Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A LENDA DE S.VICENTE, OS CORVOS DE LISBOA E O SACRO PROMONTÓRIO

Como viajou S.Vicente de Saragoça, mil anos depois da sua morte de Sagres para Lisboa, guardado por dois corvos e se tornou num dos santos mais influentes em Lisboa e no Algarve? 
...................................Diz a lenda que no tempo do Imperador Romano Diocleciano a Ibéria era governada
pelo delegado imperial Daciano que perseguiu os cristãos e torturou até à morte S.Vicente de Fora, por se recusar a fazer sacrifícios aos deuses Romanos.
Na imagem, S. Vicente estará sobre uma grade em brasas e o representante de Roma a assistir ao martírio.
Conta ainda a lenda que  os seus restos mortais foram bem guardados e quando os Mouros conquistaram aquela região espanhola, foram transportados numa arca resistente e enterrados perto de Sagres, junto ao Promontório que passou a ter o nome de Cabo de S. Vicente.
Reza ainda a história que D. Afonso Henriques, durante a conquista de Lisboa, prometeu construir um convento com o nome do mártir e aproveitou uma moratória de cinco anos de paz, assinada com o rei mouro Albojaque de Sevilha, para encomendar a cristãos valencianos que o ajudaram na batalha de Ourique,o resgate dos restos mortais de S. Vicente de Fora. Nesta expedição a arca já carcomida pela humidade transportou as relíquias até Lisboa e segundo a lenda, dois corvos algarvios, acompanharam a barca com os vestígios do santo. Chegados a Lisboa,(demorou algum tempo a translação), os supostos restos mortais do santo foram transportados secretamente para o mosteiro de S. Vicente, mas os corvos marafados continuaram nos seus postos de vigia, sem retirar as suas delicadas garras, da popa e da proa da embarcação. E conquistaram assim o direito de figurar como símbolo de Lisboa. Segundo o Frei João de S. José, no dia seguinte, os cónegos da Sé com solene procissão, "desviaram" os restos mortais de S.Vicente para a Sé Catedral de Lisboa. Relata ainda o mesmo autor, que 400 anos depois, os dois corvos continuavam a guardar o seu santo protetor e era tão forte esta relação amorosa, que quando um rapazito chamado João apedrejou as  pobres aves, ficou paralisado de braços e pernas. Mas ao que parece, graças às lágrimas do pai da criança junto do sepulcro do santo, o seu filho voltou a recuperar as suas anteriores capacidades, podendo continuar a fazer tropelias.Este santo protetor dos vinhateiros, enólogos e consumidores do sagrado nétar, deu ainda nome aos famosos Painéis de S. Vicente, pintados pelo mestre Nuno Gonçalves, mas essa história não cabe neste breve apontamento. 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

NASCIMENTO ÚLTIMO - poema de Ramos Rosa

Como se não tivesse substância e de membros apagados.
Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra.
E germinar no sono, germinar na árvore.
 
Tudo acabaria na noite, lentamente, sob uma chuva
densa.
Tudo acabaria pelo mais alto desejo num sorriso de nada.
No encontro e no abandono, na última nudez,
Respiraria ao ritmo do vento, na relação mais viva.
Seria de novo o gérmen que flui, o rosto indivisível.
E ébrias as palavras diriam o vinho e a argila
e o repouso do ser no ser, os seus obscuros terraços.
Entre rumores e rios a morte perder-se-ia.

RAMOS ROSA - Poesia e arte de ser Pessoa

Ramos Rosa , esse notável poeta nascido em Faro em 17 de outubro de 1924, faleceu hoje em Lisboa e será sepultado no Cemitério dos Prazeres, no Jazigo dos Escritores.
Despediu-se de nós com a frase "Estou vivo e escrevo sol", deixando-nos uma obra imensa onde a poesia tem uma expressão maior.
Frequentou o liceu de Faro, mas por razões de saúde não concluiu os estudos secundários. Foi um autodidata incansável, empregado de escritório por algum tempo, deu explicações de inglês e francês, tradutor, poeta e ensaísta, militante anti salazarista membro MUD juvenil, publicista e fundador das revistas literárias Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia. A sua extensa obra literária mereceu reconhecimento internacional e nacional, tendo-lhe sido atribuído o Prémio Pessoa em 1988 e prémios de poesia pela APE em 1989 e 2005.
Para conhecer mais sobre António Ramos Rosa consultar:  http://antonioramosrosa.blogspot.pt/

domingo, 22 de setembro de 2013

PÔR DO SOL EM FARO

Foto de Elisabete Luz
Já se está o Sol a pôr
Que é o rei das alegrias;
Como pode o Sol ser velho
Se nasce todos os dias.
Poesia popular

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A ASSOCIAÇÃO "OS BARÕES" - Precisa de brilhar de novo

