corou por ver quanta luz
Irradiava da tua fronte
Quando disseste ò Meu Jesus
-'Que bem eu fiz, Senhor, em vir à fonte.'

[Refrão]

Samaritana plebeia de Sicar
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde quando foste encontrá-lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O NATAL ANTIGAMENTE NA NAVE DO BARÃO

O NATAL ANTIGAMENTE NA NAVE DO BARÃO
Solpostinho, lusco-fusco
adrega-se uma constelação de luzincus
piscando intermitente no barro rubro
entre as pedras encimadas na parede do forno.
Na chaminé rendilhada espreitam farripas de fumo.
O cheiro das filhós, casando-se com o aroma da terra molhada
invadem a rua anunciando o Natal.
A zirpada deixou pequenas alvadas na vereda pedregosa,
crianças arremedam barragens na lama fresca
vestindo capotes improvisados com sacas de serapilheira.
Portas abertas dão devaia da charola,
lamparinas de azeite iluminam toscamente a mesa de altar improvisado
com searas verdejantes, santos de cartolina, laranjas e romãs.
A magia das sombras inquietas projeta-se nas paredes caiadas.
Na alvorada do novo dia a geada desenhou caramelos
nos alguidares que dormiram ao relento.
Os mochêcos correm lampeiros ao fumeiro crepitando,
nos varais as chouriças penduradas por cima da lareira
perto das caçoilas tisnadas assoma um par de botitas cardadas.
Meia dúzia de rebuçados,... alguma peça de roupa tricotada...
Uma bexiga de porco insuflada
Fazem a alegria da pequenada

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

OS DIREITOS HUMANOS CONTRIBUEM PARA UM MUNDO MELHOR

Fez no dia 10 de Dezembro de 68 anos que a ONU aprovou por 48 votos a favor, com 8 abstenções e nenhum voto contra, a Declaração Universal dos Direitos Humanos que contempla direitos fundamentais de natureza económica, social e cultural, que devem reger a vida dos cidadãos nos domínios da cidadania, da educação, do trabalho, da alimentação, da habitação, da saúde, do ambiente e da paz. Este importante documento para toda a HUMANIDADE viria ser complementado com a Convenção dos Direitos da Criança, aprovada por unanimidade em 1989.
Estes princípios norteadores da nossa vida individual e coletiva não bastam, para que nos diferentes países e regiões do planeta a vida de homens, mulheres e crianças tenha todas as condições de dignidade e de respeito por essas direitos, mas são um precioso contributo para que os países procurem respeitar nas suas políticas os mais desfavorecidos e desprotegidos. Contudo, todos sabemos, que há um difícil caminho a percorrer e é por isso muito importante que cada um de nós exerça uma cidadania pro-ativa e crítica, nesta luta sempre insuficiente e inacabada, para que todos possam ter uma vida mais digna e e humanamente aceitável.




BREVE HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMANOS
Neste longo e complexo percurso de  defesa da condição humana, muitos foram os contributos e muito há a fazer e deveremos colocar na agenda das nossas lutas a exigência de que seja elaborada uma DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DEVERES HUMANOS, como defendeu José Saramago e tantos outros pensadores contemporâneos.
O CÓDIGO HAMURABI
Foi na Babilónia que há três mil e setecentos anos foi contemplado o direito a uma remuneração pelo trabalho, à proteção dos mais fracos, por ordem do rei Hamurabi, que deu o nome a este documento com 281 leis escritas em pedra negra.
O CILINDRO DE CIRO
Também na Babilónia, há dois mil e quinhentos anos, foi regulamentada o direito à liberdade dos escravos, à libertação dos povos exilados e à liberdade religiosa.
A LEI DAS 12 TÁBUAS
Na Roma antiga, que 450 anos A.C, foi consagrado o princípio da igualdade entre todas as classes sociais.
O CRISTIANISMO
A mensagem de Jesus Cristo, preservada nos evangelhos de S. Marcos, S. Paulo, S. Lucas e S. João é claramente um postulado da dignidade humana, da igualdade entre pessoas, dando especial atenção à proteção das crianças, dos idosos, dos pobres e enfermos.
A MAGNA CARTA
Na Inglaterra de 1215, no contexto do conflito entre o rei João e o Papa, surge por iniciativa real a Magna Charta Libertum, que sujeita os soberanos à lei vigente, limita os poderes reais e estabelece os seus deveres para com o Povo.
A CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Com a Declaração da Independência dos EUA em 1776, foi estabelecida em 1789 a Constituição que estabelece a separação de poderes judicial, político e legislativo e consagrou os direitos individuais dos cidadãos, instituindo entre outros o direito de expressão, de religião, de reunião, de participação política e de justiça.
A REVOLUÇÃO FRANCESA
Com a sua promessa iluminista de liberdade, igualdade e fraternidade, foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão veio reconhecer a todos a liberdade de expressão, de culto, de proteção contra a escravidão e as injustiças, contra a opressão e a guerra.
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
A ONU constituída por 51 países, a 24 de Outubro de 1945, na sequência da Segunda Guerra Mundial, incorporou naturalmente muitos dos contributos dos diferentes textos produzidos ao longo da nossa história comum e consagrou a Declaração Universal dos Direitos Humanos a 10 de Dezembro de 1948.
E este texto organizado em trinta artigos artigos termina assim no seu último artigo:

