Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

DE ONDE VEM O NOME NAVE DO BARÃO?

Hoje ao ler no Faceboock a publicação do professor Galopim de Carvalho sobre a origem de alguns nomes de localidades portuguesas, entre elas Nave do Barão, (a aldeia onde nasci e resido atualmente), fiz uma pesquisa e partilho algumas descobertas convosco no blogue da Nave do Barão. Hoje tratamos da palavra Nave, deixando o termo Barão para outra ocasião.
Começando pelo texto do sábio professor, geólogo, cientista, nascido em Évora, que tantos contributos deu para o Museu de História Natural e para museologizar nomeadamente as pegadas dos dinossauros de Querenque e a Pedreira do Galinha:

"De nave no sentido de planura cercada por montanhas, (...) A Nave do Barão é uma depressão cársica, de fundo plano (polje), no concelho de Loulé".
Consultando a Wikipédia podemos ler que o termo nave terá a sua origem grega vinda de naos e do latim navis.
Este termo originalmente utilizado na navegação marítima, (navio, nave, navegação), passou a ser usado pelos geógrafos e  também para designar a ala central das igrejas e catedrais .
Vista panorâmica no inverno
A Lagoa da Nave sendo a zona mais baixa da várzea acumula água no inverno, formando um grande lençol de água que se mantém até à chegada do verão, desaparecendo geralmente por evaporação em junho, mantendo-se ainda por algum tempo, na zona central mais funda a que chamamos lagoão. 
Vista panorâmica com amendoeiras em flor



vista panorâmica no verão
No Algarve há muitas localidades utilizado o termo nave, de que são exemplo a Nave das Mealhas, a Nave das Sobreiras, a Nave dos Cordeiros, a Nave do Carvalho, a Nave Redonda, a Nave do Castelão, ...
Mas a Nave do Barão tem a singularidade de formar um polje com cerca de 4km de comprimento com uma largura variável entre 500 a 1000 metros, sendo em alguns estudos académicos considerado o maior do país.

Ainda sobre a Nave do Barão a Via Algarviana, no interessante desafio de dar a conhecer o Algarve interior publicou um texto bastante interessante que vala a pena ler:
"A Nave do Barão é uma monumental arquibancada com 100 metros de altura, 4 quilómetros de comprimento e 1 quilómetro de largura. Trata-se de um “polje” ou vale cego, localmente conhecido por nave (de “nava”, vocábulo pré-romano que designa planura) e que terá resultado do De carro: Pafundamento do maciço calcário do Jurássico ao longo de uma falha geológica, talvez devido à grande quantidade de fendas, cavidades e grutas subjacentes. No chão da Nave foi-se acumulando, ao longo de milénios, a “terrarossa”, solo argiloso e vermelho, produto da ação da água das chuvas sobre o calcário. Neste local convergem todas as águas do vale, uma vez que não existe nenhuma outra possibilidade de escoamento superficial, formando uma lagoa cuja profundidade varia de ano para ano, consoante a pluviosidade. Há testemunhos de invernos em que o nível de água chegou à ruína de uma casa perto da lagoa que está junto à estrada principal que vai até à aldeia da Nave do Barão, mas desde o rompimento do chão da lagoa por dois furos, efetuado nos anos 80 pelos serviços hidráulicos, nunca mais tal aconteceu, encontrando-se a lagoa, na época estival, totalmente seca ou reduzida a pequenos charcos. Um antigo tanque, um poço com roda e outro provido de curiosa construção subterrânea onde se alojava um motor, são testemunhos do labor agrícola de outrora, hoje perpetuado pela presença da vinha. As aves aquáticas tentam fazer pouso na lagoa mas falta a muitas delas uma cobertura de vegetação suficiente para se sentirem seguras. Em contrapartida, este é um local de excelência para a reprodução de várias espécies de anfíbios, estando também classificado, a nível da legislação europeia, como habitat prioritário (charcos temporários mediterrânicos). No resto do vale, entre azinheiras, sobreiros e alfarrobeiras, instalaram-se as amendoeiras que, em pleno inverno, cobrem a Nave com os seus farrapos de neve mediterrânica.




Sobre o segundo termo BARÃO, fica a promessa de que após algumas consultas na Biblioteca Municipal de Loulé e a ajuda de alguns estudiosos da história local, tentaremos satisfazer a vossa curiosidade. Agradecemos a quem tiver elementos úteis que nos façam chegar os vossos contributos.