As associações são como as pessoas, respiram em marés de esperança, crescem com as energias renovadas dos seus dirigentes e família associativa, morrem em ambientes  de contagiosos  desalentos e abandonos, reanimam-se com as entrega generosa e criadora do voluntariado.
Há alguns anos que a associação "Os Barões" vive uma profunda crise diretiva, deixando de ser a alma da aldeia que a gerou e hoje sobrevive apenas da carolice da Marieta, que lá vai pedalando na sua bicicleta para abrir portas e assegurar o serviço de Bar duas vezes por semana.
Sede da Associação Os Barões na Nave do Barão

É preciso renovar este projeto associativo, dando nova alma à coletividade e à Nave do Barão, mobilizando boas vontades dos baroneneses e das baronesas, contando especialmente com  a força anímica e a criatividade das novas gerações, que constituem um precioso capital humano que deve ser posto ao serviço deste valioso património cultural coletivo,verdadeira seiva desta aldeia rural, situada no coração do Algarve interior.
Vencedor da prova de vinhos caseiros, realizada em 2006, com o presidente da Mesa da Assembleia Geral 


terça-feira, 17 de setembro de 2013

POEMA DE MANUEL GUERREIRO da BRAZEIRA

MOTE:
Eu vou-me deixar da bebida
Para não fazer mais asneiras
Porque já conto na minha vida 
quarenta e quatro bebedeiras.
I
Apanhei uma em Salir
Apanhei uma na Beirada
No Cotovio outra dada
no Almarginho até cair.
Na Pena deu-me para dormir
Em Benafim grande torcida
Não deixo a de Alte esquecida
Em Messines já parecia uma pipa
E andava lá no Alto Fica
Eu vou-me deixar da bebida.
II
Apanhei uma em Loulé
Apanhei outra em Quarteira
Outra em Faro  em dia de Feira
No Barranco Velho não estava de pé
Outra em Castro lá no café
Outra na Corte Romeiras
Apanhei uma em Lameiras
Outra em Pedra Furada
Em Beja já não via nada
Mas vou-me deixar de asneiras.
III
Apanhei uma em Pêro Pinheiro
Outra no Monte Lavar
Em Sintra não podia andar
E apanhei uma no Barreiro
Apanhei uma no Carregueiro
Foi a de Alcácer muito parecida
A de Lisboa foi muito comprida
Apanhei outra nas Pedras Brancas,
Mas que grande meda de mantas
 Que eu já conto na minha vida.
IV
Apanhei uma na Tameira
Apanhei uma no Malhão
Apanhei outra no Barrancão
Apanhei outra na Sobreira
Apanhei uma na Brazeira
Na Cortinhola das primeiras
No Espargal até parti cadeiras
No Monte Ruivo deu-me para dançar
E mesmo agora acabo de contar
Quarenta e quatro bebedeiras.





44 BEBEDEIRAS de Manuel Guerreiro da Brazeira

Nascido  em 1935 na Brazeira, Salir, pedreiro e um  genuíno poeta popular muito conhecido na região , que tem uma pequena parte da sua obra poética, organizada em "décimas", publicada no livro editado pela Associação Cultural de Salir em 1991.
Publicamos hoje um poema engraçado intitulado 44 bebedeiras.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ÁGUA DE MONCHIQUE, elixir da longa vida

O precioso elixir da longa vida almejado pelos alquimistas foi descoberto nas Caldas de Monchique. Já os Romanos aqui construíram um Balneário, beberam  dessa poção mágica a que chamavam "Águas Sagradas", que sai das termas a uma temperatura de 32.ºC. Estas águas minero-medicinais ricas em bicabornatos,sulfatos, fluoretos,nitratos, cálcio, magnésio, sódio e potássio, concorreu  com as principais aguas prémium de todo o mundo, onde figuravam as águas de excelência  a "Voss" da Noruega e a "Fine" japonesa e foi considerada a água mais pura do mundo vinda de aquífero natural puro.


O chanceler da Confraria da Água de Portugal, Belmiro Couto, reconheceu que a água de Monchique deve figurar ao lado das melhores águas gastronómicas do mundo, devendo ser considerada como produto gourmet. Estas termas medicinais foram muito apreciadas pela aristrocracia do Sec. XIX e muito procuradas no sec.XX para afeções das vias respiratórias, doenças musculo-esqueléticas. Segundo alguns testemunhos de pessoas da Nave do Barão, as pessoas com mais posses na aldeia iam anualmente a banhos nas Termas das Caldas de Monchique e o meu avô António Sarmento assegurava o transporte de pessoas e bens no seu carro de besta tradicional, que era movido graças à energia da palha, que o seu macho transformava em energia motora.
Estudos científicos recentes comprovam que é muito recomendada para hidratar e tratar a pele, combater a osteoporose, mas também porque RETARDA O ENVELHECIMENTO, aumenta a proteção antioxidante e ajuda as defesas do nosso corpo.
Como conseguem estas águas mágicas retardar o envelhecimento? -----------------------------------------
Segundo os especialistas o nosso sangue tem um PH médio de 7,365, sendo por isso ligeiramente mais alcalino do que ácido. Com o envelhecimento vai diminuindo a percentagem de água no corpo e há uma tendência para acidificação e esta água devido ao seu PH de 9.4, o mais elevado das águas de Portugal, ajuda a contrariar essa tendência, tendo um efeito rejuvenescedor das células do nosso corpo.Também o stress, a poluição, o tabagismo e a atividade física intensa aumentam a produção de ácido pelas células, sendo por isso também recomendável para idades menos veteranas.
Este elixir da juventude pode ser adquirido em alguns supermercados por preços muito económicos (pode ver a lista de distribuição em http://www.aguamonchique.pt/ ) e foi descoberto pelos orientais ( sobretudo China, Macau, Hong Kong), para onde é exportada cerca de 30% da produção termal.