Artigo 30°


Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.




quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Médico salirense distinguido por mérito

Foi galardoado com Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos o Dr. José Manuel Pires Teixeira, durante o Congresso Nacional de Medicina, que decorreu nos dias 3, 4 e 5 de novembro, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Natural de Salir, onde mantém a casa de família e onde se desloca frequentemente,  José Manuel Pires Teixeira tem desenvolvido a maior parte da sua atividade clínica (há quase 40 anos) essencialmente na zona do Ribatejo, no Hospital de Santarém. Assistente Graduado Sénior da Carreira Médica Hospitalar é, desde há vários anos, Diretor do Serviço da Ginecologia / Obstetrícia daquele Hospital.
Este galardão, segundo a Ordem dos Médicos, “é conferido aos médicos que tenham contribuído relevantemente pela sua atividade associativa e/ou científica e mérito pessoal, para a dignificação da profissão médica, da medicina em geral e da humanidade”.
A distinção reconheceu - no entender da Ordem dos Médicos - a sua atividade ao longo dos anos, destacando a sua especial dedicação e trabalho na área da Ginecologia oncológica e Senologia (doenças da mama).

Além de José Manuel Pires Teixeira foram galardoados com a mesma distinção catorze outros Médicos portugueses, e o Dr. António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde, o primeiro não médico a receber este galardão.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A ASSOCIAÇÃO "OS BARÕES" foi notícia na Voz do Algarve

A Associação «Os Barões» celebrou o 21º aniversário e inaugurou a sua Biblioteca 

22:19 - 19/11/2016

LOULÉ

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A Associação «Os Barões» situada na Nave do Barão Freguesia de Salir em Loulé, celebrou hoje, 19 de novembro, o seu 21º aniversario.

O aniversário da Associação celebrou-se com um almoço que teve casa cheia, com a presença de cerca de centena e meia de associados e convidados, onde não faltou a comida tradicional típica de uma matança de porco. Também se aproveitou a ocasião para celebrar o São Martinho, e este ano o Presidente da Associação, Joaquim Guerreiro, aproveitou este dia para inaugurar uma pequena Biblioteca integrada nas instalações da Associação, a que deram o nome a titulo póstumo de “Maria da Conceição Guerreiro”, antiga professora da Nave do Barão.

A inauguração contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, assim como Júlio de Sousa, Diretor Municipal, o Presidente da Junta de Freguesia de Salir, Deodato João, o Diretor-Adjunto da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, José Graça, entre outros.

Depois do corte simbólico da fita realizado por crianças residentes na localidade, que convidaram os adultos a aderir à iniciativa, foi dada a palavra à filha da Homenageada, Madalena Batista, que emotivamente agradeceu terem-se recordado de uma mulher que, não só orientou no ensino primário muitos dos ali presentes como deixou uma marca de humanidade.

Como filho da terra, José Graça, recordou momentos felizes da infância, garantindo que “haverá certamente muitos professores ao longo das nossas vidas, e uns marcarão mais que outros e por bons e menos bons motivos, mas certamente que, para a maioria de todos nós, o professor mais marcante será sempre o professor ou professora da primária”.

Deodato João, destacou a presença de tantos jovens filhos da terra referindo o dinamismo da Associação “Os Barões” que atravessa um dos melhores momentos da sua existência.

Vítor Aleixo, enalteceu a iniciativa referindo o apoio da Câmara Municipal na melhoria da sede e na instalação da Biblioteca, mencionando ainda o dinamismo da Associação com destaque na captação de tantos jovens neste evento.