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

FICA ADIADA A ABERTURA DA BIBLIOTECA NA NAVE DO BARÃO



Devido a obras de remodelação e pintura na Sede Social da Associação "Os Barões". foi adiada a inauguração da Biblioteca/Ludoteca para o dia 19 de novembro.
Fica aqui o convite a todos e todas que desejarem participar neste momento simbólico.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

5 DE OUTUBRO REPÚBLICA E/OU FUNDAÇÃO DE PORTUGAL

A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA UMA PROMESSA NÃO CUMPRIDA

Hoje comemoramos 106 anos da implantação da República e o fim da desacreditada Monarquia, que foi derrotada militarmente após a relutância do Exército em combater um grupo de dois mil soldados e marinheiros revoltosos, que contavam com muito apoio popular. A República seria proclamada às 9 horas do dia 5 de outubro, na varanda dos Paços de Concelho da Capital. A República com as suas promessas generosas, muitas delas não cumpridas, sobreviveu 16 anos no meio de muita instabilidade política e bastante descontentamento popular, viria a cair na sequência do golpe militar de 1926, liderado pelo general Gomes da Costa. Na sequência do triunfo republicano Portugal passou a ter uma nova bandeira, um novo hino, uma nova moeda e entre outras mudanças destaca-se a separação entre a Igreja e o Estado, num contexto social muito marcado por um forte anticlericalismo.


O homem vale, sobretudo, pela educação que possui, porque só ela é capaz de desenvolver harmonicamente as suas faculdades, de maneira a elevarem-se-lhe ao máximo em proveito dele e dos outros.” (Decreto de 29 de Março de 1911)


A ORIGEM DA NACIONALIDADE
O dia 5 de outubro coincide também com a data que muitos consideram o dia de fundação de Portugal, remontando a 1143 com a assinatura do tratado de Zamora, celebrado entre Afonso Henriques, o seu primo Afonso VII e o cardeal Guido de Vico,
Há no entanto alguns historiadores, entre eles  José Matoso e Alexandre Herculano, que questionam a validade desta interpretação, uma vez que no referido tratado D. Afonso Henriques continuaria vassalo de Afonso VII, que é reconhecido como imperador de toda a Hispânia. O Condado Portucalense ficou no entanto subordinado ao poder papal de Roma. Perante o poder papal, Portugal seria reconhecido como estado independente apenas a 23 de Maio de 1179, através da Bula Manifestis Probatum.
Subsiste por isso a dúvida sobre em que data (5 de outubro ou 23 de maio ?) deveremos considerar a institucionalização de Portugal como reino independente. 
Para adensar mais esta duvida, acresce ainda que Afonso Henriques foi aclamado pelos portugueses como rei  soberano, na sequência da vitória na Batalha de Ourique, em 1139.


D.Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

UM PERIGO CHAMADO KRISTALINA



A candidatura surpresa de Kristalina Georgieva, vice-presidente da Comissão Europeia representa não só um perigo para a candidatura de António Gueterres mas também uma ameaça global que nos deve preocupar a todos.
Quem nos avisa é Adriano Moreira, um homem de direita íntegro, muito sábio e lúcido para os seus 96 anos. Trata-se de alguém com um conhecimento profundo da politica internacional e sabe bem do que fala.
A candidata foi lançada com o patrocínio dos Bilderberg que têm um projeto sinistro de dominar o mundo, criando um governo único no planeta, com exército e polícias privados, abolindo fronteiras, sem Estados Nação e sem moeda, cabendo a uma pequena elite governar o planeta e a restante humanidade, reduzida praticamente à condição de escravos. Este é o Admirável Mundo Novo de Kristalina e Durão Barroso.
Durão Barroso, que surge na imprensa internacional como promotor desta candidatura, apressou-se a dizer que apoia António Gueterres, para não parecer anti-patritota, mas devemos duvidar da sua palavra, sobretudo se nos lembramos que afiançou ter visto com os seus próprios olhos as armas de destruição maciça no Iraque, na sequência de ter sido moço de fretes na famosa reunião nos Açores com Bush, Blair e Asnar.
Para quem não sabe, Durão Barroso foi eleito na última convenção secreta dos Bilderberg como um dos nove homens que gerem esta organização secreta.
A sua eleição como presidente não executivo da Goldman Sachs torna evidente a cumplicidade entre a organização financeira especulativa, responsável pelas grandes crises mundiais de 1929 e 2008 e o poder oculto dos Bilderberg. Um casamento perfeito que junta o poder da alta finança mundial com o poder político, que reúne anualmente, em clima secreto e conspirativo, com chefes de estado, políticos influentes, jornalistas e especialistas famosos.
Por lá passaram quase todos os chefes de estado e primeiros ministros antes ou depois de serem eleitos e muitos políticos e jornalistas portugueses. Lá estiveram entre muitos outros Cavaco Silva, Passos Coelho, António Costa, Paulo Portas e ainda figuras relevantes do CDS, PSD e PS.
Podemos por isso especular sobre a defesa que António Costa fez de Durão Barroso, perante as reservas e distanciação da Comissão Europeia relativamente ao seu ex-presidente. Podemos e devemos interrogar-nos se esta intervenção política de António Costa é genuinamente de defesa de um português discriminado ou de conivência com a estratégia de Durão Barroso, chefe dos Bilderberg e da Goldman Sachs. 
A imprensa internacional dá conta também do envolvimento de eurodeputados do PSD na candidatura de Kristalina, certamente em articulação com Durão Barroso. Até que ponto Passos Coelho está ou não comprometido com esta candidatura, deve merecer a nossa atenção.
A víbora dourada ameaça o Mundo
O tempo o dirá.. estejamos atentos a esta nova ameaça global e exerçamos o nosso dever de cidadania ativa, crítica e esclarecida.
Obrigado Adriano Moreira pelo alerta... 

