Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

VINHOS DO ALGARVE E DE PORTUGAL ENTRE OS MELHORES DO MUNDO

O “Citadelles du Vin” é um prestigiado concurso anual que está na 17ª edição e decorreu em Bordéus, França, entre 10 a 12 de junho, durante a Vinexpo, onde estiveram em competição cerca de 1.200 vinhos oriundos de 30 países.
Segundo informou a Comissão Vitivinícola do Algarve, na edição deste ano do Citadelles du Vin, Portugal foi o país mais galardoado obtendo um total de 84 medalhas, das quais 50 de ouro e 34 de prata.
O vinho “Portas da Luz, Tinto 2016”, produzido pela Casa Santos Lima na Luz de Tavira, arrecadou o título de Portugal Special Prize – o equivalente ao melhor vinho português em concurso.
Para o presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve, Carlos Gracias, “temos mais uma vez um vinho regional do Algarve, entre os melhores do mundo. Esta só pode ser a confirmação da qualidade e maturidade que os “Vinhos do Algarve” têm vindo a demonstrar”.
Carlos Gracias, aproveitou para endereçar os parabéns à equipa da Casa Santos Lima, proferindo algumas palavras de incentivo a todos os produtores do Algarve, no sentido de “continuarem a realizar um bom trabalho nas vinhas, nas adegas e na afirmação da região, como uma das melhores para a produção de vinhos de qualidade”.
A Casa Santos Lima é uma empresa que produz vinhos de outras regiões, tendo nos últimos anos feito uma aposta na região do Algarve, com diversas vinhas, sobretudo na zona de Tavira, onde recentemente tem uma nova vinha em fase de crescimento, o que irá possibilitar um aumento da produção aliada à qualidade de novos vinhos do Algarve, acrescenta ainda a Comissão Vitivinícola do Algarve.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

SUA EXCELÊNCIA O VERÃO CHEGOU - Bem vindos ao solstício de Verão

SOLSTÍCIO DE VERÃO
O solstício de Verão começou hoje, dia 21 de Junho de 2017, às 04h 24m.
O termo (“solstitium”, em latim) foi construído com base nos elementos “sol” e “stit”, este derivado de “sistere”, que significa imóvel, que não mexe. A palavra surgiu, assim, associada à ideia de que, no céu, o Sol devia estar estacionário ao atingir a sua posição mais alta, no Verão, e mais baixa, no Inverno.
Solstício é, pois, o momento do ano em que o Sol, durante seu movimento apar
ente na eclíptica, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.
Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em 21 de Junho e em 21 de Dezembro. No de verão assiste-se , ao dia mais longo do ano e, consequentemente, à noite mais curta.
Os trópicos de Câncer (à latitude de 23º 27’ Norte) e de Capricórnio (à latitude de 23º 27’ Sul) são definidos em função dos solstícios. No solstício de Verão do hemisfério norte, os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico de Câncer. No solstício de Verão do hemisfério sul passa-se o mesmo no Trópico de Capricórnio.
Nota;
Eclíptica - plano da órbita da Terra em torno do Sol. O termo radica no grego “ekleiptikós”, sujeito a eclipse.
Declinação do Sol - é a distância angular do Equador ao paralelo do astro

                              texto do professor Galopim de Carvalho publicado dia 21 de junho no facebook

domingo, 18 de junho de 2017

O FOGO E A MORTE VESTEM DE LUTO PEDRÓGÃO E PORTUGAL

Uma improvável  trovoada seca ateou o fogo em Pedrogão e duas dezenas de pessoas tiveram uma morte horrível. Podia ter sido qualquer um de nós ou nossos familiares... Agora é tempo de luto e de solidariedade para com quem perdeu familiares e haveres... mas a segui precisamos de perceber porque falhou a Proteção Civil e o que fazer para evitar novas tragédias.
A morte é sempre dramática para quem parte e para quem fica e torna-se ainda mais horrível nestas circunstâncias, com a perda de tantas vidas que tinham tanto para viver e partilhar num futuro por inventar.

Deixo-vos com a reflexão do sábio Rei Salomão, no livro de Eclesiastes capitulo 3 para meditarmos:
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes 3:1-8)

sábado, 10 de junho de 2017

SAUDADE DE SER AMADO

Alma minha gentil,que te partiste
Tão cedo desta vida,descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.


Se lá no assento etéreo,onde subiste
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.


E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor a dor que me ficou
Da mágoa,sem remédio,de perder-te.


Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Luís de Camões 


DIA DE PORTUGAL. Porque se comemora em 10 de junho?


O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal.
Portugal é talvez o único país do mundo que comemora e faz feriado nacional evocando o dia da morte de um grande poeta, que apesar da sua magistral obra poética, morreu na pobreza, precisamente no dia 10 de junho que hoje comemoramos.


O 10 de Junho é assinalado, em democracia, desde 1977 como o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em que os Presidentes avaliam, num discurso, o estado da nação e distribuem condecorações. Portugal é um dos poucos países do Mundo que dedica o seu dia nacional a uma data relacionada com a Cultura, dia apontado para a morte de Camões, e não a um facto da sua História política.
No dia 10 de junho celebra-se em Portugal o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal.
Do programa do Dia de Portugal fazem parte muitas atividades, como desfiles, demonstrações militares, e entregas de medalhas de mérito, por exemplo.
Este é o dia da Língua Portuguesa e do cidadão nacional. Pela sua importância, é um dos feriados civis que não foram eliminados pelo Governo.
História do Dia de Portugal
Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, o dia 10 de junho era celebrado como o "Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses".
Após a revolução do 25 de abril de 1974, que marcou o fim do regime ditatorial do Estado Novo, a celebração do dia passou a prestar homenagem a Portugal, a Camões e às Comunidades Portuguesas.
Neste dia o Presidente da República e altas individualidades do Estado participam em cerimónias de comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorrem em cidades diferentes todos os anos. Anualmente são distinguidas novas individualidades pelo seu trabalho em nome da nação.


Biografia de Luís de Camões
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.
Luís de Camões (1524-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1524. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressou no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarcou como soldado para a África, onde participou da guerra contra os Celtas, no Marrocos. Durante o combate perde o olho direito.
Em 1552, de volta à Lisboa frequentou tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga, feriu um funcionário real e foi preso. Embarcou para a Índia em 1553, onde participou de várias expedições militares. Em 1556, foi para a China, também em várias expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.
O poema "Os Lusíadas" funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento Português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa à intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.
Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.
Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica e sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.
No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com "Os Lusíadas", conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.
Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado". Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de poesias líricas, entre elas, "Os Efeitos Contraditórios do Amor" e "O Desconcerto do Mundo", e as comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo" e "Anfitriões".

Luís Vaz de Camões morreu em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

DIA DA CRIANÇA

DIA DA CRIANÇA ... É dia também de uma singela homenagem à professora e escritora Maria Rosa Colaço que partiu cedo, em 2004, deixando nos amigos e naqueles que com ela conviveram uma imensa saudade.
Devemos a Rosa Colaço não só o seu interessante espólio literário mas também a revolução que introduziu, em pleno regime de ditadura, nas concepções sobre a poesia e a literatura infantil com a edição do fabuloso livro A CRIANÇA E A VIDA. escrito por crianças seus alunos em Almada.
Este olhar ingénuo, sincrético, poético e estético de que as crianças são capazes.
Deste livro fantástico retirei as frases poéticas de Inácio da Silva Cruz de 10 anos, sobre o amor.
O AMOR
O amor é como duas borboletas que estivessem
Sobre uma rosa, a mais linda de todas do jardim.
O amor tem que haver.
Se não houvesse amor, não havia nada mais bonito.
O amor são duas estrelas a brilhar, a brilhar.
A rosa e o sol são o amor.
A amor é poesia.
O amor são dois passarinhos a construir a sua casinha.
O amor é não haver polícias.



Fica aqui o desafio e convite para  não deixemos morrer a criança que há em nós, deixando fluir dentro  a imaginação e a capacidade de sonhar e reinventar o futuro.