Joaquim Guerreiro, como Presidente da Associação, realçou e agradeceu a participação de todos na entreajuda constante em prol da associação e afirmou que “esta biblioteca será para todos, queremos que aqui se reúna toda a família e que todos tenham atividades para se ocuparem, desde leitura de livros, acesso à internet, pequenos workshops, dança, música, espaço para os mais pequenos com brinquedos para todas as idades”.

Agradeceu também todos os donativos que proporcionaram a instalação daquela biblioteca, assim como o apoio da CML que permitiu a aquisição de alguns computadores, material informático e mobiliário.

Durante as celebrações, ocorreram alguns cantares espontâneos do GrupoCoral da Casa do Alentejo com sede em Albufeira.
São muitas a iniciativas que ocorrerão até ao final do ano, entretanto estão expostas algumas fotos antigas onde familiares e amigos poderão reconhecer os seus ascendentes na época do ensino primário na única escola que existia naquela localidade.

         DEVEMOS AGRADECER À DIRETORA DA VOZ DE LOULÉ A NOTÍCIA.
Este momento bem sucedido só foi possível graças a uma equipa fantástica que matou o "porquinho" no dia anterior e aos cozinheiros Marieta e Mestre António e à equipa de apoio, que contou como habitualmente com a eficiente coordenação do Manuel Rosa. 


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​Por: ND

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A BÍBLIA E A CIÊNCIA , um diálogo complexo

O pensamento científico foi evoluindo ao longo de milénios, confrontou diversas passagens bíblicas e as interpretações judaicas e cristãs que dela se foram fazendo, evidenciou  alguns erros científicos e quem desocultou essas inverdades foi perseguido e até eliminado fisicamente, os seus testemunhos censurados e queimados para não contaminarem os dogmas religiosos.
O momento da criação da humanidade a partir de Adão e Eva, ele feito de barro vermelho e ela um ser menor, criado a partir de uma costela de Adão, descrito no Genesis, está claramente e conflito com a ciência, o que levou a própria Igreja Católica a reconhecer o caracter fantasioso deste ato criador.
A Bíblia refere explicitamente antes do dilúvio que alguns homens chegaram a viver 900 anos, atribuindo até a Adão a vetusta idade de 930 anos e Metusalém o record de 969 anos. Deveremos acreditar nesta versão ou tentamos contorná-la alegando que nesse tempo os anos eram contados a partir dos ciclos da lua?
A ideia da Terra implícita no testemunho de muitos profetas é de uma Terra plana, de forma circular como se fosse uma piza gigante, sendo por isso possível subir ao ponto mais alto para observar todos os reinos do planeta.
O conceito geocêntrico que coloca a Terra imóvel no centro do universo foi contestada pela evidência heliocêntrica de Copérnico e são conhecidas as perseguições de quem ousava contraditar essa verdade inquestionável.
Estas e outras contradições menos evidentes questionam a  veracidade do texto bíblico que Igreja Católica tem sabido inteligentemente relativizar, evitando uma interpretação literal e atribuindo-lhes uma dimensão metafórica.
A própria emergência do culto de Maria, mãe de Jesus é bem um exemplo dessa capacidade de recuperação de uma pecadora, considerada apenas pura no ato de nascimento de Cristo, integrando a crescente simpatia popular de Maria da Concepção, Imaculada..., para aproximação a um público predominantemente feminino que frequenta o culto religioso mas que é excluído do sacerdócio.
A concepção bíblica predominante não consegue ocultar o chauvinismo de um povo que quer ter a exclusividade de um Deus que o defende, enquanto penaliza os restantes povos de quem foi igualmente criador. Da leitura da Bíblia, que para muitos é palavra sagrada, ressalta uma ideologia patriarcal, machista onde geralmente as mulheres estão ausentes ou são tratadas como seres menores e por vezes perversos, começar pela Eva que é responsável pela expulsão do Éden.

Certamente que haverá episódios bíblicos que a história reconhece e a ciência tem vindo a comprovar, mas devemos reconhecer as limitações do texto sagrado, que continuará ser uma referência inquestionável para os crentes e um documento de leitura obrigatória para os não crentes como eu.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

UMA BIBLIOTECA NA NAVE DO BARÃO? Estes baronenses devem estar loucos...