sábado, 17 de setembro de 2016

UMA BIBLIOTECA/LUDOTECA NA NAVE DO BARÃO

É um sonho antigo com 40 anos, ainda do tempo da Comissão de Moradores, alimentado pela saudosa professora baronense Maria da Conceição Guerreiro, conhecida na aldeia como a professora Sanita.
Por iniciativa da Associação "Os Barões", com apoio da Câmara Municipal de Loulé, vai nascer uma nova valência de Biblioteca/Ludoteca/Inforteca especialmente vocacionada para o público infantil e juvenil, sem esquecer a população adulta.
Ao contrário do que acontece com muitas aldeias do interior algarvio, a Nave do Barão foi-se renovando com jovens casais residentes, registando uma crescente presença infantil e juvenil, que merece especial atenção por parte desta Associação.
Este Centro de Recursos Educativos funcionará regularmente aos sábados à tarde, conta com uma equipa de animadores voluntários, será um espaço acolhedor para leitura, apoio às atividades escolares, proporcionando o  acesso às novas tecnologias da informação e a diferentes linguagens expressões.
A inauguração terá lugar no próximo dia 15 de outubro, pelas 17 horas e para o evento estão convidados os residentes na aldeia e em localidades vizinhas, os associados e representantes das instituições locais.
Todos os que desejarem apoiar esta iniciativa local podem colaborar oferecendo livros, revistas, jogos educativos, cds e outros recursos educativos julgados úteis.
Este projeto conta até ao momento com o apoio da Junta de Freguesia de Salir, da Câmara Municipal de Loulé, da Biblioteca Municipal de Loulé, da Associação In Loco e da Região de Turismo do Algarve.
Votos das maiores felicidades para CRE da Nave do Barão que será um  pólo cultural interessante bem no coração do Algarve Central.



