Uma janela aberta para o mundo


No desafio complexo da comunicação, este blogue pretende ser um observatório do quotidiano de uma aldeia do Barrocal Algarvio, inserida no coração da Serra do Caldeirão, acompanhando os ritmos e ciclos da vida em permanente transformação.
Mas também uma janela aberta para a Aldeia Global mediatizada com os seu prodígios e perplexidades.
São bem vind@s tod@s os visitantes que convidamos a deixar o seu contributo, enriquecendo este espaço de encontro(s) e de partilha com testemunhos, críticas e sugestões.OBRIGADO PELA SUA VISITA! SE TIVER GOSTO E DISPONIBILIDADE DEIXE O SEU COMENTÁRIO.

domingo, 20 de março de 2011

A excelência da cozinha do Barrocal Algarvio

Na Adega da Nave o espaço acolhedor, a música ambiente, a qualidade e eficiência do serviço conjugam-se com a tradição, os sabores tradicionais do Barrocal Algarvio, transmitindo uma agradável sensação de tranquilidade e bem estar que nos convida a voltar.

Sou cliente assíduo e recomendo este restaurante da Nave do Barão, uma aldeia situada na Serra do Caldeirão, entre Salir e Alte.

Aceita reservas pelo telefone 289 469 841 e pode ainda contactar pelo mail  adegadanave@gmail.com

sábado, 12 de março de 2011

Cremação de Manuel

  CREMAÇÃO

O Sol inundou as trevas,
labaredas bailam vagabundas
ardendo o frio da morte
num corpo feito tição.
Restos de vida frágil
que se esvai volátil
em punhado de cinzas,
poeira cósmica inanimada
numa urna guardada.
Vazio que invade
meu peito pulsátil,
solidão e mágoa
no colo do sonho.
Memórias fugidias,
efémeras eternidades,
genes de esperança
em devir incerto.

Adeus Manuel!
Até sempre meu pai!

20/11/2010

Joaquim Sarmento




8 DE MARÇO, DIA DA MULHER

DIA DA MULHER

Todos os anos sem excepção
Ritualizando a vida e o devir
Coração pulsátil de afeição
Por estranho pulsar e sortilégio
Rabiscava a prosa de meus versos
Libertava palavras, sentimentos
No silêncio do Inverno habitado
Anunciando Primaveras de esperança
Em cânticos à feminina condição
Evocando semi-deusas imaginárias
Guardadas no pensamento
E, com alegria de criança
Com um poema na algibeira
E uma rosa perfumada na mão
Como dádiva e devoção
Beijava minha mãe embevecida
Era dia da Mulher…
Daquela mulher singular
De todas as mulheres singulares
Mas com dor ela partiu
Mais cedo do que eu queria
Mais cedo do que devia
Fiquei assim sem saber
O que eu irei fazer
Á poesia, à rosa, à ternura
Pousá-las na campa fria?
Deixá-las à chuva e ao vento?
Invade-me o sentimento
Misto de dor e lamento
Com fogo vou consumir
Mensagem desta revolta
As cinzas leva-as o vento.


JS

domingo, 13 de fevereiro de 2011

AGUARDENTE DE MEDRONHO BIOLÓGICA

O Miguel (o presidente da Associação) levou-nos a Monte Ruivo para vermos como se fabrica o medronho e ficámos encantados com o que vimos, um  processo muito interessante certificado pela ASAE, que é o único alambique de medronho biológico do Algarve e apenas existe outro na Guarda. O sr. José Rodrigues comercializa medronho para todo o mundo e basta aceder ao site e fazer a encomenda, que esta bebida dos deuses chega pelo correio.
Vale a pena visitar, sobretudo nos meses de Fevereiro e Março, quando o medronho fermentado está a ser destilado.
Aguardente Medronho Biológica

A Aguardente de Medronho JR, é um produto Biológico, devidamente certificado, pelas entidades reguladoras.

Todo o processo de produção é muito tradicional, utilizando alguns dos sistemas que eram usados há 40 anos atrás. Este processo começa por tratar devidamente das terras ao longo do ano, realizando assim uma limpeza dos matos.

De seguida é realizada a apanha do Medronho entre os meses de Outubro e Novembro, para que a geada e as chuvas não estraguem o medronho, sendo estes colocados em cubas de Inox num processo de fermentação, onde permaneceram cerca de 40 a 50 dias.

Quando passado esse processo fica então a chamada massa (fruto de pois de fermentado), que é destilado numa caldeira em cobre com fogo a lenha, em que a destilação leva cerca de 4 horas a ser concluída sendo depois da destilação armazenada, em cubas de Inox. Depois de analisada é engarrafada

Todo o processo é demorado, para que o produto final fique com a melhor qualidade.

Texto copiado do site do Sr. José Rodrigues de Monte Ruivo

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Passarinho da perna partida

Tenho às vezes por camarada
Nas horas de solidão
Um pássaro que da ninhada
Afastara-se em paixão.

Anda só o desgraçado
Com uma perna partida
E para o aliviar, coitado
Dou-lhe de comer e bebida.

Poisa na minha figueira
Para a toilette fazer
Depois vai para a amendoeira
Donde desce para comer

Enche o papo depois bebe
Torna à figueira outra vez
Espreguiça-se ao de leve
Agradecendo talvez.

Maria da Conceição Guerreiro
Professora Sanita (Nave do Barão)

A FLOR DA AMENDOEIRA

A flor da amendoeira
É a primeira do ano
Esses teus olhos menina
São os primeiros que amo

Cancioneiro Popular

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Almoço de Natal na Nave do Barão

A tradição reuniu mais uma vez várias dezenas de caçadores, donos das
terras e amigos, num almoço à base de peças de caça da Reserva Associativa.
Já lá vão mais de trinta anos quando um grupo de jovens caçadores teve a
ideia de fazer uma caçada nos montes que rodeiam a Nave do Barão para
uma refeição colectiva.
Nos primeiros anos reunimos no Café Barão e experimentámos a arte
culinária da Suzete, mais tarde o encontro passou a ser na Associação
os Barões e a Lucelina foi a cozinheira durante alguns anos.
Nos últimos anos esta refeição colectiva passou a ser organizada pelo
Clube de Caça e Pesca da Nave do Barão e a gastronomia contou com
o jeito e energia da Marieta.

Há muitas tradições de Natal e Portugal mas é invulgar que uma aldeia se
reúna para uma refeição colectiva, em tempo de Natal, completamente
ofercida pelos caçadores.

POR ESTAS E POR OUTRAS É QUE A NAVE DO BARÃO É ÚNICA!

POETAS DA NAVE

Nave do Barão

Querida Nave do Barão
Que sigas sempre em frente
Para dares muito de bom
A essa bondosa gente

Nave como eu te vi
E como progrediste tanto
Pois Salir ao pé de ti
É um zero atrás dum ponto

Tua  beleza me seduz
Teu futuro assim promete
Já tens água já tens luz
E também a camionete

Nave do Barão terra pura
Já teu futuro adivinhas
Por teres muito com fartura
Daquilo que tu não tinhas

Pelo que estou a ver
Nave do Barão qualquer dia
Certamente que vai ser
A flor da freguesia

Manuel da Conceição Guerreiro