É um sonho antigo com quase 40 anos, surgiu na altura da Comissão de Moradores, dinamizada pela professora Sanita (como chamavam carinhosamente à professora Maria da Conceição), houve na altura uma campanha de angariação de fundos para comprar tijolos e areia num local próximo da escola. Juntamente com a Biblioteca estava prevista a construção de casas de banho porque os meninos e meninas iam satisfazer as suas necessidades fisiológicas ao ar livre, debaixo das alfarrobeiras, perto da Escola Primária, que funcionava então numa sala com alunos das quatro classes.
Como a Nave do Barão é uma aldeia do interior algarvio com muitas crianças e jovens, a Associação "Os Barões", decidiu criar uma Biblioteca e Ludoteca para corresponder à necessidade de fruição, desenvolvimento cultural e convívio destes pequenos cidadãos, sem esquecer também a população adulta.
Foram muitas as ofertas de instituições (Câmara Municipal de Loulé, Junta de Freguesia de Salir, Região de Turismo do Algarve, Associação In Loco, Direção Geral do Ambiente, Editora Planeta Tangerina) e de residentes da Nave do Barão, que ofereceram livros, revistas, brinquedos e DVDs, reunindo algumas centenas de publicações e brinquedos.
A Associação contribui com o espaço e uma dotação de mil euros para aquisição de mobiliário e material informático, tornando possível a criação deste pequeno Centro de Recursos Educativos.
O dia 19 de novembro foi o dia escolhido para a inauguração, coincidindo com a comemoração do 21º aniversário da coletividade e a evocação de S. Martinho, com almoço convívio e animação musical com cante alentejano.
Em jeito de homenagem à professora da Nave do Barão que alimentou este sonho, por decisão unânime dos Corpos Diretivos da Associação, teremos ao serviço da comunidade a BIBLIOTECA MARIA DA CONCEIÇÃO GUERREIRO.
Imagem do cantinho da Biblioteca e Ludoteca

Que será também Inforteca ( suportes digitais) e Hemeroteca (jornais e revistas)

A Ludoteca tem brinquedos organizados por temas

Dois postos de trabaho com computador e Locais de acesso à internet

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

JOAQUIM VALENTE Benfeitor da Nave do Barão

Nascido em 1918, filho do agricultor mais rico da Nave do Barão, um dos nove filhos (cinco raparigas e quatro rapazes), Joaquim Valente, foi incansável lutador pelo progresso da sua aldeia natal, tendo casado (contra a vontade dos pais) com o grande amor da sua vida:Maria da Conceição Guerreiro.

Pela sua inteligência e estatura moral desempenhou a função de Cabo Chefe, figura de confiança do regime anterior, muito querido na sua aldeia pelos seus gestos generosos e humanitários. A muitos seus conterrâneos valeu nas dificuldades em tempos difíceis, que a ele recorriam em situações de doença, assegurando transporte no seu automóvel ou prestando cuidados de enfermagem, solicitando empréstimos ou facilidades na obtenção de passaporte, para quem queria emigrar para França e Alemanha.
Sempre pronto para ajudar, com aquele olhar atento e boa disposição, foi conselheiro amigo, solidário nas aflições e padrinho de meia aldeia no batismo, na crisma e no casamento.
Quem o conheceu ainda recorda com saudade aquele jeito sereno, por vezes brincalhão, com o macho pela arreata a palmilhar caminhos e veredas, transportando sacas de alfarroba ou amêndoa, e, todos os domingos sem exceção, lá ia a conduzir o seu taunus até Salir, com paragem obrigatória no Café do Zé Tomé ou no Luís Parreira.
Foi um verdadeiro lutador pelo desenvolvimento da sua terra e para a melhoria das condições de vida das suas gentes. Trouxe à Nave do Barão muitos responsáveis pelo poder local ou regional,Organizou festas e refeições coletivas para sensibilizar as autoridades do estado Novo para a necessidade de estrada, de camioneta ou eletricidade, que com boas palavras iam prometendo o que só depois de Abril chegariam com a Liberdade e a Democracia.
Por ironia do destino viria a morrer ainda relativamente novo, não resistindo a um ataque cardíaco mesmo à porta do Centro de Saúde de Salir.
Tinha algum talento musical, chegou a animar bailes mandados e tinha também veia poética, como se pode ver no poema com que pediu namoro à sua jovem amada.
Para que perdure a memória de um homem bom, dedicado à sua terra e aos seus conterrâneos,publicamos este apontamento in memorium de Joaquim Valente.