Biblioteca de Vieira da Silva

sábado, 3 de setembro de 2016

CANÍCULAS DE AGOSTO- A SABEDORIA POPULAR NA PREVISÃO DO TEMPO

Os mais antigos ainda se lembram das Canículas de Agosto que usavam para fazer a previsão do tempo durante o mês de Agosto e no ano seguinte. Canícula seria sinal de calor, de tempo soalheiro, de tempo quase insuportável. Com base em estudos empíricos, sem uma aparente base científica, na Nave do Barão, como noutras aldeias do Algarve e Alentejo, tentavam prever o tempo e concluíram que o mês de Agosto tinha um comportamento climático inspirado nos meses do ano. O Borda d'Água, almanaque português editado desde 1929 pela Editorial Minerva, tem dado divulgado esta e outras tradições características do mundo rural.
Fotografia do Sol em  Agosto de 1973 enviada pelo satélite Skylab
Curiosamente o Centro de estudos Geográficos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, veio de certo modo avalizar com estudos científicos esta crença popular.
Segundo esta crença Agosto tirava o dia 1 para ele e até o dia 12 arremedava os restantes meses do ano. Assim o dia 2 teria uma manhã seca e fresca imitando o mês de Janeiro do próximo ano, o dia 3 antecipava o mês de Fevereiro, o dia 4 tempo húmido e seco com algumas nuvens, o dia 5 seria primaveril com possibilidade de chuviscos (Abril àguas mil), o dia 6 equivaleria a Maio, o dia 7 a Junho, o dia 8 a Julho, o dia 9 a Agosto, o dia 10 a Setembro, o dia 11 a Outubro, o dia 12 a Novembro e o dia 13 a Dezembro. Agosto tiraria o dia 14 para ele, iniciando-se as caniculares no dia 15 com Janeiro e por aí adiante até ao dia 26, que fecharia com Dezembro, tirando Agosto os restantes dias para ele.
Esta mitologia pode ter sido iniciada na Babilónia, apropriada pelo gregos e mais tarde pelos romanos, mas as mudanças climáticas observadas nos últimos milénios e a alteração do calendário Juliano, introduzido por  Júlio César 46 anos a.C,, feita em 1582 pelo Papa Gregório XIII, não permitem fazer uma transposição para os nossos dias.


Super Lua de Agosto




sexta-feira, 2 de setembro de 2016

COM ESTE TEMPO QUENTE VENHA O ARJAMOLHO

O Arjamolho é uma refeição típica do Barrocal algarvio, equivalente ao Gaspacho alentejano ou andaluz, que as pessoas das aldeias rurais comem ao almoço, para refrescar depois de uma manhã de trabalho no campo, nos quentes dias de Agosto. É uma refeição fácil de fazer que recupera o pão duro e utiliza os produtos estivais produzidos na horta, geralmente no quintal ou almeixar junto das casas.
Este manjar tradicional é quase sempre acompanhado com sardinhas e carapaus assados ou fritos e pode ser enriquecida a gosto,  usando de alguma imaginação, tornando ainda mais apetecível e diversificada esta refrescante refeição.
Há certamente várias maneiras de fazer mas vou partilhar aqui a receita que aprendi com a minha avó Jacinta e com a minha mãe Rosa e algumas pequenas inovações que introduzo, inspirado num gaspacho que comi no restaurante Brazão em Alcácer do Sal.
A receita tradicional varia de terra para terra, não é muito rigorosa nas quantidades pois utiliza o que está disponível em casa, podendo abdicar de algum dos componentes em função do gosto de cada um.


  • 200 a 300 grs de tomates maduros ;
  • 3 dentes de alho ;
  • 1 cebola pequena
  • 1 pimento verde ;
  • 20 a 50 grs de pepino
  • 1 dl de azeite ;
  • 2 cls de vinagre ;
  • 200 a 300 grs de pão caseiro duro ;
  • oregãos q.b. e sal grosso
  • 1 litro de água  fresca e cubos de gelo
Cortam-se em cubos  pequenos os tomates, o pimento, o pão, os alhos, a cebola e o pepino.
Antigamente moía-se num almofariz os alhos, uma porção do tomate maduro, da cebola, do sal e oregãos, regando com azeite enquanto se esmagavam esses ingredientes. Mas se utilizarmos a varinha mágica, a bimbi ou outro eletrodoméstico equivalente, basta colocar no copo e em poucos segundos temos feito o molho que vai dar o sabor tradicional ao Arjamolho.
Depois é juntar tudo num grande prato,  alguidar ou panela, regar com água fresca e cubos de gelo, mexer com uma colher e ir acrescentando o vinagre, provando até se aproximar do sabor tradicional ou do gosto pessoal de que está com a mão na massa.
Com as sobras do arjamolho, que pode ser um pouco mais acrescentado, usando a varinha mágica podemos liquefazer tudo e obtemos um gaspacho andaluz, onde podemos colocar um raminho de hortelã, que decora e aromatiza esta espécie de sopa bem fresquinha.

ALGUMAS PEQUENAS INOVAÇÕES
Se juntarmos um pouco fruta da época cortada em cubos pequenos, por exemplo o melão ou meloa, o pêssego, o ananás, a maçã, a pêra, o kiwi, ou até uns pedacinhos de presunto, bacon, azeitonas sem caroço, tornamos esta refeição ainda mais gostosa e apelativa.