terça-feira, 23 de maio de 2017

O INSUCESSO ESCOLAR E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA

Um estudo recente veio revelar, o que muitos de nós pressentíamos, os alunos portugueses têm mais insucesso escolar porque têm pior desempenho no domínio da língua materna.
Apesar das campanhas de promoção da leitura a Língua Portuguesa continua a ser um problema com reflexos evidentes nas restantes disciplinas.
Qual a raiz do problema? 
Será porque a nossa língua é muito difícil?
Será que programas de ensino do Português estão inadequados? 
Estarão os professores a usar os melhores método de ensino da língua materna?
Se a nossa língua é difícil não parece um argumento válido, é a língua que temos e se foi construindo ao longo de séculos e constitui o valioso património cultural dos países de língua oficial portuguesa.
Os programas não serão perfeitos e algumas mudanças criaram por vezes descontinuidades indesejáveis e geralmente não foram acompanhadas da necessária formação dos professores.
A raiz do problema está sobretudo nas estratégias pedagógicas predominantes nas escolas, com recurso a métodos antigos de aprendizagem por letras individualizadas e na ideia muito difundida  também de que se aprende a língua materna investido quase exclusivamente na leitura e desprezando a importância da escrita, imprescindível para a expressão de cada aluno e para a estruturação do pensamento dos verdadeiros protagonistas do processo de ensino aprendizagem. A verdade é que podemos tentar formar um bom leitor mas por esta via dificilmente virá a ser ser um bom escritor. Sem desprezar a importância da leitura ( fala social de outros) é fundamental investir no exercício da escrita porque  um bom escritor será sempre um bom leitor.O Movimento da Escola Moderna é um bom exemplo de trabalho persistente nesta pedagogia ativa de aprendizagem da língua materna, recorrendo ao método global, e os resultados dos alunos que experimentam as pedagogias dos professores do MEM não deixam margem para dúvidas.
SOBRE OS MÉTODOS DE APRENDIZAGEM
O MÉTODO ANALÍTICO-SINTÉTICO
Muitos de nós aprendemos a soletrar o alfabeto, letra por letra, depois a juntar letras para formar sílabas que por sua vez viriam a formar palavras.
Trata-se de um método muito moroso e pouco estimulante porque só passado muito tempo chegámos a construir frases, quase sempre distantes das nossas vivências e experiências pessoais.
Esta metodologia usada pela grande maioria dos professores, por vezes com pequenas variantes,  além de não partir do universo próximo das crianças, com todo o potencial afetivo, não valoriza a cultura e a oralidade de que os alunos são portadores e não rentabiliza todas as potencialidades do sincretismo infantil.*
O MÉTODO GLOBAL
Com este método as crianças não começam a aprender as letras ou as sílabas mas têm contacto com as frases a partir de textos significativos para elas, privilegiando as  estórias ou vivências partilhadas.
E é a a partir da leitura oral que vão separando algumas frases que vão memorizando e descobrindo palavras com sentido. A escrita aproxima-se da oralidade corrente vivida e de repente "desatam a ler" passando da apreensão global para uma frase e uma palavra, fazendo a partir deste percurso a descoberta das letras.
Mas é sobretudo a partir da expressão escrita pessoal, inicialmente sem sentido para o adulto e mediado por este, que vai construindo a fala social com sentido.


¨*Sincretismo infantil
Conceito desenvolvido por Henri Wallon (1879-1962) 

O termo se refere à principal característica do pensamento da criança: a ausência de diferenciação entre os elementos - as informações que ela recebe do meio, as experiências pessoais e as fantasias se misturam. O sincretismo corresponde a um momento da evolução do pensamento humano e possui uma lógica própria, diferente daquela observada na fase adulta, que é marcada pela categorização.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

PULO DO LOBO, visita obrigatória





Foi notícia triste pelo trágico desaparecimento de um canonista que descia o Guadiana e terá sido vítima da violência das águas neste lugar mágico, de rara beleza.
Já outros acidentes mortais ocorreram no local o que recomenda a urgente colocação de informação a montante, onde o Guadiana se espreguiça com a calma típica do Alentejo.
Estamos perante 
a maior queda de água do sul de Portugal, e fica situada no rio Guadiana, entre Mértola e Serpa.

As águas caem de mais de 20 metros de altura e, envoltas num mar de espuma descem a garganta rochosa até lá abaixo, desembocando num lago entre as rochas.



As margens da queda de água são tão apertadas que, segundo a lenda, até um lobo as conseguiria transpor de um só salto. Daí o nome de Pulo do Lobo.

A paisagem do pulo do lobo é espectacular, o leito do rio após a queda de água, encontra-se todo exposto, em rocha, por entre a qual serpenteia o rio Guadiana, num sulco criado ao longo de milhares de anos.

O acesso ao pulo do lobo pode fazer-se por nascente ou poente. 

A nascente faça um desvio na estrada que liga Serpa a Mértola, o acesso até lá abaixo é contudo difícil e tem que fazer-se a pé, tendo ainda que atravessar o leito rochoso do rio até chegar à queda de água. Recomendamos cautela.

A poente, faça um desvio na estrada que liga Beja a Mértola e siga até à aldeia de Amendoeira da Serra, seguindo as indicações até ao Pulo do Lobo. Chega então à Herdade de Pulo do Lobo, abra a cancela e são cerca de 1000m em estrada de terra até à cascata. O acesso é interdito a veículos pesados.

O acesso à cascata por poente é mais fácil, existindo inclusive uma estrutura para melhor observar a queda de água. 

Se ainda não conhece o Pulo do Lobo programe uma visita, previna-se com chapéu e calçado apropriado e aproveite para visitar Mértola, para usufruir de uma magnífica vista panorâmica e conhecer  o património histórico que ganhou relevância graças ao trabalho fantástico do historiador Cláudio Torres.

terça-feira, 16 de maio de 2017

FESTA DA ESPIGA EM SALIR

A Festa da Espiga realiza-se em três dias, e o programa será dividido em três dias temáticos.
As actividades vão desde os espectáculos de música, desporto, artesanato, animação de rua, iniciativas para crianças e idosos e uma área dedicada à gastronomia com um espaço de tasquinhas de manjares e petiscos serranos. A Associação "Os Barões" lá estará os três dias com serviço de bar e a habitual simpatia baronense. 



terça-feira, 9 de maio de 2017

domingo, 7 de maio de 2017

DIA DA MÃE


Partilho hoje,em jeito de homenagens às mães, um poema 
Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas' , 
que interpreta de forma sublime o sentimento de um 
filho perante trágica perda.
Para Sempre
Por que Deus permite 
que as mães vão-se embora? 
Mãe não tem limite, 
é tempo sem hora, 
luz que não apaga 
quando sopra o vento 
e chuva desaba, 
veludo escondido 
na pele enrugada, 
água pura, ar puro, 
puro pensamento. 
Morrer acontece 
com o que é breve e passa 
sem deixar vestígio. 
Mãe, na sua graça, 
é eternidade. 
Por que Deus se lembra 
— mistério profundo — 
de tirá-la um dia? 
Fosse eu Rei do Mundo, 
baixava uma lei: 
Mãe não morre nunca, 
mãe ficará sempre 
junto de seu filho 
e ele, velho embora, 
será pequenino 
feito grão de milho.

domingo, 16 de abril de 2017

FOLAR SERRANO UMA SABOROSA TRADIÇÃO

Na tradição da Páscoa o Folar continua a estar presente variando os sabores e o modo de fabrico em diversas regiões de Portugal.
Na Nave do Barão o Folar Tradicional feito em forno de lenha está em desuso mas é muito apreciado pelo seu sabor original. Publicamos a receita e os procedimentos e compreendemos que se procurem outras soluções mais fáceis,  mas que não conseguem ter a mesma aparência, o mesmo sabor e textura deste ammassado em alguidar de barro e cozido em forno de lenha.
INGREDIENTES:
5 kg de farinha de trigo extra fina para amassar com 250 g de fermento de padeiro.
3 litros de leite fervido, 2 kg de açúcar amarelo, 2 litros de água morna com 6 a 8 paus de canela, anis estrelado, cascas de limão e erva doce.
6 ovos, uma pitada de sal, um pacote de canela moída, muita energia para amassar com o leite e a água morna e...paciência para esperar 24 horas...para a massa "fintar", crescendo quase o dobro.
As fotos ilustram as diversas fases de produção que termina com a colocação no forno de lenha, quando os tijolos de barro apresentam uma coloração esbranquiçada. Para evitar queimar a base do folar utiliza-se modernamente o papel de alumínio.









































A LENDA DO FOLAR DA PÁSCOA
Entre as lendas que povoam o imaginário popular conta-se que numa aldeia portuguesa uma jovem chamada Mariana, teria dois pretendentes entre eles um lavrador pobre e outro rico. Nesta disputa pela mão da donzela haveria iminente um conflito entre os dois pretendentes, com previsível desfecho trágico.
Mariana terá pedido ajuda a Santa Catarina levando-lhe flores ao altar e esta terá correspondido fazendo surgir três bolos com um ovo, na casa da pretendida e dos dois homens. Mariana terá decidido ir oferecer o seu bolo ao proprietário rico e pelo caminho encontrou Amaro, o lavrador pobre que também levava outro bolo para ela, mas resolveram ir a casa do mais abastado (que teria colocado como data limite para a decisão Domingo de Ramos),  com os bolos, talvez para pacificar o ânimos. Neste dilema Mariana acabou por escolher o mais pobre...e viveram felizes para sempre. Este bolo com ovo, um dos símbolos da Páscoa, viria a chama-se folar inspirado nas flores que Maria terá oferecido à Santa, uma vez que na idade média flor se diria folore e daí a viria a palavra FOLAR.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

ALGARVE CULTURAL-VAI ACONTECER

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Festa Grande da Mãe Soberana em Loulé

Festa da Espiga em Salir
Os meses de Abril e Maio são muito ricos em eventos culturais no coração do Algarve Central, conjugando a energia do Sol, o inigualável azul celeste com a alegria festiva, evocando lendas muito antigas e tradições populares de cariz etnográfico, evocando a arte e o jeito de viver no Algarve rural interior.
Entre as inúmeras manifestações culturais, destacamos quatro delas imperdíveis, pelo seu simbolismo e riqueza cultural. Estamos a falar da Festa das Tochas Floridas em S. Brás (dia 16 de Abril), com ruas decoradas com tapetes de flores e centenas de homens desfilando com as suas tochas floridas, evocando o gesto heróico contra os invasores. A Festa Grande da Mãe Soberana (30 de abril) de inegável fervor religioso, onde os homens do andor se tornaram uma espécie de super-heróis.
Destacamos o Dia de Maio na Lagoa da Nave do Barão, local de piquenique no magnífico polje que serve de cenário para gratificantes momentos de festa e convívio. A não perder também a Festa da Espiga em Salir, no dia 25 de maio, com desfile etnográfico, que este ano comemora meio século de existência.
Festa das tochas Floridas em S. Brás de Alportel

8-9 de abril – 12ª Mostra do Folar de Paderne
- 15 de abril – 2º Trail Running e 8º Passeio de BTT – Rota das Estevas (Monte Ruivo-Alte)
- 16 de abril – Festa Pequena da Mãe Soberana em Loulé
- 16 de abril – Festa das Tochas Floridas de S. Brás de Alportel
- 25 de abril-1 de maio – XXIII Semana Cultural de Alte
- 28 de abril-1 de maio – 5º Walking Festival Ameixial – Festival de Caminhadas do Algarve
- 30 de abril – Festa Grande da Mãe Soberana em Loulé
- 1 de maio – Festa do 1º Maio de “Os Barões” na Nave do Barão
- 5-7 de maio – 3º Algarve Nature Week – Mostra de Natureza – Tavira
- 25-27 de maio – 50ª Festa da Espiga de Salir

sábado, 25 de março de 2017

BAILE DA PINHA NA NAVE DO BARÃO

O Baile da Pinha ou da Pinhata é uma tradição cristã muito antiga, acontece geralmente a meio da Quaresma e pretende celebrar a alegria da ressurreição de Cristo na Páscoa. Trata-se de uma tradição Ibérica que se espalhou para outras partes do Mundo.Esta festa acontece no nosso hemisfério no início da Primavera, tempo de renascimento e de fertilidade simbolizada pela Pinha, que guarda dezenas de pinhões que no Verão, com o calor se abre projetando como uma granada as sementes que irão dar origem a novas árvores.
Cada terra organiza apenas uma Baile na Quaresma, período de jejum e de recato, podendo no entanto os mais foliões deslocar-se a localidades vizinhas para festejar e dançar. O rei e a rainha são também um elemento importante, sendo a sorte a ditar quem vai puxar a fita mágica que irá abri a pinha.
Na Nave do Barão o engenhoqueiro da pinha foi o Alberto Gomes e no ano passado foram bafejados pela sorte a Isabel e o Arménio, a quem compete este ano abrir o Baile da Pinha. no dia 1 de Abril e passar o testemunho ao novo rei e rainha de 2017.


O Gonçalo Tardão, jovem estudante de medicina e descendente de naturais da Nave do Barão, vai abrilhantar  este ano o Baile da Pinha na Nave do Barão. Fica aqui o convite a quem quiser reviver esta tradição e passar um agradável serão no dia das mentiras.

quarta-feira, 22 de março de 2017

OS BONS VINHOS DO ALGARVE FIZERAM SUCESSO NA NAVE DO BARÃO


A pacata aldeia, no dia 18 de março, tornou-se a capital do vinho do Algarve e foram muitas centenas de visitantes nacionais e estrangeiros que aqui confluíram para degustar vinhos brancos, tintos e rosés de nove conceituadas adegas da nossa província (Adega do Cantor, Quinta da Tôr, Herdade dos Pimenteis, Cabrita-Quinta da Vinha, Quinta da Malaca, Monte da Casteleja, Monte do Além e Marquês dos Vales e Marchalégua), e ainda doze vinhos artesanais. Nesta terceira edição do Festival do Vinho o artesanato regional esteve representado com sete artesãos, a gastronomia do barrocal foi acompanhada por vinhos de excelência ao som do cante alentejano pelo grupo coral Cada do Alentejo de Albufeira, num dia agradável de convívio na sede da Associação “Os Barões”.
O Concurso de Vinhos Artesanais contou apenas com doze vitivinicultores do concelho de Loulé, devido a uma quebra nas vinhas da região, foi dirigido por um júri composto por um enólogo formador Mário de Andrade, em representação da Comissão de Vitivinícola do Algarve, pelo escanção Paulo Monteiro em representação da Associação de Escanções de Portugal e foi presidido por Andreia Branco, estudante de viticultura e enologia.Desta vez concorreram apenas com dois vinicultores da Nave do Barão e os primeiros classificados dos vinhos artesanais foram Manuel Avelino Costa da Cortelha, João Luís Cavaco de Salir e Olímpio Simão de Vale Judeu.
O festival encerrou com serão musical animado por Afonso Dias e Teresa Silva e por um grupo de dança contemporânea juvenil da Alte.
O Festival foi muito concorrido pelos políticos locais, contou com presença do senhor Presidente da Câmara de Loulé, dos presidentes das juntas de Freguesia de Salir, de Ameixial, de S. Clemente, de São Sebastião, da União de Freguesias, da União de Freguesias de Benafim, Querença e Tôr e de diversos autarcas do PS, PSD, CDU e BE.
Tratou-se de um evento promovido por uma associação local, com recurso a duas dezenas de colaboradores em regime de voluntariado, que souberam acolher com hospitalidade baronense e muita dedicação, oferecendo aos participantes agradáveis momentos gratificantes, não ficando atrás de outros eventos realizados com gestão profissional e outros meios técnicos e financeiros.
A avaliar pela satisfação dos participantes, certamente influenciados e almareados pelos néctares do nosso Algarve, com elevado grau alcoólico, podemos concluir que o III Festival do Vinho na Nave do Barão foi um sucesso e recomenda-se a sua reedição no próximo ano. O vinho foi rei da festa com todo o seu potencial anímico e o milagroso resveratrol, que tantos benefícios traz para a nossa saúde…desde que bebido com moderação…
Bom vinho, má cabeça,
Já lá dizia o refrão;
Mas desse mal eu padeça
E nunca do coração.
AGRADECIMENTOS:
+Algarve, no seu meritório objetivo de divulgação do que de melhor se faz na região, esteve presente e produziu gratuitamente um excelente vídeo para a posteridade, que pode ser visitado no site: www.maisalgarve.pt ou no YouTube em https://youtu.be/Y22alsU12Fs.
Para o êxito deste festival foi muito importante ajuda dos patrocinadores a quem agradecemos a preciosa colaboração. Muito obrigado à Câmara Municipal de Loulé, Junta de Freguesia de Salir, Junta de Freguesia de Alte, Junta de Freguesia do Ameixial, Junta de Freguesia de S. Clemente, Junta de Freguesia de S. Sebastião, União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim, Cafés Delta, Visacar e João Rafael com o  seu famoso medronho biológico.
A destacar também a colaboração da Comissão Vitivinícola do Algarve e da Associação de Escanções de Portugal, que se fizeram representar por dois conceituados especialistas, a imprensa regional com relevância para a Voz de Loulé, a Rádio FM total e a Rádio Sagres, que ajudaram a amplificar a divulgação junto da comunidade algarvia e de muitos residentes e visitantes estrangeiros.
Os vinhos do Algarve, que graças à valorização e investimento na qualidade, estão a conquistar inúmeros prémios nacionais e internacionais, devem merecem mais atenção e visibilidade de todos nós.