 Para ti Maria

Sofro enquanto a ti não veja
Ao pé de mim na Igreja
De volta de um lindo véu
Ao ver que te pertenço
ó meu Deus assim penso
Julgo até que estou no céu.

Com esse olhar tão puro
Eu vou lendo o meu futuro
Pois do passado me esqueci
Nunca eu vivi outrora
A vida que vivo agora
Quando estou ao pé de ti.

Que Deus me deu com certeza
Tanto amor tanta pureza
Por meu destino ser teu.
Dei tanto que eu queria
Nem tanto eu merecia
Que feliz destino o meu.

Às vezes até suponho
Que vejo através de um sonho
O mundo que eu não vivi
Pois eu fico recompensado
Da pena deste passado
Desde a hora em que te vi.





terça-feira, 1 de novembro de 2016

Há uma aldeia do Barrocal Algarvio onde o vinho novo, a gastronomia da matança do porco e o cante alentejano vão conviver com a literatura... 
Vai finalmente ser inaugurada BIBLIOTECA/LUDOTECA na NAVE DO BARÃO ... Além deste momento inaugural temos na Associação Os Barões um almoço-convívio e pela tarde comemoramos a tradição de S. MARTINHO. Os interessados no almoço devem fazer a sua inscrição mas os restantes momentos não precisam de inscrição prévia. O CANTE ALENTEJANO vai também estar presente ... tal como as castanhas e vinhos novos da Nave.. Considere-se convidado/a ... apareça.
Nota: se pretender inscrever-se a si ou à sua família para o almoço com a gastronomia típica da matança do porco pode fazê-lo diretamente na Associação ou pelos telefones 289489753 ou 962638117

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

DE ONDE VEM O NOME NAVE DO BARÃO?

Hoje ao ler no Faceboock a publicação do professor Galopim de Carvalho sobre a origem de alguns nomes de localidades portuguesas, entre elas Nave do Barão, (a aldeia onde nasci e resido atualmente), fiz uma pesquisa e partilho algumas descobertas convosco no blogue da Nave do Barão. Hoje tratamos da palavra Nave, deixando o termo Barão para outra ocasião.
Começando pelo texto do sábio professor, geólogo, cientista, nascido em Évora, que tantos contributos deu para o Museu de História Natural e para museologizar nomeadamente as pegadas dos dinossauros de Querenque e a Pedreira do Galinha:

"De nave no sentido de planura cercada por montanhas, (...) A Nave do Barão é uma depressão cársica, de fundo plano (polje), no concelho de Loulé".
Consultando a Wikipédia podemos ler que o termo nave terá a sua origem grega vinda de naos e do latim navis.
Este termo originalmente utilizado na navegação marítima, (navio, nave, navegação), passou a ser usado pelos geógrafos e  também para designar a ala central das igrejas e catedrais .
Vista panorâmica no inverno
A Lagoa da Nave sendo a zona mais baixa da várzea acumula água no inverno, formando um grande lençol de água que se mantém até à chegada do verão, desaparecendo geralmente por evaporação em junho, mantendo-se ainda por algum tempo, na zona central mais funda a que chamamos lagoão. 
Vista panorâmica com amendoeiras em flor



vista panorâmica no verão
No Algarve há muitas localidades utilizado o termo nave, de que são exemplo a Nave das Mealhas, a Nave das Sobreiras, a Nave dos Cordeiros, a Nave do Carvalho, a Nave Redonda, a Nave do Castelão, ...
Mas a Nave do Barão tem a singularidade de formar um polje com cerca de 4km de comprimento com uma largura variável entre 500 a 1000 metros, sendo em alguns estudos académicos considerado o maior do país.