Chaminé do Tio Lourenço na Nave do Barão
Desejo-vos bom apetite e que fiquem tão satisfeitos como fica a minha família, alguns amigos e até estrangeiros que procuram a Casa da Tita para umas férias diferentes




segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ORNITOLOGIA-ANILHAGEM CIENTÍFICA DE AVES NA FONTE BENÉMOLA

Na Fonte Benémola, no murmúrio de águas cristalinas, entre vegetação luxuriante, habita uma imensa variedade de aves residentes e acolhe temporariamente muitas espécies migratórias, vindas do norte da Europa ou de África. 
Neste paradisíaco recanto do Barrocal Algarvio, há um ornitólogo que há quase duas décadas, desenvolve de forma persistente e continuada, todos os sábados de manhã, a captura, estudo e anilhagem científica de aves, fornecendo ao ICN preciosa informação para conhecimento científico da avifauna da região e dos percurso migratórios das aves visitantes.
Sem qualquer remuneração ou fonte de financiamento oficial, o Sr. António Marques, termina a sua atividade profissional no Café Aquário em Faro, e, pelas 3 horas da madrugada vem montar as redes onde serão capturadas as aves que serão objeto de estudo ao raiar de um novo dia. 
Esta atividade meritória é verdadeiramente fascinante e pode ser partilhada por quem aceita o desafio de acordar cedo, ao sábado de manhã, para assistir e participar nesta aventura do conhecimento, com a mestria de alguém que investe o seu tempo ao serviço de uma nobre causa ambiental.
A Casa da Tita, unidade de Turismo Rural da Nave do Barão, tem vindo a divulgar junto dos seus clientes esta atividade meritória, acompanhando grupos interessados em vivenciar estas experiências ornitológicas.
No passado sábado, 13 de agosto, estivemos de novo com um casal de espanhois, que ficaram encantados com esta experiência singular, proporcionada pelo Sr. António e pela equipa de colaboradores composta pelo Tiago. pela Filipa e pelo Guillhoume.
As fotos que a seguir publicamos pretendem ilustrar os diferentes momentos deste percurso formativo simplesmente deslumbrante.
A captura numa das redes

Retirando com cuidado as aves capturadas

Por vezes não é fácil esta tarefa

As aves são colocadas em sacos opacos até serem estudados

Os investigadores partilham conhecimentos e esclarecem dúvidas

As andorinhas juvenis foram a grande novidade neste sábado

As penas fornecem informações muito importantes

Medindo as dimensões da asa
Partilhando as descobertas realizadas

A balança permite registar o peso de cada ave

A observação fornece dados importantes


O alicate ajusta-se ao tamanho das anilhas que variam com o tipo de ave

As informações ficam registadas e são enviadas para o ICN

A restituição à liberdade é um momento muito emocionante

O Sr. António é um mestre e um pedagogo paciente.

sábado, 6 de agosto de 2016

CASIMIRO DE BRITO poeta emocional algarvio

Poeta homenageado em Querença, no I Festival Literário Ibérico

Casimiro de Brito nasceu em 14 de janeiro de 1938 em Loulé, distrito de Faro.

Viveu a sua infância na região algarvia e tirou o Curso Geral do Comércio, na Escola Industrial e Comercial de Faro. Em 1956 criou no jornal A Voz de Loulé uma página literária designada Prisma de Cristal, que se publicou até 1959, durante 26 números. Nela colaboraram, entre outros, Ramos RosaGastão Cruz e Maria Rosa Colaço. De 1958 a 1964 dirigiu, em Faro, a colecção de poesia A Palavra na qual publicaram, entre outros, Fiama Hasse Pais BrandãoLuiza Neto Jorge e Candeias Nunes. Depois de uma passagem por Londres, em 1958, fundou e dirigiu com António Ramos Rosaos Cadernos do Meio-Dia (1958-60), onde se revelaram os poetas do movimento literário Poesia 61.
Autor de uma vasta obra literária onde predomina a poesia, Casimiro de Brito recebeu o Grande Prémio de Poesia Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Labyrinthus (1981), o Prémio Versília, de Viareggio, para a "Melhor Obra Completa Estrangeira", pela obra Ode & Ceia (1985), o Prémio de Poesia do P.E.N. Clube, pelo livro Opus Affettuoso seguido de Última Núpcia (1997), o Prémio Internacional de Poesia Léopold Senghor (2002), o Prémio de Poesia Aleramo-Luzi, para o Melhor Livro de Poesia Estrangeiro, com o Livro das Quedas (2004), e ainda o Prémio de melhor poeta do Festival Internacional "Poeteka" (anel de platina), na Albânia (2008).
Casimiro de Brito foi ainda nomeado Embaixador Mundial da Paz (ONG, Zurique) e, em 2008, foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com a Comenda[1] da Ordem do Infante D. Henrique.
in Wikipédia


Do Amor e da Morte

Temos lábios tenros para o amor 
dentes afiados para a morte 

Concebemos filhos para o amor 
para a guerra os mandamos para a morte 

Levantamos casas para o amor 
cidades bombardeamos para a morte 

Plantamos a seara para o amor 
racionamos o trigo para a morte 

Florimos atalhos para o amor 
rasgamos fronteiras para a morte 

Escrevemos poemas para o amor 
lavramos escrituras para a morte 

O amor e a morte 
somos 

Casimiro de Brito, in "Telegramas" 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A LITERATURA IBÉRICA POVOA QUERENÇA

Durante três dias (5-6 e 7 de agosto) Querença vai acolher o I FESTIVAL LITERÁRIO, promovido pela fundação Manuel Viegas Guerreiro, trazendo a esta bonita e altaneira localidade diversos escritores ibéricos, que por aqui vão partilhar saberes, arte literária, sonhos e inquietações.
O programa tem início na sexta feira dedicado aos poetas andaluzes, no sábado vai homenagear o poeta algarvio Casimiro de Brito e termina no domingo com poetas portugueses.
A cultura, o cinema, a música, a literatura, a poesia e a criação literária vão andar de mãos dadas por Querença, com exposições, feira do livro, animação de rua, cruzando-se com a gastronomia regional em conversas à mesa, a partir das 15 horas, prolongando-se pela tarde e noite.
Merece a pena visitar Querença neste fim de semana e vivenciar este interessante contexto cultural, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.
Alimentamos a QUERENÇA de que este evento seja um sucesso e venha a contar com outras edições em anos seguintes.

Manuel Viegas Guerreiro

Igreja de Querença

terça-feira, 19 de julho de 2016

Rally Paper na Nave do Barão

Desta vez o Carlos Graça imaginou um percurso praticamente desconhecido para a maioria dos participantes, que concluíram a prova dentro do tempo regulamentar. Divertida foi a chegada dos grupos como podem ver pelas fotos. O Sérgio, a Maria e a Ana Teresa conseguiram 440 pontos e ficaram em primeiro lugar, conquistando o direito de um Safari inesquecível. Os Bzidrólogos, com menos cinco pontos, ficam em segundo e vão usufruir da hospitalidade da Casa da Tita, Os Turbo, também com 335 pontos, mas com menos pontaria nas setas vão ter direito a um fim de semana e viatura oferecida pela VISACAR. Em quarto lugar os Duros, igualmente com 335 pontos e pior pontaria nas setas, vão deliciar-se com duas refeições gentilmente oferecidas pelo Franguinho de Albufeira.  Os Últimos, com 430 pontos, vão experimentar  a gastronomia do Rui no Porto Doce.Os restantes cinco grupos tiveram direito a troféu e o galo caseiro sorteado saiu aos Lealíssimos.
O Jantar foi um momento muito gratificante com um público muito juvenil em agradável convívio pela noite dentro. Parabéns à organização e aos que aceitaram o desafio de descoberta de lugares desconhecidos e pormenores invisíveis observados com atenção pelos concorrentes.
Os Bezidrólogos chegaram primeiro
Os Jovens muito divertidos

Casal vencedor com assessoria da Ana Teresa


Um casal perfeito
Os Duros na chegada à meta



As Joaquinas no seu melhor

Lealíssimos... o galo já lá canta

Os últimos afinal ficaram em 5º lugar

Concorrente solitária 

Ana Teresa vestida para ganhar
Lindas..., avó e neta

Casal sexy


O avô Cantigas também participou
O público diverte-se imenso


Faltou a depilação....

No meu tempo não se viam estas pouca vergonhas...
Estes baronenses devem estar loucos....

NOS JOGOS TRADICIONAIS
No Jogo do Burro o Miguel Pereira foi o vencedor com 2860 pontos, seguido do Ricardo e do Arménio.
Nas SETAS o Sérgio ficou em primeiro lugar. seguindo-se a Sandra e a Paula.
 No Jogo do Bicho o Sebastião conquistou
o primeiro lugar, seguido pelo Sérgio e o Eric.