Chic são as novas garrafas das águas de Monchique
As Caldas de Monchique são um local calmo, convidativo, tem uma vegetação luxuriante e é onde se pode encontrar a maior Magnólia da Europa.

domingo, 8 de setembro de 2013

As Mondadeiras das Barrosas recriam músicas e cantares da região

Em 1986, Barrosas fundou o Rancho Folclórico “As Mondadeiras das Barrosas”, daí a necessidade de se criar a Associação Cultural e Recreativa das Barrosas, no ano seguinte (1987), como suporte jurídico.
A Associação é sedeada no sítio das Barrosas – Salir, numa zona rural desfavorecida, onde é a única Associação empenhada no desenvolvimento cultural, desportivo e recreativo local, numa perspectiva de intervenção participativa da população.
A sua sede é o local de convívio recreativo de toda a população local.
Este grupo, que reúne meia centena de marafados e marafadas, faz a divulgação dos usos e costumes desta zona, mediante as danças, os cantares e os próprios trajes, recolhas feitas na Freguesia de Salir.
Para conhecer melhor este projeto visite o sítio http://www.acrbarrosas.pt



sábado, 7 de setembro de 2013

Nave da minh'alma

As águas vagueiam distantes
por detrás daqueles montes,
enchendo ribeiras de esperança
em invernos de nuvens vagabundas. 

Pétalas, matizadas de orgulho,
de flores silvestres multicores,
salpicam a terra vermelha,
fecundando raízes no ventre da terra.

O tempo "esse escultor", voa veloz
na aldeia dos meus sentidos,
viajando  nas asas do desejo
envolto em brumas celestiais.

Mulheres, em mesas redondas
desfiam palavras e ilusões,
espalhando cartas e emoções
em momentos únicos partilhados.

Homens, encostados ao balcão,
sorvem cálices de espanto.
Imaginários de semi-deuses,
efémeros, frágeis e falíveis.

E almas insatisfeitas como eu,
perseguem eternas utopias,
semeando afetos e inquietações
"na espuma dos dias".

J.A. 







Uma parte do Tio Chico Inês de 1964

Na venda do Tio Pires havia uma mercearia e o telefone público que estavam ao cuidado da Tia Maria da Luz e a parte da taberna gerida por ele, com balcão, bancos e cadeiras e uma mesa de matraquilhos. A taberna era também o local onde estava a televisão (a única da aldeia) alimentada por um gerador a petróleo. Como a Nave do Barão fica num vale o Tio Pires resolveu instalar a antena no cerro em frente para poder captar imagens da RTP


Depois de uma manhã de trabalho, os homens encalorados almoçavam  e marcavam encontro na Venda do Pires.

Entrou um caixeiro viajante que devia vir abastecer a venda do Tio Pires ou a mercearia e mal pisou a soleira da porta, o Tio Chico Inês mudou de logo de conversa e alterou o tom de voz para dar ênfase à narrativa.
- Era uma bicha de meter respeito. Nunca se tinha visto uma cobra tão grande na região como aquela que mataram hoje da manhã ali nas Quatro Estradas. 
O Tio Pires, ajudando à festa continuou:
- Já telefonei para Faro a avisar que matámos uma bicha talvez maior que uma jibóia.
E o Tio Chico Inês continuou com aparente indiferença ao forasteiro que o ouvia com muita atenção:
-É uma coisa digna de ser vista,... já começaram a vir pessoas das redondezas para ver. A bicha devia ter engolido algum borrego porque tinha uma barrigada, ...
O homem mostrando-se cada vez mais interessado perguntou:
-Mataram uma cobra assim tão grande? Onde disse que está a bicha?
O Tio Chico Inês explicou onde ficava o cruzamento na várzea e o homem saiu apressado para poder contemplar o fenómeno.
Passado algum tempo, talvez cerca de meia hora, voltou dizendo que não tinha visto nada no local indicado nem avistou vivalma, muito menos o tal magote de pessoas de que falou.
O Tio Chico Inês não se desmanchou e explicou que devem ter sido uns entendidos vindos de Faro que vieram buscar o animal para um museu.
O vendedor olhou para o Tio Pires que confirmou que uma carrinha passou com uns indivíduos e perguntaram onde podiam encontrar o animal.
E o homem lá foi à vida dele com pena de não ter visto a cobra gigante ...
Dentro da venda, quando ele se afastou, ficaram a rir ... e a comentar ...


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A MELHOR PRAIA DO ALGARVE

A Praia Dona Ana, no Algarve, foi considerada uma das melhores do mundo. A distinção é da prestigiada revista espanhola Condé Nast Traveller que publicou a lista das 50 melhores praias do mundo, onde figuram ainda mais três portuguesas.Recorde-se que a Praia da D. Ana já foi citada algumas vezes como uma das praias mais bonitas de Portugal e nomeada para o Óscar da melhor praia do mundo em 2010. Em forma de quarto crescente possui águas cristalinas e cerca de 200 metros de areia fina e dourada numa zona de costa escarpada no Algarve e que atrai milhares de visitantes nos meses de verão. É um lugar paradisíaco marcado por cenários de falésias escarpadas na costa.Está rodeada de altos rochedos mas tem passagens pedonais de fácil acesso. Tem também um restaurante simpático com comida regional e internacional. Pode aceder ao videoamador no lado esquerdo vivenciar melhor este recanto mágico da bonita cidade de Lagos.
Outra das melhores praias do mundo é a de Santa Cruz, em Torres Vedras, que surge na 16ª posição do ranking. “A apenas meia hora de Lisboa”, esta praia representa “todo o encanto da costa portuguesa”, diz a revista.
O 18º lugar é ocupado pela Praia do Amado, no Algarve, considerada “uma das melhores praias de toda a Europa para a prática de todos os tipos de desportos aquáticos”, em especial o surf.
Fontes de informação utilizadasnofemininonegocios.com e site da Câmara Municipal de Lagos


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mãe Teresa e filho Sérgio

Da Nave para a América, sobrevoaram o Atlântico os baronenses Casimiro e Teresa para irem ao casamento da neta Jenny. A foto mostra bem a alegria do reencontro entre mãe e filho em terras americanas.

Histórias antigas do Tio José da Avó


Um dia andava com a minha Gertrudes na "aceifa", veio-me um secura à garganta, andei à procura do barril, corri tudo e não o encontrei.
Perguntei à minha mulher pelo barril e procurámos os dois mas não o conseguimos "incontrar".
Duas semanas depois levei os molhos de trigo para a debulhadora que estava ali no Monte Velho, carreguei os molhos para cima da máquina, trouxe o trigo e "acarretei" a palha para a cabana na gorpelha, com o  burro.
Uma bela noite fui dar palha ao burro com um candeeiro a petróleo então não fui encontrar o raio do barril na manjedoura do burro,  misturado numa mão cheia de palha que lá pus.
Há coisas do diabo...se contar ninguém acredita...


domingo, 1 de setembro de 2013

Ó Laurinda, linda, linda - Canção popular de Monchique-Alferce

Do cancioneiro popular do Algarve, foi recolhida por Fernando Lopes Graça e ganhou maior visibilidade pela voz de Vitorino., que pode ouvir clicando no seu lado direito. A letra é um espanto e a música muito bonita. Depois de um comentário à versão anterior procurámos e publicamos a versão que julgamos original.

Am
Oh Laurinda, linda, linda (bis)
    Dm                    Am
És mais linda que o Sol
        Dm                    Am
Deixa-me dormir uma noite
            E                Am
Nas dobras do teu lençol.

Sim, sim, cavalheiro, sim (bis)
Hoje sim, amanhã não.
Meu marido não está cá
Foi p'ra feira do Gravão.

Onze horas, meia-noite (bis)
Marido à porta bateu
Bateu uma, bateu duas
Laurinda não respondeu.

Ou ela está doentinha (bis)
Ou já tem um novo amor.
Ou então procura a chave
Lá no meio do corredor.

De quem é aquele chapéu (bis)
Debruado a galão?
É para ti meu marido
Que o fiz eu por minha mão.

De quem é aquele casaco (bis)
Que ali vejo pendurado?
É para ti meu marido
Que o trazes bem ganhado.

De quem é aquele cavalo (bis)
Que na minha esquadra entrou?
É para ti meu marido
Foi teu pai que to mandou

De quem é aquele suspiro (bis)
Que ao meu leito se atirou?
Laurinda que ouviu aquilo
Caiu no chão, desmaiou.

Oh Laurinda, linda, linda (bis)
Não vale a pena desmaiar.
Todo o amor que eu te tinha
Vai-se agora acabar.

Vai buscar as tuas irmãs (bis)
Trá-las todas num andor.
E a mais linda delas todas
Há-de ser o meu amor.



ROCHA DA PENA- Mistério por desvendar

A Rocha da Pena (479 m) constitui uma das elevações do Barrocal, e localiza-se nas freguesias de Salir e Benafim, concelho de Loulé. Apresenta uma cornija calcária com cerca de 50 metros de altura, cujo planalto atinge aproximadamente 2 quilómetros de comprimento. A acção erosiva da água sobre o calcário deu origem a formações cársicas como a gruta do Algar dos Mouros, que de acordo com a lenda terá sido um local de refúgio dos mouros após a conquista de Salir por D. Paio Peres Correia. A sua importância geológica, arqueológica, ambiental e paisagística determinou a atribuição do estatuto de Sítio Classificado .
Flora Uma das riquezas da Paisagem Protegida é a grande diversidade da sua flora, possuindo mais de 500 espécies, das quais algumas são endémicas e muitas outras são medicinais e aromáticas. Fauna Devido à sua localização geográfica, a Paisagem Protegida possui uma grande diversidade de avifauna, tendo sido avistadas cerca de 122 espécies que, na sua maioria, são residentes, embora também se encontrem aves migratórias, invernantes, nidificadoras e estivais. Há muito por desvendar na Rocha da Pena nas grutas de formação calcária mas sobretudo o significado do enorme muro de pedras soltas alinhadas, formando uma espécie de muralha. Quem e quando terá sido feito este curioso alinhamento?
--------------------------------------------------------------------------------------- ROCHA DA PENA - A mystery to unravel Rocha da Pena (479 metres high) is one of the several elevations within the Barrocal region. It is located in between the parishes of Salir and Benafim, which belong to the Municipality of Loulé. Rocha da Pena comprises a 50-metre-high calcareous cornice and a plateau that almost ends up reaching a lenght of 2 kilometres. The water erosion over the limestone has given rise to karstic formations such as the Algar dos Mouros cave, which, according to the legend, might have been a place of refuge for the Moors after the conquest of Salir by D. Paio Peres Correia. Its geological, archaeological, environmental and landscape importance were a determining factor in the grant of the status of Classified Site. Flora What is abundant in this Protected Area is the great diversity of flora, which comprises over 500 species, some of which are endemic, medicinal and fragrant. Fauna Due to its geographical location, the Protected Area possesses a huge variety of avifauna. Roughly 122 species have already been spotted. Most of them are resident, although migratory, wintering, summer and nesting birds can also be found there. There is a lot to unravel in Rocha da Pena, from the caves of calcareous formation to the meaning conveyed by the huge, lined-up, loose-stone wall that seems to reproduce a sort of castle wall. Who could have been responsible for this curious alignment? And when could this wall have been made? -------------------------------------------------------------------------------------
ROCHA DA PENA - Un mystère à dévoiler Rocha da Pena (479 m) constitue une des élévations de la montagne de l'Algarve. Celui-ci se trouve dans les paroisses civiles de Salir et Benafim ainsi que dans la municipalité de Loulé. Cette élévation présente une corniche calcaire avec environ 50 mètres de hauteur dont le plateau a d'environ 2 kilomètres de longueur. L'érosion de l'eau sur le calcaire a donné lieu à des formations karstiques, comme par exemple, la grotte d'Algar dos Mouros, qui, selon la légende, aurait été un refuge pour les Maures après la conquête de Salir par D.Paio Peres Correia. Son importance géologique, archéologique, environnementale et paysagiste a déterminé l'attribution du statut de site classé à Rocha da Pena. Flore La grande diversité de flore c'est une des richesses de ce Paysage Protégé, qui possède plus de 500 espèces, dont certaines sont endémiques, médicinales et aromatiques. Faune Rocha da Pena contient aussi une grande diversité d'avifaune à cause de son emplacement géographique. Environ 122 espèces ont été déjà aperçues dans ce Paysage Protégé. La plupart des espèces sont résidantes, bien qu’il y ait aussi des oiseaux migratoires, hivernaux, estivaux et constructeurs de nids. Il y a beaucoup à dévoiler, pas seulement dans les grottes de formation calcaire à Rocha da Pena, mais aussi la signification de l'énorme mur composé de pierres détachées en ligne droite, qui semble une sorte de muraille. Qui aurait fait ce curieux alignement? Et quand?

CENTRO DE BUDISMO TIBETANO NA SERRA DO CALDEIRÃO

O Centro Budista Tibetano Humkara Dzong é um centro de estudos e prática do Budismo Tibetano e pode ser visitado por qualquer pessoa, independentemente das suas crenças religiosas. Está aberto todos os dias . Fica no Malhão, no coração do Algarve interior um espaço lindíssimo, no cimo do monte com quase 600 metros de alturas com vista a 360º para o horizonte (de onde se pode ver o mar e as serranias verdejantes). A entrada é gratuita e livre. A entrada no Centro é ladeada por um conjunto de bandeiras evocativas de oração. São cinco cores, cada uma representando um elemento e estando associado a um ponto cardeal. A bandeira azul é a primeira – representando o céu e o poente; a branca simboliza as nuvens e o centro; a vermelha, o fogo e o nascente; a verde, o vento e a madeira e está associada ao norte; e por fim a amarela, que representa a terra e está associada ao sul.
O Stupa é o monumento religioso central, local de adoração e que contém relíquias sagradas, réplica inspirada no mais antigo monumento da religião Budista. Sendo um elemento extremamente positivo, aconselha-se andar à volta dele, no sentido dos ponteiros do relógio, formulando votos para a paz mundial, para o bem estar dos nossos entes queridos e o bem estar de todos os seres vivos em geral.A base quadrada representa o elemento terra, a cúpula hemisférica a água, o pináculo cónico o fogo, o guarda sol de lótus e a lua crescente o ar, sendo que o sol e o ponto de dissolução representa o espaço. 
Para os interessados em pernoitar podem contactar o próprio Centro Budista Telefone 289 489 062, Website www.okc-net.org ou escolher um dos alojamentos locais: 
ver www.casadatita.pt  289102051-962638117, ou Casa da Mãe www.casadamae.com, 289489179

APONTAMENTOS RECOLHIDOS EM: http://caboacabo.blogspot.pt/ http://viajarso.blogspot.pt/2012/04/budismo-no-malhao-algarve.html http://uniaobudistaportuguesa.blogspot.pt The Humkara Dzong Tibetan Buddhist Centre is a centre for studies and Tibetan Buddhist practice. It is open everyday and to everyone, regardless of any religious beliefs. This Buddhist retreat centre is located in Malhão, an isolated spot in the very heart of the Algarve mountain range. This beautiful place contains a 360º overview to the horizon, including the sea. It is open to the public free of charge. When you enter the Centre, you come across an array of prayer flags. There are five different colours, where each one represents an element and is associated with a cardinal point. In this way, the blue flag is the first one - this colour represents the sky as well as the west; the white one symbolizes the clouds and the centre; red stands for the fire and the east; green represents the wind and wood and is connected with the north; and finally, the yellow one, which is a symbol for the earth element and the south. Stupa, the central religious monument, is the place of worship that contains relics. It is considered to be the most ancient monument in Buddhist religion. Stupa is an extremely important component for Buddhism. It is thus advised to walk around the monument clockwise while coming up with the vows for world peace as well as for the welfare of our loved ones and human beings in general. The square base stands for the earth element; the water is represented by the hemispherical dome; the cone-shaped pinnacle symbolises the fire; the sunshade lotus and the crescent moon are a representation of the air element; the space is symbolized by the sun and the point of dissolution. NOTES COLLECTED FROM: http://caboacabo.blogspot.pt/ http://viajarso.blogspot.pt/2012/04/budismo-no-malhao-algarve.html http://uniaobudistaportuguesa.blogspot.pt -----------------------------------------------------------------------------------------------
Le Centre Bouddhiste Tibétain Humkara Dzong est un centre d'études et de pratique du bouddhisme tibétain. Celle-ci peut être visité par n’importe qui, quelle soit votre appartenance religieuse. Le Centre est ouvert tous les jours. Humkara Dzong se trouve à Malhão, un endroit isolé au cœur de l'Algarve intérieur. Malhão est un beau coin avec vue de 360º sur l'horizon et sur la mer. L'entrée est gratuite. Un ensemble de drapeaux de prières sont placés même à l'entrée du Centre. Il y a cinq couleurs, chacune représente un élément et est lié à un point cardinal. De cette façon, la première couleur est le bleu, qui symbolise le ciel et l'ouest: le blanc représente les nuages ainsi que le centre; le feu et l'est sont symbolisés par la couleur rouge; le vert représente deux éléments (le vent et le bois) ainsi que le nord; et, enfin, il reste le jaune, responsable par la représentation de la terre et du sud. La Stupa est le principal monument religieux, un local de culte qui contient des anciennes reliques bouddhistes. Celui-ci est considéré comme le monument le plus ancien de la religion bouddhiste. En étant considéré comme un élément très positive, il est vivement conseillé de marcher dans le sens des aiguilles d'une montre autour du monument tandis que vous formuliez les vœux de la paix mondiale, du bien-être pour nos proches ainsi que de les êtres vivants. La base carrée représente la terre alors que la dôme hémisphérique est l'emblème de l'eau; le pinacle conique symbolise le feu; le croissant de lune et le pare-soleil en forme de lotus sont une représentation de l'air tant que le soleil et le point de dissolution symbolisent l'espace. Dimanche, 4 août 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

SARAMAGO E AS FÚRIAS PRIVATIZADORAS DO BEM PÚBLICO

José Saramago, prémio Nobel da Literatura descreveu esta febre privatizadora do que deve ser património de todos, de forma muito acutilante e satírica:«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.» José Saramago - Cadernos de Lanzarote

BANHO DE SANTA ROSA NA FONTE SANTA EM QUARTEIRA

No Dia 30 de Agosto, dia de Santa Rosa, vindos com antecedência em burros e carroças da Nave do Barão e do Barrocal Algarvio, eram muit@s @s que se reuniam na Fonte Santa em Quarteira, para participar no banho santo, que segundo a crença popular tinha poderes curativos para muitas doenças e más formações, mas sobretudo doenças da pele, dores e reumatismo. Os muitos visitantes aqui reunidos montavam arraiais nas imediações da Fonte Santa e formavam uma espécie de feira com comidas e diversões, onde não faltava a música e os bailaricos. No o blogue Marafações de uma louletana é citada a “Monografia do Concelho de Loulé” (1905),onde Ataíde de Oliveira se refere à Fonte Santa: “Ao Sul da freguezia de S. Clemente de Loulé existe uma copiosa fonte, chamada a Fonte Santa, cujas águas são de maravilhosos effeitos para doenças cutâneas, para dôres e mais doenças rheumaticas.”Segundo algumas investigações históricas o romanos já teriam utilizado este local para fins termais.As propriedades destas águas cloretadas sódicas e bicarbonetadas cálcias, foram investigadas nos anos trinta do século passado, e comprovadas pelo Instituto de Hidrologia de Lisboa que emitiu em 1967 o seguinte parecer:" recordam algumas águas da Estremadura, de cronograma bastante aproximado, como Cadafais, Pedrógão, Verride, Convento da Visitação, S. Marçal, Vimeiro e Zambujal”, sendo eficazes no combate de doenças tais como “reumatismo, doenças de pele, afecções digestivas […]”.Hoje este património natural que era acessível a todos os que queriam usufruir das suas virtudes, foi confiscado para usufruto apenas dos residentes nos empreendimentos turísticos ali construídos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

POSSO TER DEFEITOS - Contributo para a FELICIDADE

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…” Augusto Cury Dez leis para ser feliz da Editora Sextante. Ano 2003

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ELOGIO DOS MENTIROSOS DA NAVE DO BARÃO

NAVE DO BARÃO FOI PIONEIRA NOS APANHADOS

Hoje em dia inventam-se apanhados, para fazer rir os espetadores explorando a ingenuidade ou generosidade dos que desprevenidos caem nas "armadilhas" programadas, utilizando por vezes recursos bastante sofisticados. Esta tradição sempre foi muito forte na Nave do Barão, havia grandes especialistas na arte de enganar forasteiros incautos e até as pessoas da própria aldeia. Isso acontecia geralmente em lugares públicos, perante uma plateia atenta e cúmplice, que sabia conter o riso e colaborar na encenação. Assisti a muitos desses "apanhados" e preveni muitas vezes amigos meus que me visitavam ou comigo iam passar alguns dias, mas apesar desses avisos, geralmente caiam como "patinhos".Uma das vezes que tenho na memória, passou-se com o meu amigo Francisco Branco que veio ter comigo para que fôssemos ver aquelas verdadeiras maravilhas da natureza, que eram as ninhadas de coelhos bravos, que faziam criação dentro de melancias na Lagoa da Nave.Eu conhecia as "artes" da aldeia e muito prontamente disse-lhe que tudo isso era pura invenção... Acham que ele acreditou em mim? Tive que ir com ele de bicicleta ao pé das ditas melancias para ele ver com mos seus próprios olhos e verificar que tinha sido vítima de mais um "apanhado". São tantas as histórias que se contam, sobretudo de três grandes especialista já falecidos (Tio Chico Inês, Tio Joaquim Guerreiro e Tio Zé da Avó) que valia a penar compilá-las e publicar em livro. Apesar da fama que a Nave tinha nas redondezas de "arrabolar" mentiras, nunca faltou imaginação para convencer os visitantes com novas e mirambulantes histórias. Partiram os grandes mestres e ficaram as sementes, mas hoje a tradição já não é o que era....

domingo, 25 de agosto de 2013

ALGARVIO ou ALGARAVIO?

Ainda segundo os apontamentos de Frei João de S. José , os habitantes do Algarve chamavam-se algaravios e com o passar do tempo, na gíria popular passou a ser mais utilizado o termo algarvio, mas ainda hoje não se considera errado o uso do termo mais antigo. Para o bem e para o mal o algarvio ou a algarvia é sinónimo de falador(a), tagarela, loquaz. Algarviado quer dizer difícil de entender e algaraviada uma mistura confusa de vozes. Apesar da homogeneização e da descaracterização cultural provocada pela massificação promovida pelos poderosos meios de comunicação social, o Algarve e os Algarvios continuam a ser uma região e um povo singulares.O futuro a nós pertence. Saibamos preservar as nossas raízes, cruzando tradição e progresso, reinventando a nossa futura identidade cultural.

ALGARVE UM REINO À PARTE

D. Sancho I, depois da conquista de Silves em 1189, apesar de grande parte do Algarve ainda se encontrar sob domínio árabe, passou a designar-se “Rei de Portugal e de Silves” mas também com algum exagero “Rei de Portugal, de Silves e do Algarve”. Talvez este alargamento tivesse especial significado porque Silves era então capital do reino Islâmico a Sul da Península Ibérica. Depois de conquistas e reconquista de algumas praças, com grande protagonismo de D. Paio Peres, o Algarve foi definitivamente conquistado aos mouros, no reinado de D. Afonso III, no ano de 1249. No entanto, apenas em 1267, no Tratado de Badajoz, foi reconhecida a posse do Algarve como sendo território português, devido a pretensões do Reino de Castela. E a partir daí e até à implantação da República em 1910, todos os reis se intitulavam de Portugal e do Algarve e com os descobrimentos, também de aquém e de além mar.
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REI D. AFONSO III ALGARVE UM REINO À PARTE? Apesar desta distinção o Algarve nunca teve autonomia administrativa, tendo estatuto semelhante a outras regiões de Portugal, mas aparecendo nos mapas antigos como uma região demarcada do resto de Portugal. Porque se manteve então esta diferenciação durante tantos séculos? Parece estar associada à ideia de que se tratava de uma região do país que se diferenciava pela sua cultura mais marcada pela presença árabe e pelas especificidades do clima destacados por Frei João de S. José, há mais de quatrocentos anos: “É comummente de bons ares e livre de enfermidades, por causa dos ventos do mar, que cursam nele, e também é fertilíssimo em figo, vinho, passa, amêndoa, e outros mantimentos, tem muitos azeites, e pão de que se sustenta. Há nele infinita caça e grande cópia de gado, e assi em seus rios, como no mar alto se mata muito pescado. É terra muito deleitosa e aprazível, de fontes abundantes e frescos bosques, e de muitas palmeiras, das quais faz em curiosos lavores, muito conveniente e acomodada para a vida humana” Citação do caderno nº 3 Revista de História Económica e Social, edição da recentemente extinta Livraria Sá da Costa...............................

ORIGEM DE ALGARVE

Mapa de 1561.A ORIGEM DO TERMO ALGARVE.Tendo em conta os registos de Frei João de S. José, que coligiu em quatro volumes a Corografia do Reino do Algarve em 1577, o termo seria inspirado no nome atribuído na Arábia e na Pérsia aos mouros que viviam a poente no norte de África a quem chamariam Algarbi d’aquém e aos Mouros que viviam na parte ocidental norte do Mediterrâneo seriam Agarbi d’além. De facto o termo (الغرب, al gharb)significa em árabe o oeste, o poente, ou o ocidente.

JOAQUIM DA BARRADA- Dedicado aos emigrantes da Nave do Barão

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ARROZ DE POLVO À MODA DE SALIR

Este ano a pesca do polvo está em alta e os preços mais económicos. Deixamos hoje a sugestão de arroz de polvo à moda de Salir,registado nesse grande livro da Cozinha Tradicional Portuguesa,da autoria de Maria de Lurdes Modesto,(p.278) que é diferente de todas as receitas conhecidas.
PARA 4 PESSOAS: 1 POLVO; 2 DL DE VINHO TINTO;1 CEBOLA;1,5DL DE AZEITE;2 DENTES DE ALHO, 3 TOMATES; 1 PIMENTO; SAL; PIMENTA: 1 MALAGUETA PIRIPIRI; 1 CHÁVENA ALMOÇADEIRA DE ARROZ.............................. Prepara-se o polvo e coze-se num pouco de água com vinho tinto (pode usar a panela de pressão).Depois de cozido, corta-se o polvo em rodelinhas. Reserva-se o líquido em que o polvo cozeu.Faz-se um refogado bem apurado com o azeite, a cebola e os alhos picados, o tomate sem pele e sem grainhas e em bocados e o pimento em tiras. Tempera-se com sal, pimenta e malagueta. Mede-se o arroz e rega-se o refogado com o líquido em que o polvo cozeu, sendo a porção 3 vezes o volume do arroz. Deixa-se levantar fervura. rectificam-se os temperos e adiciona-se o arroz lavado e escorrido. Deixa-se cozer em lume brando. O arroz deve ficar bem molhado.Nota:No final pode polvilhar com salsa ou coentros, apurando o paladar e melhorando a apresentação do prato, que poderá ir à mesa num recipiente de barro. SUGESTÃO PARA POUPAR TRABALHO E ENERGIA: Pode cozer dois polvos e com o segundo, fazer uma salada de polvo, para servir fresca nestes dias quentes. . Pique 1 cebola e 1 ramo de salsa e junte ao polvo cortado em bocadinhos. Regue a salada com o azeite e vinagre. Tempere com sal e pimenta e acompanhe com ovo cozido e tomate cortado em bocados. BOM APETITE...