Ainda sobre a Nave do Barão a Via Algarviana, no interessante desafio de dar a conhecer o Algarve interior publicou um texto bastante interessante que vala a pena ler:
"A Nave do Barão é uma monumental arquibancada com 100 metros de altura, 4 quilómetros de comprimento e 1 quilómetro de largura. Trata-se de um “polje” ou vale cego, localmente conhecido por nave (de “nava”, vocábulo pré-romano que designa planura) e que terá resultado do De carro: Pafundamento do maciço calcário do Jurássico ao longo de uma falha geológica, talvez devido à grande quantidade de fendas, cavidades e grutas subjacentes. No chão da Nave foi-se acumulando, ao longo de milénios, a “terrarossa”, solo argiloso e vermelho, produto da ação da água das chuvas sobre o calcário. Neste local convergem todas as águas do vale, uma vez que não existe nenhuma outra possibilidade de escoamento superficial, formando uma lagoa cuja profundidade varia de ano para ano, consoante a pluviosidade. Há testemunhos de invernos em que o nível de água chegou à ruína de uma casa perto da lagoa que está junto à estrada principal que vai até à aldeia da Nave do Barão, mas desde o rompimento do chão da lagoa por dois furos, efetuado nos anos 80 pelos serviços hidráulicos, nunca mais tal aconteceu, encontrando-se a lagoa, na época estival, totalmente seca ou reduzida a pequenos charcos. Um antigo tanque, um poço com roda e outro provido de curiosa construção subterrânea onde se alojava um motor, são testemunhos do labor agrícola de outrora, hoje perpetuado pela presença da vinha. As aves aquáticas tentam fazer pouso na lagoa mas falta a muitas delas uma cobertura de vegetação suficiente para se sentirem seguras. Em contrapartida, este é um local de excelência para a reprodução de várias espécies de anfíbios, estando também classificado, a nível da legislação europeia, como habitat prioritário (charcos temporários mediterrânicos). No resto do vale, entre azinheiras, sobreiros e alfarrobeiras, instalaram-se as amendoeiras que, em pleno inverno, cobrem a Nave com os seus farrapos de neve mediterrânica.




Sobre o segundo termo BARÃO, fica a promessa de que após algumas consultas na Biblioteca Municipal de Loulé e a ajuda de alguns estudiosos da história local, tentaremos satisfazer a vossa curiosidade. Agradecemos a quem tiver elementos úteis que nos façam chegar os vossos contributos.


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

FICA ADIADA A ABERTURA DA BIBLIOTECA NA NAVE DO BARÃO



Devido a obras de remodelação e pintura na Sede Social da Associação "Os Barões". foi adiada a inauguração da Biblioteca/Ludoteca para o dia 19 de novembro.
Fica aqui o convite a todos e todas que desejarem participar neste momento simbólico.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

5 DE OUTUBRO REPÚBLICA E/OU FUNDAÇÃO DE PORTUGAL

A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA UMA PROMESSA NÃO CUMPRIDA

Hoje comemoramos 106 anos da implantação da República e o fim da desacreditada Monarquia, que foi derrotada militarmente após a relutância do Exército em combater um grupo de dois mil soldados e marinheiros revoltosos, que contavam com muito apoio popular. A República seria proclamada às 9 horas do dia 5 de outubro, na varanda dos Paços de Concelho da Capital. A República com as suas promessas generosas, muitas delas não cumpridas, sobreviveu 16 anos no meio de muita instabilidade política e bastante descontentamento popular, viria a cair na sequência do golpe militar de 1926, liderado pelo general Gomes da Costa. Na sequência do triunfo republicano Portugal passou a ter uma nova bandeira, um novo hino, uma nova moeda e entre outras mudanças destaca-se a separação entre a Igreja e o Estado, num contexto social muito marcado por um forte anticlericalismo.


O homem vale, sobretudo, pela educação que possui, porque só ela é capaz de desenvolver harmonicamente as suas faculdades, de maneira a elevarem-se-lhe ao máximo em proveito dele e dos outros.” (Decreto de 29 de Março de 1911)


A ORIGEM DA NACIONALIDADE
O dia 5 de outubro coincide também com a data que muitos consideram o dia de fundação de Portugal, remontando a 1143 com a assinatura do tratado de Zamora, celebrado entre Afonso Henriques, o seu primo Afonso VII e o cardeal Guido de Vico,
Há no entanto alguns historiadores, entre eles  José Matoso e Alexandre Herculano, que questionam a validade desta interpretação, uma vez que no referido tratado D. Afonso Henriques continuaria vassalo de Afonso VII, que é reconhecido como imperador de toda a Hispânia. O Condado Portucalense ficou no entanto subordinado ao poder papal de Roma. Perante o poder papal, Portugal seria reconhecido como estado independente apenas a 23 de Maio de 1179, através da Bula Manifestis Probatum.
Subsiste por isso a dúvida sobre em que data (5 de outubro ou 23 de maio ?) deveremos considerar a institucionalização de Portugal como reino independente. 
Para adensar mais esta duvida, acresce ainda que Afonso Henriques foi aclamado pelos portugueses como rei  soberano, na sequência da vitória na Batalha de Ourique, em 1139.


D.Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal